Nas divisas da fé
Foto: Divulgação
A relação entre cria e criador anda abalada pelos lados da
Administração Regional de Taguatinga. O administrador, Carlos Jales,
não anda se entendendo com seu padrinho político, o deputado distrital
Washington Mesquita (ainda no PSD). Ontem (24), o Diário Oficial do DF
já publicou algumas exonerações na administração, ainda não se falou em
mudança de comando, mas não é descartada. Segundo uma fonte palaciana,
Carlos Jales estaria disputando as bençãos do padre Moacir, de
Pentecostes, para disputar uma vaga de distrital, atropelando o padrinho
Mesquita, que pretende disputar a reeleição.
Se Jales teria condições de ser o
abençoado, deixando Mesquita de fora, só o tempo dirá. O que é conhecido
é a diferença de tratamento e simpatia entre os dois. Washington recebe
todo mundo com sorrisos e abraços, já na Administração, tudo é menos
caloroso.
Um sonho de verão
Em política tudo é mesmo inesperado. Um petista de carteirinha andou
apavorando os bastidores políticos com um comentário inesperado. Deixou
escapar que o cenário da reeleição do governador Agnelo pode ter uma
aliada da oposição. Um antigo projeto político seria tirado da gaveta:
oferecer a próxima vaga ao Tribunal de Contas do DF a deputada Eliana
Pedrosa (PSD). Assim, Eliana não concorreria ao Buriti. Improvável e
infundado! Contudo, Eliana já disputou a indicação ao TCDF com o antigo
braço direito do ex-governador José Roberto Arruda, Domingos Lamoglia.
Verdade ou não, só mesmo o tempo dirá.
Arrumando a Casa
O grupo de candidatos organizado pelo presidente da ACDF, Cleber Pires,
em conjunto com o radialista e apresentador do Brasil Urgente BSB,
Toninho Pop, que se reuniu na sexta (21), já confirmou o segundo
encontro entre os candidatos, na sexta (28). O objetivo é uni-los uma
vez que todo o grupo teve 180 mil votos na última eleição e não tem
espaço no governo. A primeira reunião serviu para arrumar a casa, saber
quem tem intenção de permanecer no grupo e entender a dinâmica da
relação. Agora, começam os debates de como atingir os objetivos e
escolher um nome para o grupo.
Queda de braço
Quem venceu uma queda de braço com o Setor produtivo foi o deputado
distrital Agaciel Maia (PTC), derrubando o veto do governador, com o
apoio dos demais deputados, ao projeto de sua autoria que assegura o
mínimo de 5% do salário para o auxílio alimentação dos terceirizados.
Apesar de impactar principalmente o Executivo, o projeto serve de base
para aferir o percentual dos auxílios alimentação de funcionários de
grandes empresas. A queixa do setor é que o parlamentar teria se
comprometido a não derrubar o veto, fato que não ocorreu.
Decisão de Plenário
Foto: José Cruz/ABr
O Senado aprovou no dia (18) o chamado Ato Médico (PLS 268/2002). A
votação simplificada foi colocada em discussão depois das 23hs, após a
desgastante votação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Durante o encaminhamento, aconteceu um “curto circuito” e os Senadores
votaram contra o dispositivo que excluíam os exames de citopatologia
(câncer uterino e outros) como privativos dos médicos. Ninguém notou,
exceto a assessoria parlamentar do Conselho Federal de Farmácia
(Parlamento Consultoria), que detectou a falha e criou o maior
reboliço.
As senadoras Vanessa Grazziotin
(PCdoB/AM) e Lúcia Vânia (PSDB/GO), que haviam se comprometido em
proteger os farmacêuticos, procuraram o presidente Renan Calheiros
(PMDB/AL) e mostraram que a votação não representou a vontade do
Plenário. Renan recolocou em votação no dia 20, na sessão vespertina, e
como primeiro item, corrigiu o erro por unanimidade, reintroduzindo o
dispositivo na Redação Final. Quem afirma que decisão de Plenário é
imutável terá que reavaliar seus conceitos!
Mostrando serviço
Foto: Valter Campanato/ABr
A presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu ontem (24) com governadores e
prefeitos de capitais para discutir as manifestações. Em suma, propôs
cinco “pactos”: a realização de plebiscito para que a sociedade se
manifeste sobre a convocação de constituinte exclusiva para a reforma
política; a responsabilidade fiscal; a melhora dos serviços de Saúde,
com mais investimentos e a importação de médicos de Cuba; a Educação,
convocando os parlamentares a aprovarem a destinação de 100% dos
recursos dos royalties do petróleo para melhorar o acesso à Educação;
uma grande Política Nacional de Transporte Público, com investimentos
maciços em VLT’s e Metros, além da criação Conselho Nacional do
Transporte Público, que terá a participação da sociedade civil, além de
defender uma legislação que classifique a corrupção como crime
hediondo. Falou o que a sociedade quer ouvir, agora é esperar pra ver
se vai surtir efeito.
Preocupação salutar e constante
O setor produtivo está preocupado com o projeto de lei do GDF que cria
novas normas para o licenciamento de atividades econômicas. O problema é
que o texto prevê que sejam revogados todos os alvarás de funcionamento
já expedidos, reeditados dentro da nova lei. Os empresários temem que o
prazo estabelecido (30 dias) para entrega da documentação não seja
suficiente, fato que obriga começar o processo do zero. O pedido do
setor é para que o prazo não expire, caso o atraso seja do próprio
governo. Um pedido bem salutar, se considerarmos a morosidade da
burocracia.
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