sexta-feira, 5 de julho de 2013

As coisas mudam



Pedrosa optou por não ir a reunião / Foto: Roberval Eduão

A reunião relâmpago da Mesa Diretora da CLDF, prevista para acontecer ontem (4), acabou não ocorrendo. Pedida inicialmente pela deputada Eliana Pedrosa (PSD), 1ª secretária da Casa, antes da condenação do último parlamentar envolvido no processo da “Caixa de Pandora”, a reunião decidiria se a Mesa encaminharia ou não o caso a Corregedoria da CLDF. Como o vice-presidente, Agaciel Maia (PTC) estava viajando e Aylton Gomes (PR), 3º secretário, é impedido de se posicionar no caso, por ser parte interessada, apenas o presidente Wasny de Roure (PT), Eliana Pedrosa e prof. Israel Batista (PEN) decidiriam o encaminhamento do processo.

Quanto mais gente melhor


Apesar de dizer inicialmente que participaria da reunião, Pedrosa acabou decidindo não ir no encontro da Mesa Diretora. Em nota à imprensa, a deputada avalia que trata-se de uma decisão colegiada e, diante a ausência do vice, Agaciel Maia, não concorda que a decisão sobre a reabertura de processos ético-disciplinares seja tomada sem a presença de todos os membros da Mesa. Segundo sua assessoria, para a parlamentar, diante desse cenário, “quanto mais gente opinando melhor”.

Irritado


Israel adiou viagem para comparecer a reunião / Foto: Roberval Eduão

O 2º secretário da CLDF, Professor Israel Batista (PEN), único presente além do presidente Wasny, disse à Coluna que ficou irritado com a situação, pois teve que adiar uma viagem anteriormente agendada. “Entendo que o assunto tinha que ter sido deliberado logo, o mais rápido possível. A Casa tem que dizer se acata ou não o pedido e permitir o avanço nas investigações […] Creio que assunto será tratado em partes. Não podemos promover uma “caça às bruxas”. Sempre fui contra a decisão política ser anterior a decisão judicial, mas quando há decisão temos de responder logo”, avaliou o deputado.

Mais problemas à vista!


Uma fonte nos revelou que a crise na CLDF está longe do fim. Segundo nos informou, o relator do processo de cassação do distrital Raad Massouh (PPL), deputado Joe Valle (PSB), deve entregar seu relatório um dia antes do previsto. A entrega deve sair em 15 de agosto. Pelo que apuramos, já estaria em 5 os réus do processo que confessam irregularidades e devem dar depoimento no mesmo. Segundo a fonte, o relatório de Joe é pela cassação de Raad, mas obviamente a informação não foi confirmada.

O que chama a atenção na informação recebida é o fato de que as gravações feitas com autorização da justiça comprometeriam muita gente, bem além da fronteira dos envolvidos apenas neste caso. Esse fato chegou a ser comentado pelo Corregedor da CLDF, deputado Patrício (PT), quando decidiu encaminhar o caso para Comissão de Ética. Se é verdade ou não, só o tempo poderá responder, mas que tem muita gente passando apertado com o teor dessas gravações, isso tem! Pelo visto, o 2º semestre será agitado na CLDF.

Reunião de amadores?


Condenado, Nemer busca apoio do Buriti / Foto: Roberval Eduão

Como diz o linguajar das gírias que circulam em Brasília, não colou! O distrital Rôney Nemer (PMDB), condenado por envolvimento na “Caixa de Pandora” e que agora enfrenta um pedido de cassação de seu mandato na CLDF, organizou uma reunião com o vice-governador Tadeu Filippelli, presidente do PMDB-DF, para tratar de sua situação e de uma possível ‘intervenção’ do Buriti no momento político da CLDF. Rôney convidou para a reunião um grupo de parlamentares, entre eles a oposicionista Eliana Pedrosa (PSD) e o colega de partido Wellington Luiz, mas teria cometido o erro não não avisar ninguém, nem os colegas e, muito menos, Filippelli, que o vice estaria presente. A situação foi constrangedora e expôs a todos os envolvidos. Acabou durando pouco e não decidindo nada. Filippelli teria dito que não há possibilidade de intervenção do Buriti. Rôney comentou a questão e disse que seu erro foi não ter avisado ninguém, realmente não colou, pois amadores não são!

Sem encontros


À Coluna, a assessoria da deputada Eliana Pedrosa disse que ela foi convidada e participou de uma reunião com o deputado Rôney Nemer, mas que não iria, de forma alguma, a uma reunião com o vice-governador Filippelli, pois não faria sentido.

Multipartidário


Brasília não via um cortejo tão movimentado e bem frequentado há algum tempo. Foi o caso da despedida do empresário Jorge Ferreira, velado e enterrado ontem (4), no Campo da Esperança, em Brasília. Estavam presentes o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), muitos secretários, deputados e até o Zé Dirceu, líder do mensalão e do PT. O presidente Lula não veio da África, mas mandou suas saudações pessoais à família. Um comentário indevido para o momento circulava entre os políticos presentes: foi mais fácil encontrar colegas deputados no velório que na própria Câmara!

Fortalecimento da RIDE


Rollemberg é favorável ao Fórum Metropolitano / Foto: Agência Senado

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) aprovou, na quarta-feira (3), na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado (CDR), proposta de sua autoria para incluir os municípios goianos de Alto Paraíso de Goiás e São João d’Aliança na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). O texto aprovado inclui ainda a cidade de  Gameleira de Goiás, sugerido pela relatora da matéria, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). Rollemberg defende há um bom tempo que o debate permanente do DF com a região metropolitana é indispensável para o desenvolvimento sustentável de todos.

Parlamento ou Fórum Metropolitano?


Conversei com o senador sobre a proposta de criação do Parlamento Metropolitano do DF, encaminhada durante o 1º encontro dos Legisladores da RIDE, que aconteceu no mês passado na CLDF. O parlamento seria composto pelos presidentes de cada Câmara de Vereadores dos municípios da RIDE e o presidente da CLDF, todos acompanhados de suplente. Rollemberg acha uma boa ideia, mas acredita que o ideal seria a criação de um “Fórum da Região metropolitana do DF”, que incluiria, além dos presidentes dos Legislativos, os prefeitos das 22 cidades e, futuramente, das 25, caso sua proposta seja aprovada pelo Plenário do Senado.

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