Enviado por Gabriel Amaral:
No dia 13 de maio de 2010 foi transmitido durante 10 minutos o programa do Partido dos Trabalhadores (PT). O programa não apresentou nenhuma novidade perante a linha que o PT vem apresentando, críticas ao governo anterior ao do Lula, o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, mostrando dados quantitativos ao invés de dados qualitativos.
Porém o que mais me chamou atenção não foi os elogios inflamados do Presidente Lula a sua candidata Dilma Rousseff, nem a participação dos ministros de grande importância do país, mas a fantástica música de fundo.
Acredito que a maioria dos telespectadores não perceberam a música de fundo que tocava nos momentos que a candidata falava diretamente com a câmera de sua história como uma pessoa lutadora, tocava um western movie theme o que me parece a busca de uma resposta ao que todos esperam de que o candidato José Serra vem a falar sobre a história da candidata.
A candidata falou que não teve escolha e teve que lutar durante a ditadura, não especificou como ela lutava, o argumento típico dos opositores da Dilma é lembrar que ela foi guerrilheira, assaltante de banco e até homicida.
A música de fundo me pareceu uma mensagem subliminar que ela lutava como John Wayne em seu clássicos filme do “velho oeste”, aonde todas essas críticas atribuídas a ela são tidas como virtudes, o mocinho do filme luta pelo que acredita, assalta banco por que a sociedade é corrupta e mata por seus valores.
O que nos remete a pergunta se a sociedade brasileira gosta dessa deturpação de herói ou vai seguir a tendência dos Estados Unidos e largar o herói do “velho oeste” e passar a acreditar no “Super-homem”. E se no Brasil tem um “Super-homem” acho que o Senador Suplicy sai a frente, afinal ele já teve a coragem de colocar a cueca por cima da calça.
Gabriel R. L. Amaral é Cientista Político e colaborador do Blog Ciência da Política.
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