Cabo eleitoral
Foto: Divulgação/Montagem
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), não disfarça o interesse
de costurar uma grande aliança com lideranças políticas com grande
força no DF. Em conversa com o presidenciável tucano Aécio Neves, o
governador goiano levou uma pesquisa encomendada pelo partido que mostra
o poder de influência do ex-governador Joaquim Roriz (sem partido) na
região das cidades do Entorno do DF. Como os tucanos acreditam ser
praticamente impossível o retorno do político para uma campanha
majoritária, querem apostar suas fichas na principal herdeira de Roriz:
sua filha caçula e deputada distrital Liliane Roriz, hoje no PSD. Há
quem diga que Marconi é o cabo eleitoral nº 1 de Liliane no PSDB.
Bom exemplo
Em meio à polêmica entorno da alta destinação de emendas parlamentares
ao orçamento do DF para promoção de shows e eventos culturais pelas
Administrações Regionais, a Administração da Candangolândia resolveu
seguir o exemplo do administrador de Brasília, Messias de Souza (PCdoB),
que declarou que estas emendas não são bem vindas na R.A.1. Enquanto
isso, outras Administrações, mesmo advertidas pelo Buriti, continuam
empenhando emendas para o festival de shows superfaturados.
Largando o osso
Foto: Montagem/Calandrini
Em edição extra, o Diário Oficial da União publicou na sexta (7), a
exoneração do ministro Guilherme Afif Domingos (PSD), da Secretaria da
Microempresa da Presidência da República. A razão: Geraldo Alckmin,
governador de São Paulo, viajou a Paris, para prestigiar a escolha de
São Paulo para sediar a Expo 2020. A viagem permite que o ministro de
Dilma, que também é vice-governador do Estado, assuma a governadoria
paulista por três dias.
A preocupação é grande com a acumulação dos cargos, sendo a exoneração a
única forma de Afif burlar a responsabilidade pela dupla posição de ser
vice-governador e ministro. Em São Paulo, o procurador-geral de
Justiça, Marcos Elias Rosa, manifestou-se pela “inadmissibilidade” na
acumulação de cargos e expediu ofício para a Assembleia Legislativa para
que tome providências para afastar Afif do cargo de vice-governador. Já
a Comissão de Ética da Presidência ainda analisa a situação do
ministro. “Acumulei dois cabelos brancos” [...] “Se eu fosse presidente
do Conselho de Ética, isso nunca ocorreria”, declarou em tom de deboche o
“ministro Total Flex”.
À beira Lago
Brasília receberá em julho um empreendimento de alto nível no setor
gastronômico. De São Paulo, o grupo Rubayat está com toda documentação
aprovada na Administração de Brasília para inaugurar uma casa de
excelência à beira do Lago Paranoá, pertinho da ponte JK. O local já
nasce com a promessa de ser endereço certo dos políticos na Capital.
3 perguntas
Rôney Nemer (PMDB)
Deputado Distrital
Foto: Silvio Abdon/CLDF
Sendo veterano no PMDB, como o senhor vê a possibilidade de seu
partido lançar candidato próprio ao GDF em 2014? É possível o fim da
aliança com o PT?
O PMDB é o maior partido em número de filiados do Distrito Federal. É
natural que sejam discutidas todas as possibilidades. Temos um nome
forte, um articulador político de nível nacional, que é o presidente do
PMDB-DF, Tadeu Filippelli.
Comenta-se que o senhor será candidato a deputado Federal. Qual
será a bandeira adotada em sua campanha? Quem ocuparia a vaga de
“puxador de votos” para a Câmara Legislativa, já que o senhor tem
desempenhado este papel nas últimas eleições?
Meu partido entende que devo dar mais um passo. Sempre foquei meu
trabalho em defesa das famílias e da qualidade de vida. Não sei
trabalhar diferente. Trabalho buscando construir um futuro melhor, por
um DF mais justo, com mais empregos, qualificação, segurança e saúde.
Essas são as minhas bandeiras como pai, servidor público, cidadão,
deputado e líder comunitário. Já quanto à representatividade do PMDB na
Câmara Legislativa, temos excelentes nomes e o objetivo claro de
aumentar a atual representatividade. Com a possível vinda do deputado
Wellington Luiz, poderemos passar a contar com três parlamentares. Nossa
meta é eleger seis deputados Distritais em 2014. Estamos construindo
uma nominata de forma que todos os candidatos tenham chances reais de
êxito. Não queremos que todos trabalhem com o objetivo de eleger apenas
um ou dois nomes mais conhecidos. Teremos igualdade de condições. O PMDB
conta com excelente tempo de TV, estrutura e densidade eleitoral. Temos
todas as condições necessárias para eleger uma grande bancada.
O Sr. é citado no processo da Caixa de Pandora. O
desmembramento do processo da anula a pressão para que o senhor não se
lançasse candidato a deputado Federal, já que em um único processo todos
os réus seriam julgados pelo STF e sua posse como federal reforçaria
isso?
Nunca recebi nenhum tipo de pressão. Não importa a instância que
tratará a ação, desde que tudo seja esclarecido de forma transparente e
célere. O que quero é provar logo minha inocência. Em depoimento
recentemente prestado na segunda vara de fazenda pública do DF, Durval
Barbosa, o delator da Caixa de Pandora, afirmou em juízo jamais ter
entregado dinheiro a mim, que jamais presenciou nada que desabonasse
minha conduta e nunca ouviu falar do meu nome ligado a nada ilícito.
Classificou-me como pessoa religiosa e honesta. Quero que esta história
chegue logo ao fim para que eu possa provar minha inocência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário