Seguindo com a EDUCAÇÃO
O senador Cristovam Buarque lançou ontem (11), na biblioteca do Senado,
sua mais nova publicação, o livro “Educação é a solução. É possível”.
Na obra, a necessidade da federalização da Educação é defendida a partir
de análises feitas através da comparação do PIB per capta de municípios
diversos, apontando a discrepância de investimentos e falta de acesso
as mesmas condições de ensino. A solução apontada elenca seis pontos
para a almejada igualdade no acesso à Educação.
Os seis passos da Federalização da Educação
1 – ampliação das atuais 451 escolas públicas federais para 156.164 no país, seguindo o modelo das melhores escolas;
2 – transformação das atuais 5.601 carreiras de professores municipais e estaduais em uma única carreira nacional de Estado, consolidando a Carreira Nacional do Magistério;
3 – salário mínimo de R$ 9 mil por mês para os professores do Novo Sistema;
4 - criação do Prouni da Educação de Base, o PROESB – Programa de Apoio ao Estudante da Educação Básica;
5 – criação de um Ministério da Educação de Base;
6 – definir prazo máximo de 20 anos para substituir as escolas atuais por escolas decentes, bem equipadas e em prédios novos compatíveis com as novas demandas.
2 – transformação das atuais 5.601 carreiras de professores municipais e estaduais em uma única carreira nacional de Estado, consolidando a Carreira Nacional do Magistério;
3 – salário mínimo de R$ 9 mil por mês para os professores do Novo Sistema;
4 - criação do Prouni da Educação de Base, o PROESB – Programa de Apoio ao Estudante da Educação Básica;
5 – criação de um Ministério da Educação de Base;
6 – definir prazo máximo de 20 anos para substituir as escolas atuais por escolas decentes, bem equipadas e em prédios novos compatíveis com as novas demandas.
Foto: Antonio Cruz
Tempo e custo
Segundo o senador, seria preciso começar pelas pequenas cidades,
implantando o sistema em 300 delas a cada ano, totalizando 20 anos para
concluir o processo, atendendo cerca de 3 milhões de alunos. O custo
total do novo sistema seria de R$ 463 bilhões/ano, apenas 6,4% do PIB
brasileiro, hoje na casa de R$ 7 trilhões. Além disso, traria economia
de R$ 200 bilhões para prefeituras e Estados e outros R$ 51 bilhões as
famílias de classe média.
Tese interessante
O cientista político brasiliense, Leonardo Barreto, defendeu, ontem
(11), sua tese de doutorado pela Universidade de Brasília. A abordagem é
baseada em longa pesquisa sobre a eleição para deputado distrital, na
qual o candidato se baseia no viés informacional, ou seja, no acesso às
informações para conseguir ser eleito. No trabalho, o nível de interesse
dos eleitores, a maneira como as pessoas escolhem e votam para
distrital, os problemas de mobilização e dificuldade do candidato levar a
informação de si aos eleitores são explicadas. Nos próximos dias,
apresentaremos dados inéditos dessa relação do voto no DF.
Boa repercussão
Foto: Odir Ribeiro
O encontro da diretoria executiva nacional do PSD, ocorrido ontem (11),
em Brasília, serviu para azeitar as relações internas do partido, além
da missão oficial de declarar apoio a reeleição de Dilma Rousseff (PT). O
presidente nacional, Gilberto Kassab (foto), chegou a dizer que quer
uma candidatura própria no DF, sendo a única condição apoiar Dilma. Quem
conseguiu consolidar seu espaço perante o partido foi a pré-candidata
ao Buriti, deputada Eliana Pedrosa (foto). Ela pode ser candidata pelo
PSD, levando a presidente Dilma a possibilidade de ter dois palanques na
Capital, com Agnelo e Pedrosa. A ausência do deputado Washington
Mesquita foi sentida. A justificativa aos membros do partido foi de que
ele estava com seu cabo eleitoral, padre Moacyr, da Pentecostes.
Esquerda democrática
O PPS realizou, ontem (11), a conferência política “A esquerda
democrática pensa o Brasil”. O objetivo é repensar a organização dos
partidos de oposição e preparar terreno para a possível fusão do partido
com o PMN. O presidenciável Aécio Neves (PSDB) esteve presente na
abertura, fazendo discurso forte de oposição ao governo, onde ressaltou
que Dilma quer acabar com a miséria por decreto. Quem também esteve
presente foi o deputado federal Reguffe (PDT-DF), que defendeu em seu
discurso uma reforma política democrática. Para ele, o atual momento de
criminalização da atividade política é muito grave, pois afasta as
pessoas desta atividade. Reguffe ainda elogiou a construção do movimento
da esquerda democrática, ressaltando exemplos de modernização da gestão
pública feitas pelo PPS. O deputado tem se movimentado para buscar
alternativas e articular apoios para uma nova missão em 2014.
2ª conquista
Circula no meio político uma irônica piada: a chamada PEC das
Domésticas é a segunda conquista de liberdade, a primeira foi a abolição
da escravidão. Apesar de irônica, a piadela tem um fundo de verdade ao
remeter a situação ao pós-abolição. Um levantamento prévio aponta que
cerca de 25 mil trabalhadores domésticos já teriam perdido seus postos
de trabalho após a aprovação da lei. Assim, ou se aprova um bom pacote
de desoneração dos encargos trabalhistas, o chamado Supersimples das
Domésticas, ou teremos um efeito contrário de migração para o trabalho
doméstico por dia, ou seja, as diaristas da informalidade.
A questão é política!
Foto: Thayse Lopes
A questão religiosa tem chamado a atenção no cenário político no último
mês, especialmente por conta da condução do pastor Marcos Feliciano
(PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da
Câmara dos Deputados. Ligado a Igreja Assembleia de Deus, Feliciano
desencadeou uma onda de protestos que inclui um manifesto de outras
igrejas evangélicas para que o pastor abdique do cargo. Este fato
colocou a Assembleia em um momento delicado perante outras ‘coirmãs’. Em
meio à questão, a igreja, que soma mais de 12 milhões de fiéis, elegeu,
ontem (11), seu novo presidente, mobilizando uma massa de 24 mil
ministros e pastores para escolherem o novo líder. No local do pleito, o
Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, o cenário,
ontem, era de uma verdadeira disputa eleitoral, com cavaletes revestidos
de cartazes e muito santinho e panfleto.
O DIFERENCIAL é que ali todos
conheciam muito bem os dois candidatos, o atual presidente, há 25 anos
no cargo, José Wellington (SP), e o oposicionista, Samuel Câmara (PA).
Câmara disputou a presidência nas últimas três eleições, cujo mandato é
de quatro anos. O resultado será divulgado hoje, assim com a posse do
novo eleito. A condução deste processo é uma questão política,
principalmente, no atual momento de mobilização da “causa” evangélica.
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