Por Marcelo Mirisola *, Veiculado pelo Site Congresso em Foco:
"O fato de Obama ser negro não vai servir para estabilizar a economia nos EUA, nem vai acrescentar Big Mac e batatas fritas à dieta dos iraquianos. E os talibans, igualmente, continuarão fanáticos e explosivos, seja no Afeganistão ou disfarçados de vendedores brasileiros de hot dog no Central Park. O fato de Obama ser negro não vai fazer o Hezbollah desistir de acabar com Israel. Quero apostar que o presidente do Irã continuará a enriquecer urânio e continuará negando o holocausto que aconteceu na segunda guerra mundial. Putin ou o avatar correspondente vai massacrar quem aparecer na sua frente, e o fato de Obama ser negro tampouco vai frear a tagarelice de Hugo Chávez. A camada de ozônio também continuará furada apesar de Obama ser negro, e apesar de o Caetano Veloso morrer de tesão pelo Obama, nada vai mudar. Quer dizer: vai continuar tudo na mesma porque Obama não é Deus, e nem de longe é o Lula.
Então qual é a graça de os EUA terem eleito Obama? A meu ver, nenhuma. Uma pena, porque se McCain tivesse sido eleito, teríamos pelo menos uma grande chance de ele não terminar o mandato e de Sarah Palin assumir a presidência dos EUA. Aí sim, a coisa ia ser divertida. Já pensaram em Sarah Palin, com aquela cara de secretária bilíngüe de filme pornô, açoitando subalternos e fumando charutões fálicos no Salão Oval da Casa Branca?"
Só há um pequeno erro aí e um acerto surpreendente, que se complementam e que – confesso – me deixaram pasmo. Os místicos chamariam de destino. Ou seja, apesar da torcida contra, Obama continua não sendo Lula nem de longe, e o “destino” cujo nome poderia ser Barack agora pregou uma peça em si mesmo: recomendou a Lula que encontrasse o presidente do Irã, e fizesse o dever dos EUA na casa do capeta.
O que aconteceu? Ahmadinejad jura por Alá que, graças ao xaveco do Lula, o urânio que se enriquece por aquelas plagas não será mais o mesmo. O destino, ou melhor, Obama é quem dirá. Tanto faz a cor que lhe atribuam, pode ser preto, branco, amarelo ou azul turquesa: mandou a cartinha pro Lula, reconheceu firma no cartório e agora está desmoralizado .
Só está faltando Deus, digo, só falta Lula convidar o presidente do Irã para uma churrascada em Bikernau e pruma sauninha em Auschwitz. Porque bastou Lula fazer um afago no desvairado presidente do Irã que as coisas se resolveram. Simples, né? Os assassinos e os déspotas, esclarecidos ou não, bem como os pedófilos e os maiores filhos da puta desse mundo, ora, eles também amam e querem colinho.
Penso que depois desse acordo, a Cornell University, onde a furibunda Hillary Clinton fez mestrado ou doutorado (dá na mesma: não serviu pra nada...) devia incluir em seu currículo algumas modalidades de palitinho, sinuca e os manjadíssimos Banco Imobiliário, War e Batalha Naval ( versão joguinho de dados!) e também a obrigatoriedade da monoglotice, mistura de tagarelice com os erros do nosso português ruim. Essa gente, penso, devia ler o Xico Sá, nosso impudico anti-Nathaniel Hawthorne do Vale do Cariri via galeria Pajé!
Obama - vejam só - é doutor em Harvard. Esses lugares não servem nem pra ensinar cachorro a latir, Lula e Ahmadinejad provaram que não. O único problema é que, segundo o Barão de Itararé (que nada tem a ver com o outro Barão, aquele do Rio Branco que secou ), cachorros que latem não mordem, enquanto estão latindo. Sinceramente, tenho medo de dona Hillary Rottweiler Clinton. Agora, depois do vexame que Lula impôs à Casa Branca, a raivosa secretária norte-americana diz ou late o seguinte: “O acordo au au é nocivo à segurança do Planeta au au au au”.
Essa gente morde e invade com gosto e manda bucha em embarcações humanitárias, sabemos disso. Oremos a Deus e a Alá, e a Oxalá também, para que os desdobramentos das mentiras que nós contamos seja menos nefasto do que os desastres que sempre acompanharam as mentiras deles. No caso de as mentiras dos gringos prevalecerem teremos mais invasões, guerras, genocídios e o diabo a quatro. Caso o nosso simpático 171 prevaleça, o estrago será – espero... - apenas alegórico ou carnavalesco, a saber: cinco Nobéis para o Lula, o da paz que já está no papo, e o da química, porque é fato que rolou uma química entre ele o homem que continua enriquecendo seu urânio, nega o holocausto e é obcecado por riscar Israel do mapa (Israel parece que pede por isso...) e o Nobel de física e o da metafísica também, uma vez que o filho da dona Lindu ( que eu já chamei de cachaceiro, boca de esgoto, omisso, despreparado etc, etc ) não é desse mundo. Mea culpa. Quiçá o Nobel de biologia para o Lula, no quesito evolução da espécie metida a besta.
Em quem eu vou votar? Na falta de uma Sarah Palin, é claro que não vou votar na Dilma que terá, dizem, o mordomo sinistro, Michel Temer como vice – sei lá, parece que essa dupla fazia figuração na família Adams, tenho medo.
Zé Serra também é sinistrão, e eu penso que ele devia logo escolher uma vice. Sugiro a Márcia Goldschmidt. Aí meu voto é dele.
*Considerado uma das grandes relevações da literatura brasileira dos anos 1990, formou-se em Direito, mas jamais exerceu a profissão. É conhecido pelo estilo inovador e pela ousadia, e em muitos casos virulência, com que se insurge contra o status quo e as panelinhas do mundo literário. É autor de Proibidão (Editora Demônio Negro), O herói devolvido, Bangalô e O azul do filho morto (os três pela Editora 34) e Joana a contragosto (Record), entre outros.
"O fato de Obama ser negro não vai servir para estabilizar a economia nos EUA, nem vai acrescentar Big Mac e batatas fritas à dieta dos iraquianos. E os talibans, igualmente, continuarão fanáticos e explosivos, seja no Afeganistão ou disfarçados de vendedores brasileiros de hot dog no Central Park. O fato de Obama ser negro não vai fazer o Hezbollah desistir de acabar com Israel. Quero apostar que o presidente do Irã continuará a enriquecer urânio e continuará negando o holocausto que aconteceu na segunda guerra mundial. Putin ou o avatar correspondente vai massacrar quem aparecer na sua frente, e o fato de Obama ser negro tampouco vai frear a tagarelice de Hugo Chávez. A camada de ozônio também continuará furada apesar de Obama ser negro, e apesar de o Caetano Veloso morrer de tesão pelo Obama, nada vai mudar. Quer dizer: vai continuar tudo na mesma porque Obama não é Deus, e nem de longe é o Lula.
Então qual é a graça de os EUA terem eleito Obama? A meu ver, nenhuma. Uma pena, porque se McCain tivesse sido eleito, teríamos pelo menos uma grande chance de ele não terminar o mandato e de Sarah Palin assumir a presidência dos EUA. Aí sim, a coisa ia ser divertida. Já pensaram em Sarah Palin, com aquela cara de secretária bilíngüe de filme pornô, açoitando subalternos e fumando charutões fálicos no Salão Oval da Casa Branca?"
Só há um pequeno erro aí e um acerto surpreendente, que se complementam e que – confesso – me deixaram pasmo. Os místicos chamariam de destino. Ou seja, apesar da torcida contra, Obama continua não sendo Lula nem de longe, e o “destino” cujo nome poderia ser Barack agora pregou uma peça em si mesmo: recomendou a Lula que encontrasse o presidente do Irã, e fizesse o dever dos EUA na casa do capeta.
O que aconteceu? Ahmadinejad jura por Alá que, graças ao xaveco do Lula, o urânio que se enriquece por aquelas plagas não será mais o mesmo. O destino, ou melhor, Obama é quem dirá. Tanto faz a cor que lhe atribuam, pode ser preto, branco, amarelo ou azul turquesa: mandou a cartinha pro Lula, reconheceu firma no cartório e agora está desmoralizado .
Só está faltando Deus, digo, só falta Lula convidar o presidente do Irã para uma churrascada em Bikernau e pruma sauninha em Auschwitz. Porque bastou Lula fazer um afago no desvairado presidente do Irã que as coisas se resolveram. Simples, né? Os assassinos e os déspotas, esclarecidos ou não, bem como os pedófilos e os maiores filhos da puta desse mundo, ora, eles também amam e querem colinho.
Penso que depois desse acordo, a Cornell University, onde a furibunda Hillary Clinton fez mestrado ou doutorado (dá na mesma: não serviu pra nada...) devia incluir em seu currículo algumas modalidades de palitinho, sinuca e os manjadíssimos Banco Imobiliário, War e Batalha Naval ( versão joguinho de dados!) e também a obrigatoriedade da monoglotice, mistura de tagarelice com os erros do nosso português ruim. Essa gente, penso, devia ler o Xico Sá, nosso impudico anti-Nathaniel Hawthorne do Vale do Cariri via galeria Pajé!
Obama - vejam só - é doutor em Harvard. Esses lugares não servem nem pra ensinar cachorro a latir, Lula e Ahmadinejad provaram que não. O único problema é que, segundo o Barão de Itararé (que nada tem a ver com o outro Barão, aquele do Rio Branco que secou ), cachorros que latem não mordem, enquanto estão latindo. Sinceramente, tenho medo de dona Hillary Rottweiler Clinton. Agora, depois do vexame que Lula impôs à Casa Branca, a raivosa secretária norte-americana diz ou late o seguinte: “O acordo au au é nocivo à segurança do Planeta au au au au”.
Essa gente morde e invade com gosto e manda bucha em embarcações humanitárias, sabemos disso. Oremos a Deus e a Alá, e a Oxalá também, para que os desdobramentos das mentiras que nós contamos seja menos nefasto do que os desastres que sempre acompanharam as mentiras deles. No caso de as mentiras dos gringos prevalecerem teremos mais invasões, guerras, genocídios e o diabo a quatro. Caso o nosso simpático 171 prevaleça, o estrago será – espero... - apenas alegórico ou carnavalesco, a saber: cinco Nobéis para o Lula, o da paz que já está no papo, e o da química, porque é fato que rolou uma química entre ele o homem que continua enriquecendo seu urânio, nega o holocausto e é obcecado por riscar Israel do mapa (Israel parece que pede por isso...) e o Nobel de física e o da metafísica também, uma vez que o filho da dona Lindu ( que eu já chamei de cachaceiro, boca de esgoto, omisso, despreparado etc, etc ) não é desse mundo. Mea culpa. Quiçá o Nobel de biologia para o Lula, no quesito evolução da espécie metida a besta.
Em quem eu vou votar? Na falta de uma Sarah Palin, é claro que não vou votar na Dilma que terá, dizem, o mordomo sinistro, Michel Temer como vice – sei lá, parece que essa dupla fazia figuração na família Adams, tenho medo.
Zé Serra também é sinistrão, e eu penso que ele devia logo escolher uma vice. Sugiro a Márcia Goldschmidt. Aí meu voto é dele.
*Considerado uma das grandes relevações da literatura brasileira dos anos 1990, formou-se em Direito, mas jamais exerceu a profissão. É conhecido pelo estilo inovador e pela ousadia, e em muitos casos virulência, com que se insurge contra o status quo e as panelinhas do mundo literário. É autor de Proibidão (Editora Demônio Negro), O herói devolvido, Bangalô e O azul do filho morto (os três pela Editora 34) e Joana a contragosto (Record), entre outros.
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