Na última semana o destino da campanha presidencial ganhou um capítulo à parte, a escolha do deputado federal Índio da Costa (foto- DEM/RJ) como candidato a vice presidência na chapa de José Serra (PSDB).
Índio da Costa é Deputado Federal, do Partido Democratas (DEM), eleito em 2006. É membro da CCJ - Comissão de Constituição e Justiça; da Comissão de Defesa do Consumidor; e da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. É relator do Estatuto da Metrópole. Foi relator da atual lei 135 de 2010, conhecida como "Ficha Limpa".
Segundo o ex-blog de César Maia, a escolha cumpre quatro objetivos:
1) Agrega juventude, fazendo contraponto com Dilma, Temer e Serra.
2) Marca presença no Estado do Rio, onde Dilma tem crescido além da previsão.
3) Foi o relator da Lei Ficha Limpa na Câmara de Deputados.
4) Mobiliza inteiramente o DEM no país todo.
O item 3 foi decisivo na escolha, haja visto a multiplicação de "seguidores do Índio" no Twitter, saindo de 1.200 para mais de 33 mil, em poucos dias, após a relatoria do Ficha Limpa. A aposta do Democratas baseia-se na indicação de César Maia, pai do atual presidente nacional do partido, Rodrigo Maia. A escolha segue a "nova" linha partidária, procurando inovar seus quadros.
Sinceramente, não consigo visualizar toda essa possível mobilização que esse jovem traria a campanha de Serra, pra mim, apenas fogo de palha, que pode incendiar de vez a campanha de Serra, reduzindo-á a cinzas. Talvez haja mais coisas que nós ainda não sabemos e que podem sim consolidar essa mobilização da juventude que tanto se espera de Índio da Costa. Contudo, não vejo o Brasil preparado para ser governado por alguém de tal perfil, haja vista a possível "ascensão do Índio ao Poder".
segunda-feira, 5 de julho de 2010
A imprevisível "ascensão do Índio" ao Poder!
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Ao parabenizá-lo pela brilhante condução deste blog, gostaria de destacar que a indicação do Deputado Indio da Costa, para compor a chapa presidencial com José Serra, encaixa perfeitamente na postura deflagrada pelo DEM nos últimos anos. Tendo como ponto mais visível a troca do nome da legenda, deixando para trás a sigla PFL, o Democratas iniciou o que pode ser chamado de renovação nos postos de mais visibilidade que dispunha, nomes como, ACM Neto, Onyx Lorenzoni, Paulo Bornhausen e Rodrigo Maia, ocuparam cargos como a corregedoria da Câmara, liderança do partido na Câmara e a presidência do partido. Não obstante as críticas de que trata-se de uma mudança meramente fisiológica, aja vista a proximidade inclusive familiar de alguns, com antigos caciques do PFL. Fato é que, levando em conta essa linha de transição que tange o partido, embora inesperada a indicação do Dep. Índio da Costa não parece intempestiva.
ResponderExcluirLucas de Sá
Prezado Lucas de Sá,
ResponderExcluirÉ com grande alegria que recebo seus elogios quanto de minha condução à frente do blog Ciência da Política.
Seu raciocínio é perfeitamento identificável, eu mesmo cheguei a seguir a mesma linha. Contudo, quando digo que não vejo o Brasil preparado para ser Governado por um cidadão de tal perfil, quero dizer que o deputado Índio da Costa não reúne condições de governabilidade como Presidente da República.
Temos de pensar que Serra já tem 68 anos e que a expectativa de vida do homem brasileiro é (2009) de 69,11 anos, ou seja, não é nada impossível que ele venha a morrer de causa natural e o Vice assuma.
Assim, não creio que Índio da Costa reúna condições de governabilidade como Presidente, ao menos hoje.
Cordialmente;
Tiago Monteiro Tavares