O "Antí-Lula" e a "Mulher do Lula" pela Teoria da Escolha Racional

Há apenas 1 dia do início da propaganda eleitoral gratuíta no Rádio e na Televisão, pesquisas mostram crescimento de Dilma Rousseff e queda de José Serra. No DataFolha de sexta-feira (13/08), Dilma lidera com 41%, seguida por Serra 33% e Marina Silva com 10%.

Está manhã estava lendo um comentário do Blog do jornalista Ricardo Noblat, intitulado: Como virar o jogo? Nele, é lançada uma teoria, que segundo o autor tem a teoria, mas diz ter autoridade zero para sustentá-la. "Serra caiu no DataFolha e poderá cair no IBOPE simplemente porque o número cada vez maior de brasileiros passou a identificá-lo como oposição a Lula. Ah, é ele? identificam o "careca" como o anti-Lula e Dilma como a "mulher do Lula".

A Ciência Política tem uma teoria chamada de Teoria da Escolha Racional, de Anthony Downs, baseada no livro Uma Teoria Econômica da Democracia (1957), que explica facilmente o "pensamento-teoria" do Blog do Noblat:

Segundo a escolha racional, um eleitor antes de votar elenca preferências baseadas em seus ganhos particulares, ou seja, fundamentadas no pensamento: o que ganho com esse candidato? A partir dessa questão, o eleitor vai formando preferências, até elencá-las uma à uma. Dessa forma, decide por votar no candidato que representa o maior ganho para sí mesmo.

Grande parte das mais de 11 milhões de famílias que recebem o Bolsa Família são gratas à Lula. Serra pode dizer que vai aumentar o valor do benefício ou utilizar-se de qualquer instrumento que faça o eleitor identificar que ele não vai mexer no Bolsa Família, mas não vai adiantar.

Quem não tinha e passou a ter o benefício é grato a quem fez, melhorias são lógicas, naturais em qualquer circunstância, devem ser feitas, não agregando voto e não entranto na lógica da escolha racional.

O "jogo" só poderá ser virado por Serra se ele implementar na campanha um programa que consiga fazer com o eleitor sem instrução se sinta "não beneficiado" de uma política , assim a "solução" é o programa que vai fazer com que ele (eleitor) se sinta "inserido" no sistema, levando relativa vantagem à situação em que se encontra no presente momento.