Convocações em pauta
Após passar pelo período de escolha dos presidentes das comissões
permanentes, a CLDF espera voltar a ter seu funcionamento normalizado.
Na semana passada, os trabalhos estiveram mais voltados às comissões,
com deliberação plenária apenas na terça-feira (12), onde os
parlamentares analisaram e aprovaram 5 projetos de autoria do Executivo.
Esta semana começa com a convocação do novo conselheiro do Tribunal de
Contas do Distrito Federal (TCDF), indicado pelo governador Agnelo
Queiroz (PT), José Roberto Paiva Martins, que será ouvido na Comissão de
Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), na terça-feira (19), às 9h. A
convocação para a sabatina do novo conselheiro do TCDF foi recebida com
surpresa por integrantes do órgão, que tem imposto diversas barreiras à
execução de obras do Executivo, isso por conta da coincidência entre a
convocação e a liberação de obras pelo Tribunal.
Direitos humanos e assédio sexual
Outras três convocações feitas pela CLDF, por meio da Comissão de
Defesa dos Direitos Humanos e Decoro Parlamentar, prometem fazer desta
uma semana de divergências, onde a tendência é a não apreciação de
matérias pelo Plenário da Câmara. Requeridos pelo deputado Patrício
(PT), o comandante geral da PMDF, coronel Suamy Santana da Silva e o
tenente-coronel Arthur Brandalise Schweitser, comandante do 19º BPM,
terão de explicar sobre denúncia de violação dos direitos humanos na
corporação. Também envolvendo a PM, o tenente-coronel Luis Alexandre
Rodrigues Alves de Lima terá de esclarecer denúncia de abuso sexual na
Caixa Beneficente da PMDF.
Insatisfação
Nos bastidores, corre o boato de que as convocações são uma forma de
pressionar o governador Agnelo Queiroz (PT), que vem adotando uma
interlocução mais centralizada entre CLDF e Buriti, fato que está
desagradando os parlamentares. Em OFF, um deputado confirmou que há
insatisfação na relação Executivo/Legislativo e que as convocações vão
permitir uma nova forma de diálogo: a do embate. Assim, o foco dos
requerimentos e sabatinas é aumentar a necessidade de ampliação do
diálogo, onde seria decretado o fim da “ponte única” entre Buriti e
CLDF.
Ameaça desmoralizada
O tucano e candidato do PSDB derrotado duas vezes à Presidência da
República, José Serra, teria ameaçado deixar o partido caso não fosse
ele o presidente nacional da legenda. O recado teria partido de três
parlamentares do partido, numa tentativa de frear a chegada ao posto
mais alto do tucanato do senador Aécio Neves. Preocupado com a
movimentação de Serra, Aécio tenta uma conversa pessoal para tentar
acomodar o companheiro paulista dentro de seu projeto. Em nota, Serra
negou que tenha feito qualquer tipo de ameaça e muito menos tentado
barganhar desta forma o comando do partido. O boato surge exatamente no
momento em que pesquisas internas apontam para um largo favoritismo de
Aécio no PSDB, onde 90% apoiaria o nome do atual senador para ser o
defensor do legado de FHC em 2014. Sem moral, Serra se vê isolado e sua
saída do partido seria sua última chance.
Missa da boa vizinhança
Foto: Gabriel Jabour/Divulgação
A ordenação episcopal de Mons. Valdir Mamede como bispo auxiliar de
Brasília, na Catedral Nossa Senhora Aparecida, na manhã de sábado (16),
foi uma verdadeira missa da boa vizinhança. Isso porque contou com a
presença de diversos políticos como o ex-governador Joaquim Roriz (sem
partido), os senadores Gim Argelo (PTB) e Rodrigo Rolemberg (PSB), os
distritais Liliane Roriz (PSD) e Roney Nemer (PMDB), além do governador
em exercício do DF, Tadeu Filippelli (PMDB). No tocante a boa
vizinhança, um abraço fraterno entre Roriz e Filippelli foi a cereja do
bolo para os presentes. A relação entre “cria e criador” estava abalada
há algum tempo, desde 2009, quando Roriz deixou o PMDB e,
posteriormente, com a aliança PMDB-PT. Mesmo com alguns correligionários
dizendo que, na verdade, tudo não passava do momento político, pouco se
ouviu de uma reaproximação entre os dois. Com o abraço caloroso, há
quem diga que chegou a hora de uma conversa política entre “cria e
criador”, que poderia mudar realmente o cenário político do DF.
Com a faca e o queijo na mão
Foto: EBC
Após o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ex-prefeito de São
Paulo, ter declarado que o partido não ocupará espaço no governo, apesar
de apoiar Dilma Rousseff, o cenário local ficou mais calmo. Isso porque
o partido deve adotar a mesma posição no DF, recusando um possível
convite para assumir a Secretaria do Entorno. O presidente do PSD-DF, o
ex-governador Rogério Rosso (foto), disse que o diferencial do partido é
exatamente a independência, optando pela sociedade e não pelo poder.
Ele seria o alvo do convite do governador Agnelo, pois o partido elegeu 4
prefeitos no entorno: Cristalina, Luziânia, Formosa e Vila Boa, todos
em Goiás, fato que fortaleceria a parceria e as políticas públicas
necessárias para diminuir a dependência destes municípios de Brasília.
Na quarta-feira (20), o PSD terá programa partidário gratuito, onde os
prefeitos do entorno ganharão espaço. O convite para integrar o governo
Agnelo deixou os quatro distritais do partido em alerta, pois se
posicionam como oposição, além de uma possível candidatura ao GDF de
Eliana Pedrosa, que Agnelo quer ver minada.
3 Perguntas
Agaciel Maia (PTC), presidente em exercício da CLDF
Há uma conversa de que a CLDF terá uma semana complicada com a
convocação do comando da Polícia Militar e a sabatina do novo
conselheiro do Tribunal de Contas, além dos pedidos de cassação do
mandato de um parlamentar, o que prejudicaria os trabalhos de votação.
Isso deve mesmo ocorrer? Como será sua condução como presidente em
exercício?
Estamos com a pauta liberada, há apenas vetos do governador na mesma. Não há projetos de autoria dos parlamentares prontos para serem apreciados. Hoje, mesmo se tivesse quórum não teríamos nada para votar, pois semana passada votamos os projetos do executivo de interesse da população. O que chegar vai entrar em pauta e ser apreciado. Pedi aos deputados que conversem com suas assessorias e agilizem os projetos para que possamos votar. Portanto, não vejo nenhum sinal de que os trabalhos possam ser prejudicados. Acho que as representações e as oitivas não devem atrapalhar nas sessões, tanto que hoje não temos o que votar. O Plenário é o melhor local para que estas questões sejam esclarecidas, devendo proceder qualquer debate.
A indicação da Administração de São Sebastião era sua. Com a saída da administradora Janine, o senhor indicará outro nome?
A saída da Janine da Administração é uma questão pessoal dela. A atividade do administrador exige muita dedicação e participação junto à comunidade para identificação dos principais problemas e demandas da mesma. Ela optou por ir para um outro cargo equivalente na Secretaria de Condomínios que seria mais compatível com ela neste momento. Estamos avaliando com calma a situação. Quem assumiu foi o chefe de gabinete, Antônio Jucélio Gomes Moreno. Agora, faremos uma avaliação junto as lideranças comunitárias para tomar uma decisão sobre a manutenção do atual administrador. A cidade está organizada e isso é o queremos manter, um futuro promissor.
Há um boato de que o atual Secretário de Desenvolvimento Econômico seria apenas interino. Neste cenário, o senhor indicaria o nome de um novo secretário?
Pelo meu currículo e minha formação em economia sempre vem essa possibilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Há muita especulação e no atual momento não me foi feito nenhum convite ou mesmo consulta por parte do governador Agnelo. Como fui duas vezes presidente da Comissão de Orçamento e conheço bem a realidade do Distrito Federal surge essa expectativa, mas não há convite nesse sentido.
Estamos com a pauta liberada, há apenas vetos do governador na mesma. Não há projetos de autoria dos parlamentares prontos para serem apreciados. Hoje, mesmo se tivesse quórum não teríamos nada para votar, pois semana passada votamos os projetos do executivo de interesse da população. O que chegar vai entrar em pauta e ser apreciado. Pedi aos deputados que conversem com suas assessorias e agilizem os projetos para que possamos votar. Portanto, não vejo nenhum sinal de que os trabalhos possam ser prejudicados. Acho que as representações e as oitivas não devem atrapalhar nas sessões, tanto que hoje não temos o que votar. O Plenário é o melhor local para que estas questões sejam esclarecidas, devendo proceder qualquer debate.
A indicação da Administração de São Sebastião era sua. Com a saída da administradora Janine, o senhor indicará outro nome?
A saída da Janine da Administração é uma questão pessoal dela. A atividade do administrador exige muita dedicação e participação junto à comunidade para identificação dos principais problemas e demandas da mesma. Ela optou por ir para um outro cargo equivalente na Secretaria de Condomínios que seria mais compatível com ela neste momento. Estamos avaliando com calma a situação. Quem assumiu foi o chefe de gabinete, Antônio Jucélio Gomes Moreno. Agora, faremos uma avaliação junto as lideranças comunitárias para tomar uma decisão sobre a manutenção do atual administrador. A cidade está organizada e isso é o queremos manter, um futuro promissor.
Há um boato de que o atual Secretário de Desenvolvimento Econômico seria apenas interino. Neste cenário, o senhor indicaria o nome de um novo secretário?
Pelo meu currículo e minha formação em economia sempre vem essa possibilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Há muita especulação e no atual momento não me foi feito nenhum convite ou mesmo consulta por parte do governador Agnelo. Como fui duas vezes presidente da Comissão de Orçamento e conheço bem a realidade do Distrito Federal surge essa expectativa, mas não há convite nesse sentido.
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