Convidados VIP
Messias quer ouvir empresários para depois abrir o tema
Foto: Elza Fiúza/ABr
O administrador de Brasília, Messias de Souza (PcdoB), está convidando
pessoalmente empresários e lideranças do setor produtivo para
participarem, como convidados de honra, da prévia da Conferência
Distrital das Cidades. O documento vai elaborar as diretrizes para o
futuro do DF, a partir de 2015, no tocante a diversos temas urbanos,
como mobilidade, acessibilidade, sustentabilidade, meio ambiente,
segurança pública, entre outros. Messias quer ouvir todas as demandas e
sugestões dos empresários para, só depois, levar o documento para debate
com toda população. O encontro acontecerá nos dias 23 e 24 de agosto,
na Associação Comercial do DF (ACDF).
Depois da tempestade...
A CLDF estava uma calmaria total na tarde de ontem (8). Estiveram
presentes ao Plenário 17 parlamentares, mas apenas 8 excelências
permaneceram na sessão. A maioria passou para autografar o livro de
presença e deu meia volta. Outros foram mais discretos, entraram por um
lado e saíram por outro, aproveitando para cumprimentar os colegas que
tiveram a paciência de permanecer na sessão. Os resistentes foram o
presidente Wasny de Roure (PT), o vice Agaciel Maia (PTC), além dos
deputados Arlete Sampaio (PT), Benedito Domingos (PP), Chico Vigilante
(PT), Luzia de Paula (PEN), Olair Francisco (PtdoB) e Rôney Nemer
(PMDB). As pessedistas Eliana Pedrosa e Liliane Roriz ficaram do meio
pro fim da sessão.
Inconstitucionalidade não incomoda
Israel acredita que proposta pode ser aprimorada
Foto: CLDF
Após ser notícia em todo país, o projeto do deputado professor Israel
(PEN), que transfere para a pessoa que denunciar crime de corrupção o
equivalente a 10% do valor desviado, caso seja recuperado por via
judicial, enfrenta agora uma maratona jurídica. A Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) e diversas outras entidades afirmam que a lei é
inconstitucional, por vício de iniciativa, que deveria ser do poder
Executivo ou do Congresso Nacional. Para Israel, a questão da
inconstitucionalidade não incomoda: “O passo mais importante foi dado,
que é levantar o debate e apresentar medidas concretas de combate a
corrupção. A ideia pode ser amadurecida. Grandes leis também já foram
consideradas inconstitucionais, como a lei que obriga o uso do cinto de
segurança e a lei geral do concurso público e, depois, se tornaram
viáveis”, defende o deputado, que frisou que o denunciante que fizer
parte do esquema não poderia receber a recompensa caso denunciasse os
comparsas.
Presos ao discurso
O deputado Israel acredita que “estamos muito presos ao discurso” e que
“é preciso propor medidas efetivas de fiscalização e combate a
corrupção”. Para ele, países como Holanda, Dinamarca e Japão são
considerados mais honestos, mas isso não é verdade. Não são os países ou
sua população que é mais ou menos honesta e, sim, as leis que estimulam
e incentivam a sociedade a ser mais fiscalizadora. Na Dinamarca, por
exemplo, temos 1 auditor para cada 10 mil habitantes. “Eles têm uma
cultura de fiscalização, é diferente”, explica o parlamentar.
Um dia da caça, outro do caçador
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), está aprendendo na
pele, ou melhor, revivendo o significado do ditado popular. Denunciada
pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ela responderá no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso do poder econômico e uso da
máquina pública para direcionar programas sociais com fins eleitoreiros.
Exatamente o meso caso que levou Roseana a assumir o mandato de
governadora em 2009, quando moveu processo contra o ex-governador
Jackson Lago (PDT) pelos mesmos motivos. Lago foi cassado e Roseana
assumiu o mandato.
A denúncia chegou esta semana ao TSE, onde foi designada a ministra
Luciana Christina Guimarães Lóssio para relatar o caso. Contudo, Luciana
terá que se declarar impedida de relatar o caso, pois foi ela quem
advogou para Roseana Sarney no caso de Jackson Lago que, a essa altura,
deve estar pulando de alegria, pois não será nada fácil Roseana escapar.
Tagarelando
'Deputado, hoje eu tô falador! Tô que nem o senhor, falando de mais da
conta', deputado distrital Olair Francisco, pedindo aparte ao colega
Chico Vigilante, líder do PT na CLDF.
De fininho
Pouquíssimas pessoas notaram, até mesmo entre os assessores da CLDF, a
mensagem do Poder Executivo que pede a retirada de tramitação de três
projetos de lei relevantes que tinham sido apresentados pelo próprio
governo. São os PL’s 796/12, que estabelece a Política de Mobilidade
Urbana do DF, apresentado em 2/3/12; o PL 1.488/13, que cria a Carreira
Atividades Rodoviárias do DF, apresentado dia 14/5/13; e o PL 1.530/13, que cria o programa
Brasília Jovens Talentos Globais, apresentado em 13/6/13. A mensagem de
retirada foi protocolada e lida no dia1º, na primeira sessão deste
semestre.
Conversa longa
Apesar do baixo quórum em Plenário e de discursos alongados, os
distritais que resistiram permanecendo na sessão aproveitaram para
colocar o papo em dia. Uma longa conversa não passou desapercebida por
assessores e visitantes: trata-se da conversa entre os distritais Chico
Vigilante (PT) e Eliana Pedrosa (PSD), governo e oposição. Por mais de
10 minutos os dois conversaram olhando fixamente um para o outro, entre
um sorriso e outro de ambas as partes. Mais ao final, se juntaram a
dupla o distrital Agaciel Maia (PTC) e o coordenador de assuntos
legislativos do GDF, José Williman. Certamente era uma boa conversa!
Opinião do leitor
Ontem (8), publicamos a nota “Sem representatividade”, onde falamos da
manifestação organizada pelo movimento Adote um Distrital para
pressionar a CLDF a encaminhar os pedidos de cassação do mandato de 3
parlamentares, protocolados pelo próprio movimento. Com não mais de 10
manifestantes, dissemos que o movimento “não teve a representatividade
que se acreditava”. Recebemos diversos e-mails concordando e também
discordando da questão. Como representatividade é um conceito bastante
amplo, pontuamos que um ‘movimento’ que organiza uma manifestação e
mobiliza somente 10 pessoas não pode dizer que é representativo. Pode
até traduzir uma vontade coletiva, mas, representativo, o protesto não
foi! Infelizmente!
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