sexta-feira, 12 de abril de 2013


Seguindo com a EDUCAÇÃO


O senador Cristovam Buarque lançou ontem (11), na biblioteca do Senado, sua mais nova publicação, o livro “Educação é a solução. É possível”. Na obra, a necessidade da federalização da Educação é defendida a partir de análises feitas através da comparação do PIB per capta de municípios diversos, apontando a discrepância de investimentos e falta de acesso as mesmas condições de ensino. A solução apontada elenca seis pontos para a almejada igualdade no acesso à Educação.

Os seis passos da Federalização da Educação

1 – ampliação das atuais 451 escolas públicas federais para 156.164 no país, seguindo o modelo das melhores escolas;

2 – transformação das atuais 5.601 carreiras de professores municipais e estaduais em uma única carreira nacional de Estado, consolidando a Carreira Nacional do Magistério;

3 – salário mínimo de R$ 9 mil por mês para os professores do Novo Sistema;

4 - criação do Prouni da Educação de Base, o PROESB – Programa de Apoio ao Estudante da Educação Básica;

5 – criação de um Ministério da Educação de Base;

6 – definir prazo máximo de 20 anos para substituir as escolas atuais por escolas decentes, bem equipadas e em prédios novos compatíveis com as novas demandas.

Foto: Antonio Cruz
 

Tempo e custo


Segundo o senador, seria preciso começar pelas pequenas cidades, implantando o sistema em 300 delas a cada ano, totalizando 20 anos para concluir o processo, atendendo cerca de 3 milhões de alunos. O custo total do novo sistema seria de R$ 463 bilhões/ano, apenas 6,4% do PIB brasileiro, hoje na casa de R$ 7 trilhões. Além disso, traria economia de R$ 200 bilhões para prefeituras e Estados e outros R$ 51 bilhões as famílias de classe média.

Tese interessante


O cientista político brasiliense, Leonardo Barreto, defendeu, ontem (11), sua tese de doutorado pela Universidade de Brasília. A abordagem é baseada em longa pesquisa sobre a eleição para deputado distrital, na qual o candidato se baseia no viés informacional, ou seja, no acesso às informações para conseguir ser eleito. No trabalho, o nível de interesse dos eleitores, a maneira como as pessoas escolhem e votam para distrital, os problemas de mobilização e dificuldade do candidato levar a informação de si aos eleitores são explicadas. Nos próximos dias, apresentaremos dados inéditos dessa relação do voto no DF.

Boa repercussão


Foto: Odir Ribeiro

O encontro da diretoria executiva nacional do PSD, ocorrido ontem (11), em Brasília, serviu para azeitar as relações internas do partido, além da missão oficial de declarar apoio a reeleição de Dilma Rousseff (PT). O presidente nacional, Gilberto Kassab (foto), chegou a dizer que quer uma candidatura própria no DF, sendo a única condição apoiar Dilma. Quem conseguiu consolidar seu espaço perante o partido foi a pré-candidata ao Buriti, deputada Eliana Pedrosa (foto). Ela pode ser candidata pelo PSD, levando a presidente Dilma a possibilidade de ter dois palanques na Capital, com Agnelo e Pedrosa. A ausência do deputado Washington Mesquita foi sentida. A justificativa aos membros do partido foi de que ele estava com seu cabo eleitoral, padre Moacyr, da Pentecostes.

Esquerda democrática


O PPS realizou, ontem (11), a conferência política “A esquerda democrática pensa o Brasil”. O objetivo é repensar a organização dos partidos de oposição e preparar terreno para a possível fusão do partido com o PMN. O presidenciável Aécio Neves (PSDB) esteve presente na abertura, fazendo discurso forte de oposição ao governo, onde ressaltou que Dilma quer acabar com a miséria por decreto. Quem também esteve presente foi o deputado federal Reguffe (PDT-DF), que defendeu em seu discurso uma reforma política democrática. Para ele, o atual momento de criminalização da atividade política é muito grave, pois afasta as pessoas desta atividade. Reguffe ainda elogiou a construção do movimento da esquerda democrática, ressaltando exemplos de modernização da gestão pública feitas pelo PPS. O deputado tem se movimentado para buscar alternativas e articular apoios para uma nova missão em 2014.

2ª conquista 


Circula no meio político uma irônica piada: a chamada PEC das Domésticas é a segunda conquista de liberdade, a primeira foi a abolição da escravidão. Apesar de irônica, a piadela tem um fundo de verdade ao remeter a situação ao pós-abolição. Um levantamento prévio aponta que cerca de 25 mil trabalhadores domésticos já teriam perdido seus postos de trabalho após a aprovação da lei. Assim, ou se aprova um bom pacote de desoneração dos encargos trabalhistas, o chamado Supersimples das Domésticas, ou teremos um efeito contrário de migração para o trabalho doméstico por dia, ou seja, as diaristas da informalidade.

A questão é política!


Foto: Thayse Lopes

A questão religiosa tem chamado a atenção no cenário político no último mês, especialmente por conta da condução do pastor Marcos Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Ligado a Igreja Assembleia de Deus, Feliciano desencadeou uma onda de protestos que inclui um manifesto de outras igrejas evangélicas para que o pastor abdique do cargo. Este fato colocou a Assembleia em um momento delicado perante outras ‘coirmãs’. Em meio à questão, a igreja, que soma mais de 12 milhões de fiéis, elegeu, ontem (11), seu novo presidente, mobilizando uma massa de 24 mil ministros e pastores para escolherem o novo líder. No local do pleito, o Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, o cenário, ontem, era de uma verdadeira disputa eleitoral, com cavaletes revestidos de cartazes e muito santinho e panfleto.

O DIFERENCIAL é que ali todos conheciam muito bem os dois candidatos, o atual presidente, há 25 anos no cargo, José Wellington (SP), e o oposicionista, Samuel Câmara (PA). Câmara disputou a presidência nas últimas três eleições, cujo mandato é de quatro anos. O resultado será divulgado hoje, assim com a posse do novo eleito. A condução deste processo é uma questão política, principalmente, no atual momento de mobilização da “causa” evangélica.

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