segunda-feira, 18 de março de 2013

 

Convocações em pauta


Após passar pelo período de escolha dos presidentes das comissões permanentes, a CLDF espera voltar a ter seu funcionamento normalizado. Na semana passada, os trabalhos estiveram mais voltados às comissões, com deliberação plenária apenas na terça-feira (12), onde os parlamentares analisaram e aprovaram 5 projetos de autoria do Executivo. Esta semana começa com a convocação do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), indicado pelo governador Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Paiva Martins, que será ouvido na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), na terça-feira (19), às 9h. A convocação para a sabatina do novo conselheiro do TCDF foi recebida com surpresa por integrantes do órgão, que tem imposto diversas barreiras à execução de obras do Executivo, isso por conta da coincidência entre a convocação e a liberação de obras pelo Tribunal.

Direitos humanos e assédio sexual


Outras três convocações feitas pela CLDF, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Decoro Parlamentar, prometem fazer desta uma semana de divergências, onde a tendência é a não apreciação de matérias pelo Plenário da Câmara. Requeridos pelo deputado Patrício (PT), o comandante geral da PMDF, coronel Suamy Santana da Silva e o tenente-coronel Arthur Brandalise Schweitser, comandante do 19º BPM, terão de explicar sobre denúncia de violação dos direitos humanos na corporação. Também envolvendo a PM, o tenente-coronel Luis Alexandre Rodrigues Alves de Lima terá de esclarecer denúncia de abuso sexual na Caixa Beneficente da PMDF.

Insatisfação



Nos bastidores, corre o boato de que as convocações são uma forma de pressionar o governador Agnelo Queiroz (PT), que vem adotando uma interlocução mais centralizada entre CLDF e Buriti, fato que está desagradando os parlamentares. Em OFF, um deputado confirmou que há insatisfação na relação Executivo/Legislativo e que as convocações vão permitir uma nova forma de diálogo: a do embate. Assim, o foco dos requerimentos e sabatinas é aumentar a necessidade de ampliação do diálogo, onde seria decretado o fim da “ponte única” entre Buriti e CLDF.

 Ameaça desmoralizada


O tucano e candidato do PSDB derrotado duas vezes à Presidência da República, José Serra, teria ameaçado deixar o partido caso não fosse ele o presidente nacional da legenda. O recado teria partido de três parlamentares do partido, numa tentativa de frear a chegada ao posto mais alto do tucanato do senador Aécio Neves. Preocupado com a movimentação de Serra, Aécio tenta uma conversa pessoal para tentar acomodar o companheiro paulista dentro de seu projeto. Em nota, Serra negou que tenha feito qualquer tipo de ameaça e muito menos tentado barganhar desta forma o comando do partido. O boato surge exatamente  no momento em que pesquisas internas apontam para um largo favoritismo de Aécio no PSDB, onde 90% apoiaria o nome do atual senador para ser o defensor do legado de FHC em 2014. Sem moral, Serra se vê isolado e sua saída do partido seria sua última chance.

Missa da boa vizinhança


Foto: Gabriel Jabour/Divulgação

A ordenação episcopal de Mons. Valdir Mamede como bispo auxiliar de Brasília, na Catedral Nossa Senhora Aparecida, na manhã de sábado (16), foi uma verdadeira missa da boa vizinhança. Isso porque contou com a presença de diversos políticos como o ex-governador Joaquim Roriz (sem partido), os senadores Gim Argelo (PTB) e Rodrigo Rolemberg (PSB), os distritais Liliane Roriz (PSD) e Roney Nemer (PMDB), além do governador em exercício do DF, Tadeu Filippelli (PMDB). No tocante a boa vizinhança, um abraço fraterno entre Roriz e Filippelli foi a cereja do bolo para os presentes. A relação entre “cria e criador” estava abalada há algum tempo, desde 2009, quando Roriz deixou o PMDB e, posteriormente, com a aliança PMDB-PT. Mesmo com alguns correligionários dizendo que, na verdade, tudo não passava do momento político, pouco se ouviu de uma reaproximação entre os dois. Com o abraço caloroso, há quem diga que chegou a hora de uma conversa política entre “cria e criador”, que poderia mudar realmente o cenário político do DF.

Com a faca e o queijo na mão


Foto: EBC

Após o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, ter declarado que o partido não ocupará espaço no governo, apesar de apoiar Dilma Rousseff, o cenário local ficou mais calmo. Isso porque o partido deve adotar a mesma posição no DF, recusando um possível convite para assumir a Secretaria do Entorno. O presidente do PSD-DF, o ex-governador Rogério Rosso (foto), disse que o diferencial do partido é exatamente a independência, optando pela sociedade e não pelo poder. Ele seria o alvo do convite do governador Agnelo, pois o partido elegeu 4 prefeitos no entorno: Cristalina, Luziânia, Formosa e Vila Boa, todos em Goiás, fato que fortaleceria a parceria e as políticas públicas necessárias para diminuir a dependência destes municípios de Brasília. Na quarta-feira (20), o PSD terá programa partidário gratuito, onde os prefeitos do entorno ganharão espaço. O convite para integrar o governo Agnelo deixou os quatro distritais do partido em alerta, pois se posicionam como oposição, além de uma possível candidatura ao GDF de Eliana Pedrosa, que Agnelo quer ver minada.

3 Perguntas

Agaciel Maia (PTC), presidente em exercício da CLDF

 

 
Há uma conversa de que a CLDF terá uma semana complicada com a convocação do comando da Polícia Militar e a sabatina do novo conselheiro do Tribunal de Contas, além dos pedidos de cassação do mandato de um parlamentar, o que prejudicaria os trabalhos de votação. Isso deve mesmo ocorrer? Como será sua condução como presidente em exercício?

Estamos com a pauta liberada, há apenas vetos do governador na mesma. Não há projetos de autoria dos parlamentares prontos para serem apreciados. Hoje, mesmo se tivesse quórum não teríamos nada para votar, pois semana passada votamos os projetos do executivo de interesse da população. O que chegar vai entrar em pauta e ser apreciado. Pedi aos deputados que conversem com suas assessorias e agilizem os projetos para que possamos votar. Portanto, não vejo nenhum sinal de que os trabalhos possam ser prejudicados. Acho que as representações e as oitivas não devem atrapalhar nas sessões, tanto que hoje não temos o que votar. O Plenário é o melhor local para que estas questões sejam esclarecidas, devendo proceder qualquer debate.

A indicação da Administração de São Sebastião era sua. Com a saída da administradora Janine, o senhor indicará outro nome?

 A saída da Janine da Administração é uma questão pessoal dela. A atividade do administrador exige muita dedicação e participação junto à comunidade para identificação dos principais problemas e demandas da mesma. Ela optou por ir para um outro cargo equivalente na Secretaria de Condomínios que seria mais compatível com ela neste momento. Estamos avaliando com calma a situação. Quem assumiu foi o chefe de gabinete, Antônio Jucélio Gomes Moreno. Agora, faremos uma avaliação junto as lideranças comunitárias para tomar uma decisão sobre a manutenção do atual administrador. A cidade está organizada e isso é o queremos manter, um futuro promissor.

Há um boato de que o atual Secretário de Desenvolvimento Econômico seria apenas interino. Neste cenário, o senhor indicaria o nome de um novo secretário?

Pelo meu currículo e minha formação em economia sempre vem essa possibilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Há muita especulação e no atual momento não me foi feito nenhum convite ou mesmo consulta por parte do governador Agnelo. Como fui duas vezes presidente da Comissão de Orçamento e conheço bem a realidade do Distrito Federal surge essa expectativa, mas não há convite nesse sentido.

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