Reencontro com a história
Foto: George Gianni/PSDB
O PSDB elegeu o senador Aécio Neves como presidente nacional do
partido, no sábado (18). Dos 535 filiados com direito a voto, nada menos
que 521 votaram em Aécio para comandar a disputada eleitoral de 2014,
fortalecendo-o como candidato e abrindo espaço institucional para que o
senador tenha maior exposição na mídia. Ovacionado pelos
correligionários, Aécio falou por 25 minutos, marcando três pontos
importantes, saudando as quase 5 mil lideranças presentes, em tom de
união; definindo a bandeira de perpetuação do PT no poder e, deixando
claro que sua gestão no partido vai resgatar a história e o legado do
governo FHC.
“Hoje, vocês podem imaginar, é um dia diferente. Hoje, presidente
Fernando Henrique, não realizamos apenas mais uma convenção. Hoje, nós
nos reencontramos com a nossa história” [...] “Somos, presidente José
Serra, o partido da estabilidade econômica, dos programas de
transferência de renda, das privatizações que tão bem fizeram ao Brasil,
o partido da Lei de Responsabilidade Fiscal” [...] “Queremos tirar o
país das garras de um partido político que se esqueceu de suas origens e
da sua história. [...] Não será fácil a nossa missão, mas está longe de
ser impossível.
Abre alas...
Quem ganhou pontos abrindo alas para Aécio e consolidando sua liderança
junto ao diretório do PSDB no DF foi o deputado federal Izalci Lucas.
Diversas fachas de apoio ao presidenciável saltavam aos olhos dos
participantes da convenção. Izalci pretende se fortalecer em âmbito
local para tentar disputar a vaga do Buriti ou mesmo fortalecer sua base
de apoio institucional, que pode colocá-lo como presidente da legenda
no DF.
Barra pesada
Foto: Wilson Dias/ABr
“Nunca foi tão difícil ser oposição ao maior canalha deste país. Eu sei
o que é enfrentar esse poderio. Um dia eu alertei esse canalha que no
governo dele havia mesada para comprar deputados e, desde então, fui
escolhido ao lado de José Agripino, Arthur Virgílio e Tasso Jereissati
como os seus adversários maiores”. Marconi Perillo (PSDB), governador de
Goiás, à respeito de Lula e do Mensalão.
Grande dificuldade
A celebração católica de Pentecostes reuniu quase 2 milhões de pessoas
no Taguaparque. A abertura contou com a presença do governador Agnelo,
além do senador Gim Argello (PTB) e do distrital Washington Mesquita
(PSD), um dos organizadores do evento. Já no final, a primeira Vela de
Pentecostes foi elevada e abençoada pelo Nosso Pai. “Abra seu coração
para que o Pai Santíssimo abençoe sua vela, que só deverá ser acesa em
um momento de grande dificuldade”, exclamou o Pe. Moacir, comandante da
festa. Com uma vela destas, ninguém terá aflição na eleição do ano que
vem!
Caça ao tesouro
Procura-se o responsável por provocar uma verdadeira caça ao tesouro em
Estados do Nordeste brasileiro. O boato de que a presidente Dilma havia
suspendido o Programa Bolsa Família levou uma avalanche de
beneficiários a agências da Caixa Econômica e a casas lotéricas dos
Estados do Maranhão, Alagoas e Paraíba, causando tumulto ímpar,
danificando agências e gerando onda de saques nos benefícios. O
Ministério do Desenvolvimento Social teve que divulgar nota oficial
desmentindo o boato. Imaginem se a notícia fosse verídica? Entraríamos
em guerra civil em menos de 24 horas!
3 perguntas
Wellington Luiz (PPL)
Deputado Distrital
Foto: Roberval Eduão
O Sr. se elegeu pelo PSC, migrou para o PPL e, agora, está indo
para o PMDB, legenda tradicional que conta com grandes nomes. Qual sua
expectativa de filiação a esse partido tão forte?
O sonho de todo deputado é estar filiado a um grande partido como o
PMDB. É claro que agente sabe que o grau de dificuldade é mais elevado,
sendo necessário um coeficiente maior de votos, mas quem quer ganhar
campeonato não pode escolher adversários. Isso que é importante e é isso
que vamos buscar. Penso que o partido tem condições de nos ajudar a
ampliar os votos, tenho certeza que o PMDB será fundamental para que
possa fazer um bom trabalho, assim como eu estou preparado para ajudar o
partido.
Qual a margem de votos que se trabalha para ser eleito em 2014
pelo PMDB? Há uma definição partidária ou mesmo uma projeção pessoal?
É difícil você ter uma expectativa nesse momento em relação ao número
de votos necessários. Sabemos que temos que trabalhar com uma margem de
40 a 50% maior do que tivemos nas últimas eleições – Wellington teve
10.333 votos em 2010 – Eu trabalho com a possibilidade de dobrar esse
número, acho que é obrigação do parlamentar, pois fomos eleitos, estamos
no mandato e construímos os meios para alcançar novamente o objetivo.
Quando será sua filiação formal no PMDB, pretende fazer alguma cerimônia na ocasião?
Pretendemos formalizar o ingresso no PMDB no dia 4 de junho. Faremos
uma solenidade no Clube da Agepol, às 19h. Esperamos reunir um bom
número de amigos e apoiadores e poder contar com a presença do
vice-governador Tadeu Filippelli, presidente do PMDB-DF. Aproveito para
convidar todos a participarem e dividir esse momento conosco.
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