segunda-feira, 3 de junho de 2013


3 perguntas

 

Arlete Sampaio (PT)

Deputada Distrital – líder do governo na CLDF

 

Foto: CLDF

A Sra. foi vice-governadora, candidata ao Senado, candidata ao GDF e deputada distrital. Circula nos bastidores políticos o boato de que não mais se candidatará a nenhum cargo eletivo. Isso é verdade? Vale apenas como candidata ou pensa mesmo em deixar a vida política?

Eu sou um ser eminentemente político, nunca vou parar de fazer política na minha vida. Contudo, se pode fazer política sem ter mandato. Eu não quero mais ser candidata. Porque acho que é o momento de se abrir espaço para novas lideranças dentro do partido (PT) e, principalmente, acho que é o momento de se fazer uma reforma política consistente. As campanhas estão ficando cada vez mais caras, tornando a seleção de candidatos pautada pelo poder econômico. Não é possível que isso continue acontecendo. Não quero mais passar pelo constrangimento de implorar apoio aos meus amigos e nem gastar recursos próprios para fazer campanha. Enquanto não tiver uma reforma política que adote o financiamento exclusivamente público das campanhas eu não sinto mais à vontade em participar deste processo. Não me candidato. Quero a partir de então, passar a me dedicar somente ao partido, ao PT. Pretendo focar na perspectiva de formação política de jovens. Temos que formar uma nova geração para a política e, isso só faz sentido, se nós nos dedicarmos a manter uma formação política adequada aos princípios e ao ideário do partido, o PT precisa disso! Não penso nem em assumir cargos nomeados. 

O senador e ex-governador Cristovam Buarque (PDT), que teve a Sra. como vice, tem dito que gostaria de vê-la novamente candidata ao Buriti. Neste caso, apoiaria sua candidatura e voltaria a apoiar o PT-DF. Como vê esta declaração que demonstra prestígio e a coloca como elo de ligação com a possível aliança?

O Cristovam sabe muito bem que não existe a possibilidade de que eu venha disputar novamente o governo do DF. O meu candidato é o governador Agnelo Queiroz (PT). Eu fui candidata em 2006, gostaria de ter tido o apoio do Cristovam naquela ocasião. Certamente teria tido mais chances de disputar o segundo turno e virar o jogo. Isso não aconteceu naquele momento, ele não pôde me apoiar por uma série de questões e, agora, esse momento passou. Desde 2010, quando chamei em minha casa o Magela, o Agnelo e o presidente do partido e disse que não seria candidata a governadora, estava dando meu apoio para que eles pudessem se lançar. Fui candidata ao Senado, em 1998, perdi para o Luiz Estevão, fui candidata a governadora, em 2006, perdi para o Arruda. Ambos foram caçados, demonstrando a importância da minha candidatura naquele momento. A sociedade não viu assim. Hoje, não pretendo mais me candidatar. Caso venha a acontecer a reforma política, que acho difícil, já será tarde pra mim, já estarei velha e sem condições de enfrentar novamente uma eleição. 

O PT é um partido muito grande e plural. Há diversas alas internas que vez por outra emplacam novos candidatos. A discussão entorno da reeleição do governador Agnelo é unânime? 

A imensa maioria, se não a totalidade, das tendências internas do PT apóiam a reeleição do governador Agnelo. Nós queremos que as ações que o governo vem realizando, que são muito importantes, e que agora as mudanças que vão acontecer na área de transportes, achamos que tudo isso credencia o Agnelo a se candidatar novamente com apoio unânime do partido. Ele foi eleito para governar até 31 de dezembro de 2014, ainda temos tempo para mostrar os resultados do nosso governo, sobretudo que era muito difícil governar uma cidade que estava em uma situação muito difícil. Lembra do caso do CNPJ? Estávamos inadimplentes, somente no final do ano conseguimos regularizar a situação e ir buscar empréstimos e investimentos externos. Perdemos quase um ano e agora buscamos o resultado.

Sobrando defensores


Está pautado novamente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na terça-feira (4), a ação movida pelo PCdoB contra a eleição do ex-governador Joaquim Roriz ao Senado em 2006, por ter usado o número da Caesb como candidato. Há promessa de um aparato de advogados para defendê-lo, assim como os do senador Gim Argello (PTB), que também corre risco de perder o mandato como suplente.

Sem voto


Foto: Divulgação

Uma campanha pela internet propõe que os beneficiários de programas sociais do governo federal tenham seus títulos eleitorais suspensos enquanto receberem o benefício. A justificativa é o uso das “bolsas” como “voto de cabresto”. Uma petição simbólica arrecada assinaturas para a proposta formal. A questão influi no processo eleitoral, mas a solução não pode ser a instituição do voto censitário, onde o cidadão precisa ter renda para votar. Isso seria retroagir na democracia!

Reduzindo gastos


Foto: CLDF

O saldo da semana passada, apesar do feriado, fechou positivo para CLDF. Os gastos da Casa com pessoal fecharam em 1,48% da Receita Corrente Líquida (RCL) do DF no primeiro quadrimestre de 2013, mantendo-se bem abaixo dos limites máximo (1,70%) e prudencial (1,62%) estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Em 2010, esse custo estava em1,74%. Se confirmadas as projeções, os gastos com pessoal da CLDF em 2013 deverão ficar em R$ 242,3 milhões, indicando crescimento de 9% em relação à despesa realizada em 2012. Ao final do exercício a Casa pode ter saldo positivo de R$ 28,8 milhões. O presidente, Wasny de Roure (PT), trabalha para melhorar os números. “Já estamos elaborando estudos para revisar a estrutura administrativa da Câmara Legislativa, tornando-a mais horizontalizada, privilegiando a profissionalização dos quadros de pessoal”, destacou Wasny.

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