1. O último Datafolha perguntou como os eleitores se informam para decidir seu voto. São duas formas de perguntar. Na primeira, o pesquisado cita apenas um meio. Na segunda, pode citar três. A internet sozinha fica com 7%, um número expressivo, pois se iguala ao rádio e se aproxima dos jornais, estes com 12%. Na segunda, a internet sobe para 27%. Claro, a TV, o grande veículo de massa, continua disparado em primeiro lugar: 65% e 88% respectivamente.
2. Mas há uma diferença: a TV é como se fosse uma chuva que atinge a todos. A internet é como uma mangueira de regar que só chega a pontos para onde é direcionada. Internet e Conversa com Amigos devem ser somadas. Uma é um boca a boca eletrônico e outra boca a boca direto. A soma na segunda pergunta alcança 59%. Mas a chuva da TV pode não chegar a quem está abrigado. Quem individualiza é a internet e a conversa entre amigos.
3. E ainda se acresce um dado fundamental. A comunicação direta via conversa com amigos e via internet tem um poder muito maior de transformar eleitores em multiplicadores, quando o eleitor passa a ser um indutor do voto. A TV espalha a informação. O boca a boca eletrônico ou direto fixa a informação, ou dispersa, subtrai o impacto ou multiplica.
4. (Folha SP, 28) A televisão é o principal meio de comunicação utilizado pelos eleitores brasileiros para se informar sobre os candidatos que disputam as eleições neste ano. Segundo o Datafolha, 65% dos entrevistados afirmam que a TV é a mídia preferida para obter informações. Os jornais aparecem em segundo lugar, com 12% de preferência, e a internet e o rádio vêm em terceiro, com 7% cada um. Conversas com amigos ou familiares são apontadas por 6%.
5. (Folha SP, 28) Quando o Datafolha pede para os entrevistados citarem três meios de comunicação usados para se informar: 27% mencionam a internet, que fica atrás de conversas com amigos e familiares (32%). A TV é lembrada por 88% e continua em primeiro lugar. Em segundo vêm os jornais, com 54%, e rádio aparece em terceiro, com 52%. O Datafolha ouviu 10.905 eleitores em 379 municípios de todo o país (exceto Roraima). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Apesar das novas regras de campanha referentes à internet ainda não podemos esperar uma utilização maciça do instrumento nessa eleição. Muitas campanhas não tiveram tempo de buscar pessoal hábil a utilizar o novo meio de comunicação e propaganda política permitido no Brasil. A disseminação e massificação de propostas e o modo de "repassá-las" com a finalidade de influenciar o voto não são tão simples como o envio de qualquer mensagem de mobilização via redes sociais. Dessa forma, a utilização da internet como "meio multiplicador" em campanhas eleitorias deve ser muito bem elaborada para que o instrumento possa funcionar com o efeito multiplicador esperado, caso contrário, pode expor a campanha a um enorme e imprevisível risco.
Apesar das novas regras de campanha referentes à internet ainda não podemos esperar uma utilização maciça do instrumento nessa eleição. Muitas campanhas não tiveram tempo de buscar pessoal hábil a utilizar o novo meio de comunicação e propaganda política permitido no Brasil. A disseminação e massificação de propostas e o modo de "repassá-las" com a finalidade de influenciar o voto não são tão simples como o envio de qualquer mensagem de mobilização via redes sociais. Dessa forma, a utilização da internet como "meio multiplicador" em campanhas eleitorias deve ser muito bem elaborada para que o instrumento possa funcionar com o efeito multiplicador esperado, caso contrário, pode expor a campanha a um enorme e imprevisível risco.
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