A mais recente pesquisa do DataSenado, realizada em maio, revela que 85% dos brasileiros afirmam se interessar pela política. O índice é considerado alto e contraria o senso comum de um baixo nível de politização da sociedade. Segundo o cientista político Thiago Cortez Costa, produtor de pesquisa de opinião do DataSenado, há uma confusão entre ativismo político e interesse pela política.
Os dados obtidos com a pesquisa revelam que o interesse existe, ele está lá. O ponto crucial é que o acompanhamento dos eventos políticos nem sempre se reflete em ação política. O interesse sem ativismo sugere que o eleitorado atua muito mais monitorando a atividade parlamentar, para depois fazer seus julgamentos, do que tentando influenciar diretamente os rumos das decisões, analisa.
Entre os 1.278 entrevistados, 15% declararam ter alto grau de interesse pela política; 55%, grau mediano; e 15%, baixo interesse. O percentual dos interessados é maior entre os homens (87%) que entre as mulheres (83%). A importância atribuída à política aumenta em função da idade, da renda e da escolaridade. Os mais velhos demonstram dar mais atenção ao assunto, assim como os cidadãos com maior nível educacional.
A pesquisa também diferenciou a parcela da população filiada a partido político (14,2%) da que não é filiada (85,4%). Como era de esperar, o interesse em assuntos políticos é maior no primeiro grupo: 29% dos filiados afirmam ter alto grau de interesse.
O ano eleitoral também influencia a atenção dada à política. Para 44% dos entrevistados, as eleições estimulam o interesse pelos assuntos políticos. Entre os filiados a partidos, 54% afirmaram que seu interesse aumenta em anos eleitorais.
O DataSenado realizou a pesquisa, de abrangência nacional, entre 4 e 14 de maio. Foram entrevistadas pessoas com mais de 16 anos e que têm acesso a telefone fixo, residentes em municípios de todas as regiões, incluindo as capitais.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.
O resultado obtido na pesquisa revela que existe um elevado grau de interesse político. Contudo, muitas vezes o que o entrevistado entende como interesse na política é o simples acompanhamento de algumas das notícias veiculadas pela mídia, principalmente as que são ligadas a escândalos de corrupção que, naturalmente, despertam um certo interesse.
Não se pode avaliar o resultado como sendo um grande salto do interesse político ou um elevado grau de politização da sociedade. Como analisa o colega cientista político responsável pela pesquisa, o nível de interesse não se aplica em ação política, fato que ratifica a questão da confusão sobre o interesse político.
Certo mesmo é que, infelizmente, ainda não alcançamos um nível de politização suficiente para dizermos que somos, de fato e de direito, uma democracia consolidade ou uma sociedade polítizada. Para tanto, é necessária a mobilização política, a reforma do sistema político, a consolidação e estruturação permanente das instituições públicas, no sentido de torná-las mais independentes e ativas.
Os dados obtidos com a pesquisa revelam que o interesse existe, ele está lá. O ponto crucial é que o acompanhamento dos eventos políticos nem sempre se reflete em ação política. O interesse sem ativismo sugere que o eleitorado atua muito mais monitorando a atividade parlamentar, para depois fazer seus julgamentos, do que tentando influenciar diretamente os rumos das decisões, analisa.
Entre os 1.278 entrevistados, 15% declararam ter alto grau de interesse pela política; 55%, grau mediano; e 15%, baixo interesse. O percentual dos interessados é maior entre os homens (87%) que entre as mulheres (83%). A importância atribuída à política aumenta em função da idade, da renda e da escolaridade. Os mais velhos demonstram dar mais atenção ao assunto, assim como os cidadãos com maior nível educacional.
A pesquisa também diferenciou a parcela da população filiada a partido político (14,2%) da que não é filiada (85,4%). Como era de esperar, o interesse em assuntos políticos é maior no primeiro grupo: 29% dos filiados afirmam ter alto grau de interesse.
O ano eleitoral também influencia a atenção dada à política. Para 44% dos entrevistados, as eleições estimulam o interesse pelos assuntos políticos. Entre os filiados a partidos, 54% afirmaram que seu interesse aumenta em anos eleitorais.
O DataSenado realizou a pesquisa, de abrangência nacional, entre 4 e 14 de maio. Foram entrevistadas pessoas com mais de 16 anos e que têm acesso a telefone fixo, residentes em municípios de todas as regiões, incluindo as capitais.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.
O resultado obtido na pesquisa revela que existe um elevado grau de interesse político. Contudo, muitas vezes o que o entrevistado entende como interesse na política é o simples acompanhamento de algumas das notícias veiculadas pela mídia, principalmente as que são ligadas a escândalos de corrupção que, naturalmente, despertam um certo interesse.
Não se pode avaliar o resultado como sendo um grande salto do interesse político ou um elevado grau de politização da sociedade. Como analisa o colega cientista político responsável pela pesquisa, o nível de interesse não se aplica em ação política, fato que ratifica a questão da confusão sobre o interesse político.
Certo mesmo é que, infelizmente, ainda não alcançamos um nível de politização suficiente para dizermos que somos, de fato e de direito, uma democracia consolidade ou uma sociedade polítizada. Para tanto, é necessária a mobilização política, a reforma do sistema político, a consolidação e estruturação permanente das instituições públicas, no sentido de torná-las mais independentes e ativas.
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