Ciência da Política

Em busca de 80 mil

 

Faltando apenas quatro meses para o fim do prazo de filiação partidária para as eleições de 2014, o disse me disse toma conta do cenário político local. Tanto os partidos quanto seus atores reforçam as projeções de cenários e candidatos, plantando ideias e carregando de incertezas os rumos da eleição. No momento, todos querem se colocar como alternativa, gerando situações surreais que exigem muita flexibilidade e muito planejamento partidário. 

O lançamento de candidatura própria ao Executivo ou o apoio correto é a melhor base para cacifar as legendas a atingirem boa bancada na CLDF. Com projeções do eleitorado do DF girando entorno de 2 milhões, o coeficiente eleitoral para se fazer 1 deputado distrital fica entre 80 e 85 mil votos, tornando difícil a eleição dos chamados “candidatos independentes”, aqueles que não dependem dos votos de legenda para se elegerem.

Encontro marcado

Foto: Reprodução

Os presidentes das Câmaras Municipais da Região Integrada de Desenvolvimento do DF (Ride) se reúnem hoje com o presidente da CLDF, Wasny de Roure (PT), às 10h, para acertarem detalhes do Grande Encontro dos Legisladores da Ride. O evento ocorrerá nos dias 20 e 21 de junho. Uma das questões é a definição do local do encontro, que pode ocorrer em Brasília ou Luziânia. Os que preferem Brasília vêem um cenário mais propício para que o evento agregue os prefeitos da Ride e os governadores do DF, Goiás e Minas. Já Luziânia é preferida por estar no entorno e, portando, mais próxima do objetivo: construir propostas para o desenvolvimento da região. 

Fortalecimento da economia solidária

O modelo de produção, comercialização e distribuição de riquezas baseado na cooperação e na sustentabilidade, faz da chamada Economia Solidária uma forma interativa e promissora de comprar e trocar bens. A lei nº 4.899/2012, que “Institui a Política Distrital de Fomento à Economia Popular e Solidária”, deve beneficiar cerca de 45 mil trabalhadores no DF. Para debater o tema e o desenvolvimento do artesanato, a CLDF realizará hoje, às 15h, audiência pública, por iniciativa dos petistas Arlete Sampaio, Chico Vigilante e Wasny de Roure. O desafio é aprimorar a lei, avançando em seu processo de institucionalização no DF, já que o Centro-Oeste representa 12% deste segmento crescente na economia nacional. 

Pânico geral

 

Depois que o Ministério Público do DF pediu a prisão do deputado distrital Benedito Domingos (PP), por favorecer empresas de sua família para ornamentação de Natal nas Regiões Administrativas em 2008, em que a pena pode variar entre 40 e 90 anos de prisão, em regime fechado, muitos distritais entraram em estado de pânico geral: muitos temem que suas penas possam alcançar os três dígitos!

Ampliando o espaço da juventude

Foto: Roberval Eduão

O distrital Evandro Garla (PRB) marcou presença na XVII Conferência Nacional da Unale (CNLE), que aconteceu entre 22 e 24/05 em Pernambuco, onde também participaram os distritais Wasny de Roure (PT) e Aylton Gomes (PR). Garla sugeriu a comissão executiva do Parlamento Amazônico - entidade associativa que agrega os interesses do povo amazonida, a partir de uma perspectiva legislativa dos parlamentares, focado no desenvolvimento sustentável da Amazônia – a criação da Coordenadoria da Juventude do Parlamento Amazônico, aceita por unanimidade. Com isso, amplia sua participação em questões nacionais para viabilizar sua candidatura a deputado federal. 

3 perguntas

 

Raad Massouh (PPL) - Deputado Distrital

Foto: Roberval Eduão

 

O senhor foi denunciado pelo Ministério Público por dispensa de licitação e peculato. O caso está no Tribunal de Justiça do DF e Territórios e na Comissão de Ética da Câmara Legislativa. Como está encarando esses processos?

Estou com a minha consciência tranquila. Fizeram buscas e apreensões na minha casa e na residência de alguns de meus funcionários. Tive meus sigilos fiscal, bancário e telefônicos quebrados e nada foi encontrado. Não sou réu no processo que corre na Justiça. Liberei uma emenda para administração de Sobradinho, assim como fiz para diversas administrações. É um dos papéis do parlamentar. Não posso ser também o fiscal da emenda, sou do Legislativo e não do Executivo. Quem tem que responder sobre isso é o administrador regional, a pessoa que executa as obras ou os eventos. 

Na Câmara Legislativa, há um pedido de cassação de seu mandato. Que expectativa o senhor tem desse julgamento?

Nem penso em cassação porque acredito na justiça. Na Câmara Legislativa, o julgamento é político, mas, repito, não sou réu em qualquer processo. Não é justo ser julgado por uma coisa que não fiz. Além disso, há casos de parlamentares com processos mais adiantados na Justiça e que a Câmara não investigou. Busco apenas um tratamento igual a dos outros parlamentares. Para cada ponto apontado, tenho uma defesa clara, transparente.

E como está seu trabalho como deputado?

Fui eleito pelo voto popular e democrático. Não é justo que dois ou três deputados, por não gostarem de mim, possam tirar a representação dos 17.997 votos que recebi legitimamente. Continuo trabalhando para honrar esses votos, buscando melhores condições de vida para nossa população.