quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Na busca da campanha discreta

Já não era sem tempo, quando ontem o Presidente Lula resolveu visitar as obras da Transnordestina - rodovia de 1700 kilômetros que cortará o Nordeste - e aproveitar o final do mandato para buscar eleger Dilma Rousseff.
Como a velha expressão: "agual a pinto no lixo", o nordestino mais esperto da história desse país, começou "afagando" em conversa com jornalistas em Petrolina (PE), ao dizer que a oposição terá que ter muitos argumentos para criticar o seu Governo. Isso mesmo, "afagando".
"Já vivi isso quando tinha que fazer campanha contra o plano real e eu me lasquei". "Fazer campanha contra, em momento de estabilização e satisfação popular é muito difícil", disse o presidente.
Ao ser questionado sobre o que fará depois que deixar a Presidência, Lula disparou: "Eu vou deixar o Governo, mas vou continuar andando pelo Brasil. Quem pensa que eu vou deixar a Presidência e vou para Paris, vou para Harvard, vou sei lá pra onde.. vou para o sertão, viajar o país inteiro e ver o que eu fiz e o que eu não fiz. Se tiver alguma coisa errada, vou pegar o telefone e ligar para minha presidenta: olha, tem uma coisa errada, que eu não consegui fazer. Pode fazer minha filha, que eu não consegui",protagonizou "O Filho do Brasil".
Outro dia ouvi um comentário sobre a questão do Presidente da República fazer campanha política no exercício da Presidência: No Brasil pode-se tudo quando se tem um sorriso no rosto. O pior é que até agora estou tentando discordar, mas confesso: me faltam argumentos!
Nosso país precisa urgentemente debater algumas questões que são e serão essenciais para que possamos, definitivamente, consolidarmo-nos como uma República, certamente distante do conceito de Platão. Reforma política, tributária e fiscal, previdenciária dentre tantos outros temas polêmicos e necessários devem ser debatidos, com seriedade, sob pena de chegarmos literalmente no "fundo do poço".

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