As leis de chamada iniciativa popular são aquelas pelas quais a
sociedade pode expressar diretamente sua vontade em que determinado tema
possa vir a ser lei, ou pelo menos essa é a intenção. Esse direito é
assegurado pela Constituição, bem como pela Lei Orgânica do DF (LODF).
Contudo, é um mecanismo difícil de ser posto em prática. A maior
barreira é o recolhimento da assinatura de 1% dos eleitores – cerca de
1,3 milhão – divididos entre cinco estados. Ontem (10), o Senado aprovou
a PEC 03/2011, do senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), que reduz esse
número para 0,5% do eleitorado. Hoje, o número estaria perto de 650 mil
assinaturas. Além da redução, o texto aprovado também amplia a
possibilidade de apresentação de a PEC pela iniciativa popular, que até
então só admitia-se projetos de lei ordinária.
Rollemberg dividiu os louros da aprovação com Lindberg / Foto: Reprodução
O senador conseguiu uma vitória
importante, talvez o grande feito de seu mandato. A aproximação com o
eleitorado é intrínseca, natural. Rollemberg está feliz da vida, em sua
rede social, dividiu os louros da ação com o colega de Senado Lindberg
Farias (PT/RJ), pré-candidato ao governo do Rio.
A preocupação de Garibaldi
O deputado federal Luiz Pitiman (saindo do PMDB/DF), esteve reunido,
ontem (11), na Câmara dos Deputados, com o presidente da Casa, Henrique
Alves (PMDB/RN) e com o Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves.
Na reunião foi discutido o PL 201/2012, que prevê a aposentadoria
especial aos garçons, maîtres, cozinheiros e confeiteiros. Relator da
proposta, Pitiman procurou aprofundar os pontos relevantes e destacar a
importância da aprovação do projeto para a categoria. Já o ministro
ressaltou sua preocupação, não só em relação aos garçons, mas com todas
as categorias que possuem maiores riscos à saúde em geral. Teme pela
generalização da concessão do benefício a outras categorias. Segundo o
deputado, a proposta “não impactaria de forma significativa as contas da
Previdência”, já que para as empresas o custo previsto da medida será
de 1% a mais da contribuição que já pagam. Para preocupar o ministro
Garibaldi é sinal de que está incendiando a ideia da generalização.
CPMI da Copa pertinho de sair
Izalci supera assinaturas necessárias / Foto: George Gianni/SDB
A CPMI da Copa está pertinho de sair do papel, seria um dos legados das
manifestações feitas pelo país. Encabeçada pelo deputado federal Izalci
Lucas (PSDB/DF), o requerimento para a abertura da comissão mista, com
deputados e senadores, precisa de 171 assinaturas de deputados e 27 de
senadores para ser apresentada. Até a tarde de ontem (11), Izalci já
contabilizava 193 assinaturas na Câmara e 27 no Senado, ou seja, já
poderia ser apresentada a Mesa Diretora. Contudo, o parlamentar avalia
que precisa de uma boa margem para que os colegas não retirem suas
assinaturas, sob pressão do governo. Para retirada de assinaturas, cada
deputado deve fazê-la pessoalmente, não valendo a posição de líder de
bancada.
Como o deputado tem recolhido as
assinaturas pessoalmente, avalia se apresentará antes ou depois do
recesso parlamentar. Izalci está com dores nas pernas, estava de cadeira
de rodas na Câmara, ontem, por isso, avalia postergar a entrega do
requerimento para agosto.
Pedra no sapato
Quem promete atrapalhar os planos do governo no projeto de lei que visa
mandar estudantes para intercâmbio em Cingapura é a distrital Liliane
Roriz (PSD). Por ser presidente da Comissão de Educação da Câmara
Legislativa, ficará a cargo da parlamentar analisar o projeto.
Entretanto, de antemão, a distrital já demonstrou não estar de acordo
com a matéria, que tem custo estimado em R$ 69 milhões para o tal
intercâmbio. Para Liliane, “a hora não é de mandar estudantes para fora.
Esse dinheiro deveria ser aplicado na melhoria da nossa educação”, tem
dito nos bastidores a herdeira política do ex-governador Roriz.
Fora de vista
Messias de Souza (PCdo B), administrador de Brasília, quer dar uma
renovada na imagem da cidade visando,em primeiro plano, a Copa do Mundo.
Em um dos projetos, está tratando com outros órgãos do GDF para criar
um sistema de colocação dos containers de lixo - que enfeiam,
emporcalham e espantam os moradores - em áreas subterrâneas, onde não
seriam vistos nem prejudicariam o trânsito, ocupando vagas de
estacionamento.
Internação domiciliar
Chico Leite cobra execução do orçamento / Foto: Reprodução
O deputado distrital Chico Leite (PT) fez um levantamento sobre o
programa de Internação Domiciliar da Secretaria de Saúde do DF. A
pesquisa mostra que em 2010 o valor autorizado para a área fora de R$
1,9 milhão. Destes, quase R$ 1,5 milhão foi aplicado. No ano seguinte, o
valor era o mesmo, no entanto, apenas R$ 508 mil foram, de fato,
utilizados. Em 2012 foram destinados R$ 6 milhões, mas só R$ 2 milhões
foram empenhados. Para 2013, estão previstos R$ 14 milhões e, até hoje,
apenas R$ 1 milhão foi utilizado. “Esses dados preocupam porque não
demonstram que o GDF está empenhado em utilizar todo esse valor até
dezembro. Vamos lutar para mudar esse quadro com urgência”, enfatiza
Chico Leite. A Internação Domiciliar é realizada por uma equipe
multiprofissional específica para esse fim, com ações de promoção à
saúde e prestação de assistência a pessoas com quadros clínicos mais
graves, porém estáveis.
Recado recorrente
Uma fonte nos revelou que o Buriti deu um recado ao deputado Chico
Vigilante: que chame para uma conversa o administrador da Rodoviária,
seu indicado. Conforme revelamos há alguns meses, o administrador
estaria negligente quanto ao funcionamento das escadas rolantes da
estação, uma das jóias da administração Agnello. Elas param nos horários
de pico enquanto os fiscais ficam batendo papo. Além do problema ser
recorrente, a população está irritada, afinal de contas as novas escadas
custaram cerca de R$ 10 milhões!
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