Cassação aceita
A Comissão de Ética da CLDF aprovou, por quatro votos favoráveis e uma
abstenção (Olair Francisco (PTdoB)), o encaminhamento ao Plenário do
processo de cassação do deputado Raad Massouh (PPL). Cercada de muita
confusão, a reunião teve que decidir primeiro sobre o impedimento do
corregedor e membro da Comissão, deputado Patrício (PT), por ter
participado do processo de abertura como presidente, corregedor e membro
do colegiado. Foi unânime a posição legal de voto do parlamentar. Em
seguida, o relator Joe Valle (PSB) apresentou seu parecer pela abertura e
encaminhamento ao Plenário da cassação de Raad. “São provas fartas,
amplas e que, na minha referência de política, são claras quanto a
quebra de decoro parlamentar. Como deputado, estou convicto de que as
provas são suficientes. Não tenho dúvidas da culpa, se tivesse, não
teria pedido a cassação”, defendeu Joe.
Falta de materialização
Raad denunciou extorsão e afirma que é inocente
Foto: Thayse Lopes
Para o deputado Agaciel Maia (PTC), o relatório deixou algumas questões
em aberto. Para ele, faltou a materialização das provas de que Raad
recebeu algum recurso desviado do evento proveniente de emenda de sua
autoria. Assim, não poderia responder pela ação do executor do contrato.
A posição de Agaciel levantou muita polêmica, levando o relator Joe
Valle a pontuar partes do relatório que explicavam a ‘divisão’ dos 100
mil da emenda. No voto, Agaciel disse que não criticou o colega ou seu
relatório, mas que sentiu falta de um detalhamento maior. Contudo, votou
com o relator pela cassação de Raad.
Extorsão colegiada
A surpresa do caso ficou por conta do próprio acusado, deputado Raad
Massouh, que denunciou que vem sofrendo extorsão há alguns dias. Segundo
Raad, ele foi procurado, em sua residência, por um cidadão chamado
“pastor Eliseu”, de um igreja em Sobradinho II. Eliseu falava em nome de
três parlamentares: Dr. Michel; Agaciel Maia e Joe Valle. “Primeiro
queriam R$ 1,3 milhão. No outro dia, o valor já tinha passado para R$
2,7 milhões, e seriam R$ 900 mil para cada um”, explicou Raad.
A tentativa de extorsão teria acontecido no dia 8 de agosto e Raad
procurou o Ministério Público no dia 12. Ontem (21), foi depor na
delegacia e apresentou as denúncias. Em off, parlamentares disseram que
foi uma tentativa de atrasar o processo. Circula nos bastidores que, por
trás das tentativas de extorsão, está um personagem conhecido dos
brasilienses, que atende pelo apelido de “Dada” e seria o mesmo que
ficou famoso no recente caso do contraventor Carlinhos Cachoeira. Este
teria procurado, na semana passada, o presidente da Comissão de Ética,
Dr. Michel, dizendo que sua vida poderia ‘melhorar muito’, caso mudasse
sua postura na Casa.
Saúde de Santa Maria em debate
Dr. Michel ouviu de perto a situação da Saúde
Foto: CLDF
Mais de 70 pessoas se reuniram na terça-feira (20), para participar de
audiência pública realizada pelo distrital Dr. Michel (PEN) no Galpão
Cultural de Santa Maria. A precariedade da saúde pública de cidade ficou
evidente pelo debate acalorado e as diversas reivindicações
apresentadas pelos moradores. A principal reclamação: falta de médicos. A
comunidade propôs diversas ações, como a fixação dos nomes dos
plantonistas no quadro de avisos do pronto socorro do HRMS, a criação do
ambulatório verde, a fixação máxima de 40 horas para todos os
servidores da saúde e o retorno de atendimento ginecológico no Centro de
Saúde 02.
Porto Rico mais próximo da regularização
Os moradores do Setor Habitacional Porto Rico, nas imediações de Santa
Maria, se reuniram mais uma vez com o deputado Chico Vigilante (PT), na
noite de terça-feira (20), para tratar da regularização do local. Esta
foi a quarta audiência pública realizada pelo deputado para tratar do
tema. Vigilante fez uma prestação de contas do andamento das
competências de cada pasta envolvida no processo de regularização. Em
respostas a reclamações de alguns moradores sobre a lenta espera da
comunidade governo após governo, Chico foi taxativo:“Estamos aqui para
discutir o presente, não quero saber de governos anteriores. Eu não
tenho compromisso com o atraso, estou afirmando que vamos fazer”. A boa
notícia é que o julgamento de uma impugnação judicial movida por
particulares sob a alegação de propriedade da terra e que impedia a
liberação do registro foi feita. Agora, só depende da Companhia de
Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) para a
regularização do Porto Rico.
A Casa fechada
Enquanto o Congresso Nacional avalia a entrada de qualquer pessoa ao
Plenário das duas casas, na Câmara Legislativa a questão já é realidade!
Este colunista foi barrado ao tentar acompanhar a reunião da Comissão
de Ética, na tarde de ontem (21), sob o argumento de que ‘estava cheio’.
Claro, realmente estava. Contudo, outros veículos de imprensa tiveram o
acesso liberado, inclusive curiosos que não estavam trabalhando. Uma
piada! O caso das vagas de estacionamento destinadas à imprensa acabou
não saindo, tudo por conta de um certo parecer que afirma que isso
comprometeria a segurança. Demais!
Em defesa dos aposentados
Vitor Paulo pediu a Renan que apoie o projeto
Foto: Jane de Araújo/ Presidência Senado
O presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Idoso, deputado federal
Vitor Paulo (PRB), reuniu-se ontem (21) com o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB/AL). O assunto foi a derrubada do veto ao projeto
de lei que dispõe sobre a complementação da aposentadoria do pessoal do
extinto Departamento de Correios e Telégrafos – DCT. O deputado
republicano explica que a proposta beneficiará mais de 12 mil
trabalhadores do Correios, contratados entre 1964 e 1976, com uma
aposentadoria digna, além de assegurar tratamento igualitário com os
trabalhadores que outrora foram contemplados com o benefício da Lei nº
8.529/1992. Vitor Paulo acredita que “a proposta vai eliminar e corrigir
o equivoco promovido pela Lei 8.529/92, que exclui do direito a
complementação da aposentadoria os celetistas admitidos nos anos 60 e
70”.
Renda para idosos
Vitor Paulo também apresentou projeto que cria o Programa ‘Pró-Idoso’
na Câmara dos Deputados para atender idosos que comprovem renda familiar
de até um salário mínimo. O objetivo é o aproveitamento de idosos em
atividades compatíveis com suas habilidades e capacidades físicas. Os
selecionados desempenharão suas atividades em períodos de até quatro
horas, fazendo jus a uma bolsa correspondente a um salário mínimo. “É
inegável que um programa dessa natureza terá reflexos positivos tanto na
saúde quanto na própria dignidade desses idosos. Além disso, a
iniciativa está em consonância com o que preconiza o Estatuto do Idoso e
a própria Constituição Federal”, enfatiza.
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