Presos pelo SINO
Foto: Montagem
Uma prática incômoda do Senado Federal é a solução que há alguns anos
prendem os senadores no Plenário da Casa. Um estrondoso e infernal sinal
sonoro soa quando falta quórum para iniciar as sessões ordinárias.
Embora incômodo, o sinal é eficiente e acaba assegurando o quórum na
Casa. Em meio as dificuldades em se conseguir quórum para deliberação
plenária na CLDF, o jeito é adotar o mesmo sistema. Com um sinal
infernal que tocasse nos corredores e gabinetes, talvez suas excelências
descessem para votar os projetos pautados, mostrando uma maior
eficiência da atividade parlamentar. Em entrevista a jornalista Jane
Rocha, o presidente da CLDF disse: “Talvez o momento não seja um período
de grandes deliberações de plenário, mas será um período de grande
turbulência política”, explicou sobre o atual momento na Casa.
Pauta extensa
A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da CLDF tem pauta
cheia nesta terça-feira. Três projetos chamam mais a atenção:
* PL 1458/13, do Executivo, que outorga o uso de espaços em prédios públicos para associações de servidores;
* PL 1447/13, do Executivo, que institui gratificação aos policiais que apreenderem armas de fogo;
* PL 857/12, do professor Israel Batista (PEN), que cria prêmio para os
denunciantes de crimes contra a administração pública. Todos possuem
parecer pela aprovação. O prêmio ao denunciante dos “maus feitos” contra
a administração é de 10% do valor efetivamente recuperado, caso se
recupere os recursos desviados.
Na CCJ a pauta também contempla os dois projetos do Executivo, que, uma
vez aprovados, devem estar na pauta do Plenário à tarde, caso consigam
quórum para votações. Além destes, outros dois também são interessantes.
O PL 29/2011, de autoria do Dr. Michel (PEN) e Joe Valle (PSB), que
cria o Batalhão Rural da PM-DF, cujo parecer é pela rejeição e o PL
634/2011, da deputada Luzia de Paula (PEN), que obriga os Poderes
Executivo e Legislativo a publicarem, até o dia 30 de novembro, o
calendário com as datas que serão declaradas ponto facultativo no ano
seguinte.
Cura Gay
Foto: Reprodução
Promete muita polêmica e confusão a reunião da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, na quarta-feira. A sessão
vai apreciar o projeto de decreto legislativo 234/11, proposto pelo
líder da bancada evangélica, João Campos (PSDB-GO), que acaba com
proibição do Conselho Federal de Psicologia (CFP) de fazerem tratamentos
em homossexuais. O conselho determinou que psicólogos não podem tomar
qualquer atitude “que favoreça a patologização (sic) de comportamentos
ou práticas homoeróticas” ou adotar “ação coercitiva tendente a orientar
homossexuais para tratamentos não solicitados”, a chamada “Cura Gay”. A
proposta foi pautada pelo presidente do colegiado, o pastor da
desunião, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que segue com sua pauta
homofóbica.
Melhor não arriscar
A sessão solene em comemoração ao Dia do líder comunitário que ocorreu
ontem (6), na Câmara dos Deputados, gerou preocupação no Clã Roriz.
Proposta pela deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), o encontro
prometia reunir as lideranças comunitárias que apoiam o ex-governador. A
presença dele era muito aguardada, mas em função de uma avaliação de
seu grupo político de que o encontro seria mal interpretado, como uma
antecipação de campanha, Joaquim Roriz decidiu não ir ao evento, mas
enviou mensagem lida pelo Dr. Jofran Frejat.
A mensagem aos correligionários, que lotaram o Plenário da Câmara,
dizia que ele não carrega ódio, que foi o responsável por transferir as
invasões do Plano Piloto, dando moradia digna e formando cidades que
hoje possuem quase 1 milhão de habitantes. “Precisamos caminhar juntos
para recuperar a alto estima e colocar Brasília novamente no caminho da
Educação, da Saúde e da Segurança”, dizia a mensagem. Para encerrar,
viola e sanfona para tocar: “As andorinhas voltaram..e eu também
voltei”, levando a plateia ao delírio.
Na política do ataque
Foto: Reprodução
Para suprir a ausência de Roriz, dois deputados e um ex-parlamentar
fizeram as vezes de atacar a política do GDF. Os três discursos mais
inflamados foram dos deputados Luiz Pitimam (PMDB-DF), Izalci Lucas
(PSDB-DF) e de Alberto Fraga, ex-deputado e presidente do DEM-DF.
Pitiman criticou a situação dos hospitais públicos do DF, apresentando
várias fotos para comprovar a situação, e deixou sua mensagem: “Aquela
sua frase que governar é definir prioridades depois de ouvir o povo não
tem sido respeitada”, lembrou o peemedebista. Izalci exaltou os
programas sociais dos governos Roriz e disse que o PT os copiou em
nível nacional. Os ataques mais duros vieram de Alberto Fraga, que
voltou a afirmar que o governador “vive cercado de ladrões”.
Atentos às redes
Reportagem da Revista Veja desta semana mostra a presteza com que três
personagens políticos têm visto as redes sociais. A revista chama de
“militância política falsa” a manifestação em comentários postados por
assessores nas redes sociais. O alvo são: o governador do DF, Agnelo
Queiroz (PT), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o
senador e presidenciável, Aécio Neves (PSDB). Segundo a matéria, tanto o
governador quanto o presidente do Senado, vem procurando melhorar a
imagem pessoal, agindo para neutralizar críticas, disparando propagandas
em perfis falsos. Já Aécio Neves utiliza destes perfis para aumentar
sua capilaridade política e criticar o governo Dilma. Em todos os casos,
a falsa militância cibernética apresenta resultados e já é a principal
atividade de vários jornalistas que prestam assessoria à políticos.
Papel em baixa
Uma conferência anual da Consultoria PwC Growing the Future – Global
strategies for sustainable success, que acontecerá em Vancouver, no
Canadá, na quinta-feira (9), debaterá o futuro do setor de papel e
celulose, discutindo os desafios da indústria nos próximos anos. O
Brasil terá destaque com um painel Spotlight on Brazil que terá entre os
debatedores Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Associação
Brasileira de Celulose e Papel (BRACELPA). O mercado de papel e
celulose vive um período de mudanças. De acordo com a pesquisa da PwC
16th Global CEO, 92% dos CEOs da área de papel e celulose reduziram
custos em 2012 e 89% planejam cortar gastos neste ano. Mesmo assim, o
empresário brasileiro é o menos pessimista.
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