quarta-feira, 21 de agosto de 2013


Cortando na carne

 

Promete muita polêmica e embates com parlamentares oposicionistas e da base de apoio ao GDF o PL 1575/13, do Poder Executivo, que pretende cortar R$ 4,7 milhões em emendas parlamentares de cada um dos deputados distritais. O projeto estava sendo ‘camuflado’ há alguns dias pela assessoria do governo e só foi liberado para ser protocolado na tarde de ontem (20). Trata-se de um crédito no valor de R$ 112,8 milhões, total que o governo ‘economizaria’ com o “contingenciamento” forçado das emendas dos 24 distritais. Atualmente cada parlamentar pode apresentar até R$ 13 milhões em emendas ao Orçamento do DF. Com o corte, restariam R$  8,8 milhões. Para conseguir a aprovação, o governo argumenta que, dessa forma, poderia empenhar o total das emendas, fato que pode convencer parte da bancada a aprovar o corte. O embate não vai ser fácil e o governo precisará de muita articulação para sair vitorioso.

Apenas 2 horas


Joe diz que contradições complicaram o relatório
Foto: Reprodução

Hoje será o dia em que o relator do Caso do distrital Raad Massouh (PPL), deputado Joe Valle (PSB), apresentará seu relatório em que vai, ou não, pedir a cassação do colega, acusado de desvio em emenda parlamentar de sua autoria. O relatório de Joe tem 160 páginas e será entregue cópia aos cinco integrantes da Comissão de Ética. “Posso adiantar que meu relatório será muito justo. Passei 80 dias debruçado sobre o caso e resolvi ouvir as testemunhas pois há muitas contradições, conflitos de provas. Agora, posso apresentar um parecer isento”, comentou o parlamentar. Todos querem saber do tempo em que os deputados teriam para ler o relatório e, assim, poder começar a votação sobre o destino de Raad. Para o relator, um dia seria suficiente, mas quem determina o prazo é o presidente do Colegiado. Para o xerifão, como é conhecido o presidente Dr. Michel (PEN), 2 horas seriam suficientes para tomarem uma decisão. Só aguardando para ver se sai uma decisão hoje, amanhã, ou apenas na semana que vem!

Especulando o efetivo


Circula na cidade a informação sobre as razões da inércia da Polícia Militar do DF sobre a briga entre torcidas organizadas no jogo entre Flamengo e São Paulo, que ocorreu no final de semana no Mané Garrincha e levou à morte um torcedor do Flamengo. Um efetivo de 300 homens da PM teria sido deslocado do Estádio para a residência oficial do Senado, onde mora Renan Calheiros (PMDB/AL), presidente do Congresso. Motivo: lá estaria prevista uma manifestação, organizada pelas redes sócias. Porém, não mais que 15 manifestantes estiveram presentes e o quórum de jornalistas estava maior do que o de manifestantes. Enfim, deu no que deu!

Agora é que são elas


Sânzia quer aumentar a participação das mulheres 
Foto: Reprodução

Debater, propor e incentivar o papel da mulher na política, esse é o objetivo do Seminário que Sânzia Maia, esposa do deputado Agaciel Maia (PTC), quer realizar em setembro, com o nome “papel da Mulher na Política”. Presidente do PTC Mulher, Sânzia está coordenando a nominata do partido que lançará 35 candidatas a cargos proporcionais no DF. “O partido já conta com diversas líderes comunitárias e mulheres que trabalham levando a generosidade e gentileza inerentes da mulher para a política”, defendeu. Para ela, os atuais 30% mínimos obrigatórios de mulheres para compor as candidaturas dos partidos é pouco, precisa aumentar para 50%, chegando perto dos 51% que elas representam na sociedade, pois são maioria em relação aos homens.  Sânzia já assumiu compromisso com as artesãs que lhe pediram ajuda: “vocês vão trabalhando e guardem o material produzido, em novembro, faço um bazar para que todas possam vender seus produtos”, acordou a líder junto as artesãs, que agora pensam em se juntar no PTC Mulher.

Limpeza imediata


Falando no deputado Agaciel Maia (PTC), o distrital ocupou a Tribuna da CLDF na tarde de ontem (20) para cobrar do GDF a regulamentação da Lei 4.818/2012, de sua autoria, que institui multa para quem jogar lixos nas ruas do DF. Agaciel lembrou que, na cidade do Rio de Janeiro, a lei passou a entregar em vigor hoje. “Por meio de palm-top’s e agentes de fiscalização a prefeitura começou a multar os sujões. Os garis do Rio se organizaram e apontam uma boa redução na sujeira cotidiana da cidade já no primeiro dia. O DF teve a oportunidade de sair na frente. Agora, o governo precisa estipular logo o valor das multas e estabelecer qual órgão será responsável pela fiscalização”, defendeu o parlamentar.

Analisando os cenários

 


Washington vai almoçar com ministro Valmir Campello
Foto: Silvio Abdon/CLDF

O deputado distrital Washington Mesquita (PSD) almoçou na segunda-feira (19), com o presidente do partido no DF, ex-governador Rogério Rosso. Na conversa, Rosso disse a Washington que os deputados que quiserem apoiar o GDF estarão liberados para tanto, assim como aqueles que quiserem ficar na oposição. Esta posição voltou a dar fôlego ao distrital a permanecer no PSD. Contudo, ontem (20), foi veiculada a notícia de que o PSD nacional teria acertado o apoio ao governo Agneleo Queiroz “O partido tem que manter uma posição. Almocei com o Rosso ele não me disse nada que o nacional fecharia com o GDF”. Á Coluna, o parlamentar disse que ainda está analisando os cenários para decidir se muda ou não de legenda. Na semana que vem, Washington vai almoçar com o ministro do TCU Valmir Campelo, que tem tentado articular sua candidatura ao Buriti. O deputado ainda comentou que diante dessa indecisão do partido, nada garante que possam fechar agora com Agnelo e depois, em junho de 2014, na convenção, mudem de opinião e questiona: “e aí? Quem ficaria numa situação complicada?”

Fúria individual

 

A deputada Eliana Pedrosa (PSD) estava furiosa no Plenário da CLDF, ontem (20). Primeiro, foi conversar com o deputado Chico Vigilante (PT), gesticulando e dizendo que “assim não dá”. Em seguida, repetiu a cena com a líder do Governo, Arlete Sampaio (PT). Não convencida, Eliana ficou por alguns minutos ouvindo o antigo e experiente colega Rôney Nemer (PMDB). O motivo: todas suas emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014 sumiram, misteriosamente, do sistema de acompanhamento. A medida que o tempo foi passando, Eliana foi ficando ainda mais furiosa. “Ah, se minhas emendas não voltarem onde estavam”... comentava a parlamentar, que defende o orçamento impositivo, já aprovado em projeto de sua autoria no ano passado.

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