segunda-feira, 10 de junho de 2013


Cabo eleitoral

 

Foto: Divulgação/Montagem

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), não disfarça o interesse de costurar uma grande aliança com lideranças políticas com grande força no DF. Em conversa com o presidenciável tucano Aécio Neves, o governador goiano levou uma pesquisa encomendada pelo partido que mostra o poder de influência do ex-governador Joaquim Roriz (sem partido) na região das cidades do Entorno do DF. Como os tucanos acreditam ser praticamente impossível o retorno do político para uma campanha majoritária, querem apostar suas fichas na principal herdeira de Roriz: sua filha caçula e deputada distrital Liliane Roriz, hoje no PSD. Há quem diga que Marconi é o cabo eleitoral nº 1 de Liliane no PSDB. 

Bom exemplo


Em meio à polêmica entorno da alta destinação de emendas parlamentares ao orçamento do DF para promoção de shows e eventos culturais pelas Administrações Regionais, a Administração da Candangolândia resolveu seguir o exemplo do administrador de Brasília, Messias de Souza (PCdoB), que declarou que estas emendas não são bem vindas na R.A.1. Enquanto isso, outras Administrações, mesmo advertidas pelo Buriti, continuam empenhando emendas para o festival de shows superfaturados. 

Largando o osso


Foto: Montagem/Calandrini

Em edição extra, o Diário Oficial da União publicou na sexta (7), a exoneração do ministro Guilherme Afif Domingos (PSD), da Secretaria da  Microempresa da Presidência da República. A razão: Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, viajou a Paris, para prestigiar a escolha de São Paulo para sediar a Expo 2020. A viagem permite que o ministro de Dilma, que também é vice-governador do Estado, assuma a governadoria paulista por três dias.

A preocupação é grande com a acumulação dos cargos, sendo a exoneração a única forma de Afif burlar a responsabilidade pela dupla posição de ser vice-governador e ministro. Em São Paulo, o procurador-geral de Justiça, Marcos Elias Rosa, manifestou-se pela “inadmissibilidade” na acumulação de cargos e expediu ofício para a Assembleia Legislativa para que tome providências para afastar Afif do cargo de vice-governador. Já a Comissão de Ética da Presidência ainda analisa a situação do ministro. “Acumulei dois cabelos brancos” [...] “Se eu fosse presidente do Conselho de Ética, isso nunca ocorreria”, declarou em tom de deboche o “ministro Total Flex”.

À beira Lago


Brasília receberá em julho um empreendimento de alto nível no setor gastronômico. De São Paulo, o grupo Rubayat está com toda documentação aprovada na Administração de Brasília para inaugurar uma casa de excelência à beira do Lago Paranoá, pertinho da ponte JK. O local já nasce com a promessa de ser endereço certo dos políticos na Capital.


3 perguntas

 

Rôney Nemer (PMDB)


Deputado Distrital


Foto: Silvio Abdon/CLDF

Sendo veterano no PMDB, como o senhor vê a possibilidade de seu partido lançar candidato próprio ao GDF em 2014? É possível o fim da aliança com o PT?

O PMDB é o maior partido em número de filiados do Distrito Federal. É natural que sejam discutidas todas as possibilidades. Temos um nome forte, um articulador político de nível nacional, que é o presidente do PMDB-DF, Tadeu Filippelli.

Comenta-se que o senhor será candidato a deputado Federal. Qual será a bandeira adotada em sua campanha? Quem ocuparia a vaga de “puxador de votos” para a Câmara Legislativa, já que o senhor tem desempenhado este papel nas últimas eleições?

Meu partido entende que devo dar mais um passo.  Sempre foquei meu trabalho em defesa das famílias e da qualidade de vida. Não sei trabalhar diferente. Trabalho buscando construir um futuro melhor, por um DF mais justo, com mais empregos, qualificação, segurança e saúde. Essas são as minhas bandeiras como pai, servidor público, cidadão, deputado e líder comunitário. Já quanto à representatividade do PMDB na Câmara Legislativa, temos excelentes nomes e o objetivo claro de aumentar a atual representatividade. Com a possível vinda do deputado Wellington Luiz, poderemos passar a contar com três parlamentares. Nossa meta é eleger seis deputados Distritais em 2014. Estamos construindo uma nominata de forma que todos os candidatos tenham chances reais de êxito. Não queremos que todos trabalhem com o objetivo de eleger apenas um ou dois nomes mais conhecidos. Teremos igualdade de condições. O PMDB conta com excelente tempo de TV, estrutura e densidade eleitoral. Temos todas as condições necessárias para eleger uma grande bancada.

O Sr. é citado no processo da Caixa de Pandora. O desmembramento do processo da anula a pressão para que o senhor não se lançasse candidato a deputado Federal, já que em um único processo todos os réus seriam julgados pelo STF e sua posse como federal reforçaria isso?
 
Nunca recebi nenhum tipo de pressão. Não importa a instância que tratará a ação, desde que tudo seja esclarecido de forma transparente e célere. O que quero é provar logo minha inocência. Em depoimento recentemente prestado na segunda vara de fazenda pública do DF, Durval Barbosa, o delator da Caixa de Pandora, afirmou em juízo jamais ter entregado dinheiro a mim, que jamais presenciou nada que desabonasse minha conduta e nunca ouviu falar do meu nome ligado a nada ilícito. Classificou-me como pessoa religiosa e honesta. Quero que esta história chegue logo ao fim para que eu possa provar minha inocência.

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