Por César Maia, comentário (em branco) meu:
Recomenda Duda Mendonça, controller dos programas de Dilma: Quem bate, perde. Por que então Lula bateu em Serra no caso das quebras de sigilo fiscal de pelo menos 1400 pessoas e de pessoas ligadas ao partido opositor? Por que Lula foi pessoalmente a TV atacar, ocupando um terço do horário eleitoral de Dilma? Por que não foi um locutor, como seria apropriado em casos como este?
A participação de Lula tem dois aspectos 'ocultos pelo verbo', como se diz nas aulas de português. O primeiro, Lula ao entrar no programa de Dilma pessoalmente, informa que Dilma não sabe se defender e nem comanda seu próprio programa de TV. O eleitor deduz que se ela não coordena seu programa, como será no governo? Se não é a atriz principal, como será no governo? Precisa da presença do padrinho. Isso a enfraquece.
O segundo é que os números de pesquisas -qualitativas e quantitativas- internas já refletem isso, e, num risco de segundo turno, chamaram o 'salvador'. Todos sabem que uma pequena inflexão nos números de Dilma leva ao segundo turno. Basta ela apontar para 45% das intenções de voto para se estar na margem de erro em relação ao segundo turno.
Como a opinião pública é afetada por ondas, a primeira já produziu efeitos, e as que vêm sempre empurradas pela primeira também terão efeito. Não que isso inverta a liderança nas pesquisas. Mas que o segundo turno passou a ser uma probabilidade, isso passou. Talvez hoje a possibilidade de um segundo turno já esteja em 50%.
Os riscos sentidos por empresários e classe média com renda mais alta em relação a seus sigilos fiscal, bancário e grampos generalizados, já afetam sua decisão de voto, que começa a deixar de ser do tipo "tanto faz". A privacidade atingida já é percebida por esses segmentos. Se alcançar parte dos demais, ainda não se sabe. Mas no andar de cima, já alcançou.
De fato, o empresariado, o setor produtivo, grandes financiadores eleitorais, estão cada vez mais cautelosos. Minha experiência como interlocutor das demandas do comércio no DF me fazem crer que esses acontecimentos, quebra de sigilos, dossiês políticos e a Lei da Ficha Limpa, têm gerado instabilidade na relação do setor público com o privado. Tudo começa já na campanha eleitoral, quando a instabilidade jurídica se instalou com a Ficha Limpa. Depois o episódio dos sigilos, grande preocupação do setor empresarial. Campanhas distantes, empresários distantes. Quem perde somos todos nós. Depois de eleitos, esses políticos não terão capilaridade entre os empresários, fato que leva a um cenário de barganha e corrupção.
A análise do César Maia não está ruim, o que está ruim é o seu desempenho na campanha ao Senado. Não adianta bater na tia Dilma, quanto mais bate, mais ela sobe nas pesquisas, rumo a nos transformar numa democracia bolivariana, ao lado dos hermanos venezuelanos, equatorianos, bolivianos e cubanos. Viva Emiliano Zapata!!!, Viva Hugo Chávez, Viva Fidel!!! E viva o PSDB, que conseguiu tirar o Aécio da disputa presidencial. Olé!!!
ResponderExcluirJosé Carlos Araújo
E lá vai o seu Serra, Morro abaixo, desculpa a brincadera.
ResponderExcluirGeraldo