terça-feira, 23 de abril de 2013


Censurado



A censura do PMDB contra seu único deputado federal, Luiz Pitiman, é o assunto do momento no meio político. Comandado pelo vice-governador do DF, Tadeu Filippelli, o partido vetou três inserções de Pitiman no horário eleitoral da legenda. Nelas, o parlamentar dispara duras críticas ao governador Agnelo Queiroz (PT), falando do alto custo do Mané Garrincha e dos crescentes problemas de gestão na CEB. Herdeiro de parte da herança política de Filippelli, Pitiman concorreu à Câmara com o antigo número do padrinho (1515) e teve amplo apoio partidário para chegar ao Congresso Nacional. Agora, está cortejadíssimo no PSDB e o padrinho deve ser Aécio Neves, seu vice-presidente na Frente Parlamentar da Gestão Pública.

De Grão em grão...


Há menos de duas semanas, o deputado federal suplente Augusto Carvalho (PPS)  deixou o mandato, após fazer críticas à saúde nos programas partidários. Agnelo ordenou a volta de Geraldo Magela (PT) à Câmara para tirar de cena o desertor. O problema deve se repetir não só na bancada federal, tende a ocorrer, também, entre os distritais, pois a aproximação com a data de filiações partidárias e a baixa popularidade forçarão um afastamento governista, sob pena de atropelo eleitoral pelos candidatos dos descontentes. Se o governo optar por perder um aliado a cada crítica, vai ter que dar bônus para manter alguns gatos pingados.
 

Pela União


A chegada do vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, ao comando da Executiva Regional do partido é uma tentativa de união da sigla, regionalmente. A intervenção da cúpula nacional evita um racha partidário que poderia dificultar o palanque de Aécio Neves no DF, em um momento que é necessário somar para conseguir mobilizar apoio e fazer Aécio o presidenciável mais votado na Capital. Engana-se quem pensa que a condenação recente do então presidente Márcio Machado é o motivo direto da intervenção. A missão de Jorge é formar uma diretoria que congregue os interesses divergentes. Para isso, o líder tucano já conversa com todas as lideranças do partido e deve assumir a presidência da diretoria, até que o grupo de dirigentes esteja em sintonia, saindo na sequência. Como todas as correntes estarão na Executiva, a tendência é que a força de cada uma continue, proporcionalmente, a mesma.

Reunião fora de hora


Uma reunião fora de hora chamou a atenção de servidores na CLDF. Em pleno sábado (20), o distrital Raad Massouh (PPL) convocou seus assessores, funcionários e correligionários para uma reunião na sede do legislativo. Segundo fonte, o parlamentar quis reunir toda a equipe para apresentar as estratégias de sua defesa no processo aberto pela Comissão de Ética, em que é acusado de repasses irregulares em emenda orçamentária de sua autoria. Raad explicou a situação e pontuou estratégias de enfrentamento do problema, afinando o discurso da equipe, que não pode parar. Para isso, rolou até uma palestra motivacional para manter todos na ativa. O relator do caso só será conhecido no dia (2/5). Será que dessa vez o deputado vai apresentar sua defesa antecipada como fez enquanto o caso estava na Corregedoria?

Fama internacional


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ganhou fama internacional com a relatoria do Mensalão, que teve seu acórdão publicado ontem (22). No domingo (21), Barbosa recebeu a histórica Medalha da Inconfidência Mineira, homenagem do Governo de Minas ao inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, tendo sido o destaque da solenidade ao lado de Aécio Neves, presidenciável do PSDB. Hoje (24), o ministro fará palestra na Universidade de Princeton, em New Jersey (EUA) e, depois, participará do jantar da revista americana Time, que o colocou na lista das cem personalidades mais influentes do mundo. Como seu xará Tiradentes, o Joaquim da vez tem que tomar cuidado para não cair nas armadilhas da política, sob pena de ter o mesmo destino de Tiradentes: a forca!

Seguindo em Rede



Após ver a manobra governista para segurar a criação de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, Marina Silva segue no projeto de criação da legenda. No domingo, militantes voluntários colhiam assinaturas durante os festejos de aniversário de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, enquanto entregavam panfleto convidando a população para a plenária da Rede. No convite, Marina é colocada como porta-voz do partido, que diz ser um amplo movimento na busca por uma alternativa de representatividade política. A plenária ocorrerá amanhã (24), às 19h30, na Tenda da Casa do Ceará, na 910 Norte e, irá debater: a política de hoje, ativismo eleitoral e as propostas e alternativas da Rede. Apesar de dificultar o processo de formação de novos partidos, impedindo o acesso ao fundo partidário, o projeto aprovado na Câmara pode acabar dando mais fôlego a proposta de adesão à Rede, que precisaria mais do que nunca de gente para financiar a empreitada.

A visão econômica


A economia e os desdobramentos cotidianos do mercado econômico sempre foram peças indissociáveis do tabuleiro político. Ontem (22), o jornal O estado de São Paulo publicou matéria em que traz três visões de integrantes do mercado financeiro nacional e internacional sobre os três principais presidenciáveis.


A presidente Dilma Rousseff teve avaliação ruim. Os especialistas, que não tiveram seus nomes divulgados, apontam desgaste na imagem dela frente ao mercado, gerada pelas fortes interferências na economia e nos pronunciamentos sobre juros e inflação, que desqualificam os órgãos e agentes financeiros;


Aécio Neves (PSDB) desperta a confiança do setor, visto como resgate da agenda positiva de FHC na economia, mas perde pontos no tocante ao seu estilo de vida, que para os economistas, é incompatível com o cargo de Presidente.


A Eduardo Campos (PSB) é atribuída uma incógnita, mas que desperta interesse. O ponto obscuro é a plataforma eleitoral que não se conhece abertamente, mas é unânime a visão de que ele é uma luz no fim do túnel.

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