Defesa antecipada
Foto: Roberval Eduão
O deputado distrital Raad Massouh (PPL) protocolou ontem (12), oito
dias antes do prazo final, o documento com sua defesa no processo ético
disciplinar que está sendo analisado pela Corregedoria da CLDF. Acusado
de fazer uso indevido de emendas parlamentares, ele tinha dez dias úteis
para apresentar defesa. O corregedor da Câmara, deputado Patrício (PT),
deve analisar os documentos apresentados por Raad e decidir encaminhar
ou não o processo à Comissão de Direitos Humanos e Decoro Parlamentar.
Na Casa, a expectativa é de que ele não terá vida fácil junto a
Patrício. “Tenho consciência do meu trabalho e da minha inocência.
Acredito na Justiça”, defende-se Raad Massouh.
Verbas publicitárias
A deputada distrital Luzia de Paula (PEN) apresentou ontem (12) projeto
de emenda à Lei Orgânica que obriga os poderes Executivo e Legislativo a
definirem dotação orçamentária específica para as despesas com
publicidade, além de reservar 10% deste orçamento para a contratação de
mídias alternativas ou comunitárias. A parlamentar acredita que com
maior transparência e a garantia de que as pequenas mídias sejam também
contempladas com recursos públicos, a difusão informativa das notícias
por elas veiculadas ficarão mais próximas da comunidade.
Sem gravata
O novo secretário de Agricultura do DF, Lúcio Valadão, esteve ontem no
Plenário da CLDF, levado por seu padrinho, deputado Joe Valle (PSB). O
secretário não pode permanecer porque estava sem gravata.
Unificação: a solução federativa
Um dos grandes desafetos do pacto federativo é a alíquota diferenciada
do ICMS, imposto vinculado aos Estados, que gera a chamada guerra
fiscal. Por meio dela, os mais competitivos oferecem alíquotas
diferenciadas para atrair empresas. Ontem (12), na véspera da reunião
com os 27 governadores, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
ouviu diversos secretários estaduais de fazenda sobre o PRS 1/2013, que
unifica em 4% a alíquota do ICMS. Pelo projeto, a unificação será
gradual: nas operações realizadas nas regiões Norte, Nordeste,
Centro-Oeste e no Espírito Santo, destinadas às Regiões Sul e Sudeste,
as alíquotas seriam fixadas em 11%, em 2014, com redução de um ponto
percentual por ano, até chegar a 4% em 2025. Para as realizadas nas
regiões Sul e Sudeste, com destino às demais, parte-se de 6% em 2014
para atingir 4%, já em 2016. Após a reunião, ficou acordada a votação da
matéria no dia 25/3, isso se o caldo não engrossar com os governadores
hoje.
PSC decide manter o pastor da desunião
O Partido Social Cristão decidiu ontem (12) manter a indicação do
pastor Marco Feliciano (PSC/SP) para presidência da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Após o partido receber
apoio dos líderes partidários em reunião da Mesa Diretora da Casa, o
líder do PSC, deputado André Moura (SE), anunciou a decisão unânime da
bancada em manter Feliciano. Líderes do PSDB, PMDB, PR, PPS e PCdoB
defenderam o direito e a liberdade do PSC indicar o presidente da
comissão, independentemente de quem seja. O presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que não iria interferir na
decisão. Muitos concordaram que a manutenção vai gerar ainda mais
conflito, como a manifestação que ocorreu ontem no Congresso. Hoje, a
situação deve se repetir durante a 1ª reunião da comissão, às 14h.
Salvar a Petrobras
O PSDB realizou ontem (12) na Câmara dos Deputados o seminário:
“Recuperar a Petrobras é nosso desafio”. Os tucanos convidaram políticos
e especialistas para debater a perda, em dois anos, de 47,7% do seu
valor de mercado, além de apontar falhas na gestão da estatal e
questionar a partilha para exploração do pré-sal. Em folhetos
distribuídos no evento, o partido afirma: “Após registrar aumentos
médios de 10% na produção de petróleo, entre 1995 e 2002, a Petrobras
viu esse índice despencar para 2,4% ao ano, desde que o PT chegou ao
poder. Já a dívida líquida da empresa saltou de R$ 26 bilhões para mais
de R$ 130, entre 2007 e 2012”. Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os
interesses políticos e eleitoreiros da administração petista à frente da
companhia são nocivos ao futuro da empresa.“A Petrobras foi
partidarizada, excessivamente, pelo PT. Queremos devolvê-la aos
brasileiros. Ela (Petrobras) precisa ser reestatizada”, disse o tucano.
Recursos não faltam
Foto: Roberval Eduão
Problema corriqueiro para quem trabalha no centro da Capital é
encontrar com grupos de usuários de drogas que, geralmente, abordam os
trabalhadores querendo dinheiro, comida, cigarros e, por vezes, assaltam
e roubam para sustentar o vício. Segundo levantamento feito pelo
deputado distrital Chico Leite (PT), o Governo do Distrito Federal tem
uma verba de mais de 400% em relação ao ano de 2012 para combater a
disseminação das drogas. Os recursos, que somam R$ 3,4 milhões, são bem
superiores aos R$ 739 mil disponíveis no ano passado. Deste total,
apenas 4% foi utilizado. Os recursos oriundos do Fundo Nacional
Antidrogas servem para o desenvolvimento, implementação e execução de
ações, programas e atividades de prevenção, tratamento, recuperação,
repressão e reinserção social de dependentes de drogas. “Vou fiscalizar e
lutar para garantir a utilização integral, universal e com eficiência
do orçamento para combate às drogas”, enfatiza o deputado.
Sem engessamento
Foto: José Cruz/ABr
Após uma reunião na Secretaria da Casa Civil do DF, na quarta-feira
(6), o arquiteto Carlos Magalhães divulgou nota informando que o
secretário Swedenberger Barbosa disse que, para o governo, a manutenção
do tombamento, pela Unesco, como Patrimônio Cultural da Humanidade não
tem tanta importância e que, se necessário, pediria a retirada da cidade
da listagem daquela entidade. Em resposta, o secretário afirma que sua
posição é pessoal e foi destorcida. Segundo ele, apenas colocou seu
pensamento sobre as exigências do Iphan, que têm sido maiores do que em
governos passados. Além disso, Barbosa afirma que, caso a cidade
perdesse o título, não teria grandes implicações, desde que houvesse bom
governo. Por fim, ele se colocou como defensor da preservação, mas não
do engessamento da cidade.
Com tantos problemas enfrentados pela Capital, principalmente no trânsito e no tocante à regularização fundiária, onde a atividade comercial não tem para onde se desenvolver (Plano Piloto), torna-se impossível pensar em uma cidade estática, engessada, que não pode ser modificada em nada. O reconhecimento da Unesco é importante, mas a sensibilidade ao futuro é primordial. Parabéns ao secretário pela coragem em tocar na ferida. É preciso ser racional e defender, em primeiro lugar, a segurança e a harmonia do convívio social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário