sexta-feira, 19 de abril de 2013


Fim do voto secreto


Foto: Fábio Rivas/CLDF

A CLDF realizou ontem (18) Comissão Geral de lançamento da campanha nacional pelo fim do voto secreto, iniciativa do deputado Chico leite. A sessão teve a participação de poucos deputados da Casa, mas contou com a presença do senador Paulo Paim (PT) e do deputado federal Roberto Policarpo, presidente do PT-DF.  Todos os convidados ressaltaram a importância do fim das votações fechadas para a transparência e o acompanhamento da sociedade do mandato dos parlamentares. O senador falou da PEC 50, apresentada por ele há anos no Congresso Nacional e que hoje foi reapresentada por ele com o número de PEC 20/2013, ressaltando que levará a campanha de Leite para o Senado. Chico falou dos desafios até aqui para a aprovação da medida na CLDF e da missão de conseguir mobilizar a questão em nível nacional.

Uma tarde de gafes


Logo no começo da Comissão Geral, ao assumir a presidência dos trabalhos à convite do autor, o presidente da CLDF, Wasny de Roure (PT), deu início as gafes. Primeiro esqueceu de convidar o presidente do seu partido, deputado Policarpo, para compor a Mesa. Depois, ouviu ao pé do ouvido a líder do governo, Arlete Sampaio, se queixar que não tinha sido chamada, corrigindo-a que tinha sido a primeira, mas com o microfone aberto. Seguindo na sessão, agradeceu aos dois líderes do governo na CLDF, Arlete e Chico Vigilante. O agradecimento sou mal nos bastidores. Além dele, o senador Paim também escorregou, ao dizer que convive à décadas com a jornalista Denise Routemburg  no Congresso, levantando sorrisos da plateia, completando chamando a deputada Celina Leão (PSD) de Zelina e, ainda mais, ao dizer da falha da assessoria da Casa quanto a não identificação dos demais parlamentares, todos pareciam estar com a cabeça nas nuvens.

Aumentando quórum


Uma boa plateia ouvia atenta a exposição dos convidados sobre o voto secreto. O que chamava a atenção dos presentes era que muitos estavam com crachás da CLDF e do GDF, mas ninguém os conhecia na Casa. A turma invadiu o local destinado aos jornalistas, que, exprimidos, deixaram de acompanhar o restante da sessão. Como tinha três administradores regionais, do Park Way, José Benevenuto Estrela, do Guará, Carlos Nogueira e do Cruzeiro, Antônio Sabino, fica a dúvida se a plateia acompanhava os dirigentes ou se eram servidores comissionados da Casa que costumam estar lotados fora!

Sem torcida contra


Fomos procurados pela assessoria do ex-deputado e suplente do distrital Raad Massouh (PPL), Paulo Roriz (DEM), quanto a nota “Pela abertura”, publicada ontem (18), onde afirmamos que 12 espectadores da platéia na Comissão de Ética que pedia logo a cassação de Raad estava lá a mando de Paulo, após ouvirmos um dos manifestantes. Segundo sua assessoria, Paulo Roriz não tem acompanhando o cenário/movimentação política de Brasília, estando trabalhando somente em suas empresas e que, o mesmo encontra-se em viagem para o exterior, sendo inverdade qualquer movimentação atribuída a sua pessoa, já que ele não torce e nem deseja que nenhum deputado distrital da atual legislatura seja cassado. Ta falado!

Devagar e sempre


A página da Secretaria de Governo trás levantamento dos projetos do Poder Executivos aprovados na CLDF em 2013, são apenas 14 os projetos do GDF aprovados pela Casa. Em comparação com o mesmo período do ano passado, onde 19 projetos do governo tinham sido aprovados e, em 2011, quando 20 projetos já tinha passado pelo Plenário até abril, a produção é lenta. Até ontem (19), a Câmara só votou os 14 projetos do Executivo, 16 vetos do governador e 1 projeto de parlamentar (Ordem do Dia).

Chegando junto


Foto: Reprodução

O deputado federal Geraldo Magela (PT) retornou a Câmara dos Deputados seguindo o slogan do GDF, chegando junto. Magela (foto), retornou a Casa relatando o projeto de lei que inibe a criação de partidos políticos, ao impedir que o tempo de TV e o fundo partidário sejam transferidos por parlamentares ao migrarem para novas siglas. O projeto foi aprovado pela Câmara na noite de quarta-feira (17) e ainda terá que passar pelo Senado. A medida atinge, principalmente, o projeto de criação da Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, que pode influenciar diretamente na disputa eleitoral de 2014. Pelo texto aprovado, os novos partidos terão que concorrer nas eleições seguintes à sua criação com o tempo mínimo de TV e com um pequeno percentual do fundo partidário,  não sendo beneficiados pela adesão de parlamentares, como aconteceu recentemente com o PSD.

No caso do PPS e o PMN, que se juntaram para criar o Partido Mobilização Democrática (MD), a medida não atrapalha, pois se trata de fusão, onde as siglas terão direito ao tempo de televisão e ao fundo partidário de maneira proporcional ao número de parlamentares que possuem. Magela avalia que o texto resgata a ideia da fidelidade partidária e que os novos partidos terão direito ao tempo de TV e ao fundo partidário a partir da primeira eleição que enfrentarem, de acordo com os votos que receberem. Com isso, a relação com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) pretende esquentar, já que ele e o seu partido foram veementemente contra a mudança.
 

Aproximação estratégica

 
Foto: Reprodução

O bloco União e Força (PTB, PR, PSC e PPL) recebeu no Senado, na terça-feira (16), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O encontro, de iniciativa do senador Armando Monteiro (PTB-PE), integra a agenda de reuniões da bancada com diversas autoridades. O líder do grupo é o senador Gim Argello (PTB). Campos levou consigo o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), que estreitou relações com os liderados de Gim. Pensando bem, a aproximação entre Campos e Gim é bem estratégica, com consequências capazes de embalar a campanha de Campos no DF. Daí a necessidade de definição rápida quanto sua vaga para disputar o Senado na chapa governista, afinal,  opções de palanque não faltam a Gim, o suplente de senador que mudou a lógica orçamentária no Senado, com nada menos que R$ 18 bilhões aprovados na peça orçamentária.

Escola comunitária


A Administração Regional de Brasília entrega no sábado(20), cerca de 200 certificados dos cursos de síndicos, prevenção e combate a incêndios e porteiros. Os cursos, da chamada Escola de Gestão Comunitária são ministrados por especialistas de órgãos do GDF e de organizações parceiras. Incluem temas como legislação de condomínios, noções de contabilidade, mediação de conflitos, relações interpessoais, Brasília tombamento e regras para intervenção e a relação estado/sociedade civil no DF. Os novos cursos iniciam em maio para zeladores, junho para síndicos em julho para porteiros e têm a aprovação como ótimo ou bom por 96% dos alunos das turmas anteriores. O administrador Messias de Souza afirma que com essa formatura de sábado chega a montante de quinhentas pessoas formadas pela Escola.  “É uma conquista que deu certo e vamos formar mais quinhentas pessoas ainda esse ano. Assim, posso afirmar que estamos fazendo a nossa parte numa sociedade cada vez mais individualista com conflitos permanentes”, avalia o administrador.

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