Enviado por Gabriel Amaral.
Com a renúncia de Gordon Brown chegou-se ao fim da hegemonia do partido trabalhista na Inglaterra. Desde a ascensão de Tony Blair em 1997 o partido trabalhista governa a terra da rainha à 13 anos.
Parece algo natural dentro de uma democracia bem consolidada como a inglesa a alternância de poder, porém essa alternância fácil só é na teoria, pois o novo governo teve a necessidade de uma coalizão para conseguir a maioria.
Para nos brasileiros isso parece clichê afinal todos os nossos governos pós constituinte tiveram uma base coligada forte para manter a governabilidade, mas a realidade inglesa é distinta da nossa, durante o ultimo século só ocorreu 3 vezes.
Mas o que faz essa diferença entre o nosso Brasil e o país da rainha mãe?
Em linhas gerais o que nos difere é como se constrói a governabilidade. No Brasil a governabilidade mantem-se nas relações entre o poder executivo e o legislativo, algumas linhas teóricas afirmam que o Brasil é preso a relações clientelista de troca de favor entre os dois poderes. Na Inglaterra, por ser um país parlamentarista, essa relação não existe, pois o parlamento detém as atribuições do executivo também o que resulta na necessidade de maioria plena no parlamento se não a necessidade de se abrir novas eleições e configurar nova proporção das cadeiras por partido.
Como afirmado anteriormente não é muito comum essas coligações, pois a chamada de novas eleições reacende a possibilidade do partido perdedor ganhar.
Por isso o conservador David Cameron para conseguir o apoio dos liberais cedeu-lhes a busca pela reforma eleitoral que poderá, no médio e longo prazo, beneficiá-los prejudicando os próprios conservadores, essa coligação o próprio David Cameron chamou de “coligação plena” pois o acordo contem uma inovação que a coligação permanente durante uma legislação, quatro anos.
Com esse acordo a governabilidade inglesa se garante nos próximos 4 anos, mas a que preço?
Vemos que a terra das tradições esta se abrindo as negociatas que se vê desse lado do atlântico, onde a vitória é mais importante que as bandeiras.
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