quinta-feira, 22 de agosto de 2013

 

Cassação aceita


A Comissão de Ética da CLDF aprovou, por quatro votos favoráveis e uma abstenção (Olair Francisco (PTdoB)), o encaminhamento ao Plenário do processo de cassação do deputado Raad Massouh (PPL). Cercada de muita confusão, a reunião teve que decidir primeiro sobre o impedimento do corregedor e membro da Comissão, deputado Patrício (PT), por ter participado do processo de abertura como presidente, corregedor e membro do colegiado. Foi unânime a posição legal de voto do parlamentar. Em seguida, o relator Joe Valle (PSB) apresentou seu parecer pela abertura e encaminhamento ao Plenário da cassação de Raad. “São provas fartas, amplas e que, na minha referência de política, são claras quanto a quebra de decoro parlamentar. Como deputado, estou convicto de que as provas são suficientes. Não tenho dúvidas da culpa, se tivesse, não teria pedido a cassação”, defendeu Joe.
 

Falta de materialização


Raad denunciou extorsão e afirma que é inocente
Foto: Thayse Lopes

Para o deputado Agaciel Maia (PTC), o relatório deixou algumas questões em aberto. Para ele, faltou a materialização das provas de que Raad recebeu algum recurso desviado do evento proveniente de emenda de sua autoria. Assim, não poderia responder pela ação do executor do contrato. A posição de Agaciel levantou muita polêmica, levando o relator Joe Valle a pontuar partes  do relatório que explicavam a ‘divisão’ dos 100 mil da emenda. No voto, Agaciel disse que não criticou o colega ou seu relatório, mas que sentiu falta de um detalhamento maior. Contudo, votou com o relator pela cassação de Raad.
 

Extorsão colegiada


A surpresa do caso ficou por conta do próprio acusado, deputado Raad Massouh, que denunciou que vem sofrendo extorsão há alguns dias. Segundo Raad, ele foi procurado, em sua residência, por um cidadão chamado “pastor Eliseu”, de um igreja em Sobradinho II. Eliseu falava em nome de três parlamentares: Dr. Michel; Agaciel Maia e Joe Valle. “Primeiro queriam R$ 1,3 milhão. No outro dia, o valor já tinha passado para R$ 2,7 milhões, e seriam R$ 900 mil para cada um”, explicou Raad.  

A tentativa de extorsão teria acontecido no dia 8 de agosto e Raad procurou o Ministério Público no dia 12. Ontem (21), foi depor na delegacia e apresentou as denúncias. Em off, parlamentares disseram que foi uma tentativa de atrasar o processo. Circula nos bastidores que, por trás das tentativas de extorsão, está um personagem conhecido dos brasilienses, que atende pelo apelido de “Dada” e seria o mesmo que ficou famoso no recente caso do contraventor Carlinhos Cachoeira. Este teria procurado, na semana passada, o presidente da Comissão de Ética, Dr. Michel, dizendo que sua vida poderia ‘melhorar muito’, caso mudasse sua postura na Casa.
 

Saúde de Santa Maria em debate


Dr. Michel ouviu de perto a situação da Saúde
Foto: CLDF

Mais de 70 pessoas se reuniram na terça-feira (20), para participar de audiência pública realizada pelo distrital Dr. Michel (PEN) no Galpão Cultural de Santa Maria. A precariedade da saúde pública de cidade ficou evidente pelo debate acalorado e as diversas reivindicações apresentadas pelos moradores. A principal reclamação: falta de médicos. A comunidade propôs diversas ações, como a fixação dos nomes dos plantonistas no quadro de avisos do pronto socorro do HRMS, a criação do ambulatório verde, a fixação máxima de 40 horas para todos os servidores da saúde e o retorno de atendimento ginecológico no Centro de Saúde 02.
 

Porto Rico mais próximo da regularização


Os moradores do Setor Habitacional Porto Rico, nas imediações de Santa Maria, se reuniram mais uma vez com o deputado Chico Vigilante (PT), na noite de terça-feira (20), para tratar da regularização do local. Esta foi a quarta audiência pública realizada pelo deputado para tratar do tema. Vigilante fez uma prestação de contas do andamento das competências de cada pasta envolvida no processo de regularização.  Em respostas a reclamações de alguns moradores sobre a lenta espera da comunidade governo após governo, Chico foi taxativo:“Estamos aqui para discutir o presente, não quero saber de governos anteriores. Eu não tenho compromisso com o atraso, estou afirmando que vamos fazer”. A boa notícia é que o julgamento de uma impugnação judicial movida por particulares sob a alegação de propriedade da terra e que impedia a liberação do registro foi feita. Agora, só depende da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) para a regularização do Porto Rico.
 

A Casa fechada


Enquanto o Congresso Nacional avalia a entrada de qualquer pessoa ao Plenário das duas casas, na Câmara Legislativa a questão já é realidade! Este colunista foi barrado ao tentar acompanhar a reunião da Comissão de Ética, na tarde de ontem (21), sob o argumento de que ‘estava cheio’. Claro, realmente estava. Contudo, outros veículos de imprensa tiveram o acesso liberado, inclusive curiosos que não estavam trabalhando. Uma piada! O caso das vagas de estacionamento destinadas à imprensa acabou não saindo, tudo por conta de um certo parecer que afirma que isso comprometeria a segurança. Demais!
 

Em defesa dos aposentados


Vitor Paulo pediu a Renan que apoie o projeto
Foto:  Jane de Araújo/ Presidência Senado 

O presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Idoso, deputado federal Vitor Paulo (PRB), reuniu-se ontem (21) com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL). O assunto foi a derrubada do veto ao projeto de lei que dispõe sobre a complementação da aposentadoria do pessoal do extinto Departamento de Correios e Telégrafos – DCT. O deputado republicano explica que a proposta beneficiará mais de 12 mil trabalhadores do Correios, contratados entre 1964 e 1976, com uma aposentadoria digna, além de assegurar tratamento igualitário com os trabalhadores que outrora foram contemplados com o benefício da Lei nº 8.529/1992. Vitor Paulo acredita que “a proposta vai eliminar e corrigir o equivoco promovido pela Lei 8.529/92, que exclui do direito a complementação da aposentadoria os celetistas admitidos nos anos 60 e 70”.
 

Renda para idosos


Vitor Paulo também apresentou projeto que cria o Programa ‘Pró-Idoso’ na Câmara dos Deputados para atender idosos que comprovem renda familiar de até um salário mínimo. O objetivo é o aproveitamento de idosos em atividades compatíveis com suas habilidades e capacidades físicas. Os selecionados desempenharão suas atividades em períodos de até quatro horas, fazendo jus a uma bolsa correspondente a um salário mínimo. “É inegável que um programa dessa natureza terá reflexos positivos tanto na saúde quanto na própria dignidade desses idosos. Além disso, a iniciativa está em consonância com o que preconiza o Estatuto do Idoso e a própria Constituição Federal”, enfatiza.

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