segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

União da base Governista é o grande desafio do momento


Por Tiago Monteiro Tavares, extraído do Blog do Noblat:


O novo Ministro das Relações Institucionais do Governo Dilma Rousseff, Luiz Sérgio, tomou posse no cargo já com um enorme desafio, conseguir manter unidos os partidos da base aliada que estiveram juntos durante a campanha.

Na divisão dos cargos, muitos ficaram insatisfeitos. No primeiro escalão o PMDB perdeu os Ministérios da Saúde e Comunicação para os petistas. No segundo, a Presidência dos Correios e da Secretaria de Atenção a Saúde (orçamento de 57 Bilhões). A Fundação Nacional da Saúde FUNASA também pode ficar com o PT, causa dos últimos atritos.

Assim, os desgastes da base estão aumentando e a união passa a ser a cada dia mais onerosa e complexa, exigindo um grande jogo de cintura do titular da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O Ministro frisou em seu discurso de posse a diretriz da Presidente Dilma: estender as mãos aos partidos da oposição. “Essa será a diretriz dessa Secretaria. Então senhores deputados e senadores da base, nada de ciúmes quando estiver dialogando com os líderes da oposição. Essa é uma diretriz da presidenta”, ressaltou Sérgio.

A reforma política também está incluso nas diretrizes da Presidente, mais um desafio para o agora Ministro Luiz Sérgio. Para ele, é fundamental uma reforma política efetiva que agregue o interesse público e fortaleça os partidos políticos, além de tratar do financiamento de campanha e das distorções de representatividade que o nosso sistema político promove.

O Governo Dilma terá dificuldades em lidar com o PMDB e os demais partidos da base governista, pois a participação desses partidos na sua eleição foi “o fiel da balança”. Os desgastes têm ocorrido frequentemente, primeiro foi a questão da equipe de transição, depois reuniões em que o PMDB não foi convidado, agora a partilha dos cargos. A aliança entre os partidos se sustenta na divisão dos cargos públicos, sem eles fica difícil manter a união. Dilma exercerá papel primordial nessa relação, caso não consiga negociar com os caciques tão bem quanto Lula fazia poderá perder sua grande maioria no Congresso.

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