Força jovem e evangélica
Foto: CLDF
O distrital Evandro Garla (PRB) teve sua principal vitória política na
quinta-feira (9), com a revogação do decreto que regulamentava a lei nº
2.615/2000, que estabelece as sanções em casos de homofobia praticados
no DF. Publicado na quinta, o decreto foi revogado no mesmo dia pelo
governador Agnelo Queiroz. Presidente da Frente Parlamentar da Família e
vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica na CLDF, Garla, que é
da base aliada ao GDF, se mobilizou contra a decisão de Agnelo,
levantando poeira entre os evangélicos e, devido às proporções - que
afetavam até o comércio, com a perda da licença de funcionamento em
casos de discriminação - levou o governo a revogar a norma. Com isso,
Garla ganhou mais confiança dos evangélicos e conservadores para
impulsionar sua candidatura a deputado federal, além de mostrar força
junto ao GDF. A situação rendeu ao governador uma ligação da ministra
Maria do Rosário (Sec. Direitos Humanos), pedindo que Agnelo
reconsiderasse sua posição, mas não foi atendida.
Racismo no mercado de trabalho
A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal
(COJIRA – DF) realiza hoje debate público para discutir ações que
promovam a igualdade racial no mercado de trabalho. A data foi escolhida
por ser o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo e marcar o
aniversário de 125 anos da promulgação da lei que aboliu a escravidão no
país. O debate é focado na regulamentação da lei 12.288/10, que
instituiu o Estatuto da Igualdade Racial.
A discussão gira em torno da reserva de 30% das vagas no serviço
público para negros, que está sendo discutida pela Secretaria de
Igualdade Racial da Presidência da República. O debate acontece às 19hs
no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito
Federal (Setor de Indústrias Gráficas - Quadra 2, edifício City
Offices).
Os articuladores de Dilma
Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado
Antes da posse do ministro da Microempresa na quinta-feira(9), a
presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião para articular as
estratégias governistas para aprovar a MP dos Portos. Chamou os
presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique
Alves (PMDB-RN), além do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o senador
Gim Argello (PTB-DF). Depois, almoçou com Lula para costurar os
acordos. O Planalto deve ceder em pontos polêmicos e joga todas as
cartas para conseguir aprovar hoje a MP. Gim ganhou mais destaque ao ser
alçado novamente ao rol dos articuladores de Dilma, provavelmente,
última participação decisiva antes de partir para o TCU.
3 Perguntas
Eliana Pedrosa (PSD) - Deputada Distrital
Foto: Silvio Abdon/CLDF
A Sra. foi a parlamentar que mais apresentou projetos nesta
legislatura. Como vê, hoje, essa missão de legislar na CLDF? É uma das
legislaturas menos produtivas?
Essa legislatura pra mim é atípica em relação às anteriores das quais
tive oportunidade de participar. Não há empenho dos pares para votar
projetos de parlamentares. Quando nós nos reunimos é praticamente para
votar projetos de interesse do Executivo. Eu penso que quando você
propõe um projeto é porque você acredita nele, pensa que ele vai trazer
um benefício para a sociedade. É igual quando se espera um bebê, fica-se
doido para que ele nasça. Então é isso, é uma situação que ainda não
compreendi nesta legislatura. Estamos sempre aprendendo, espero que
consiga ver um desfecho nesta falta de produção e que tenha uma resposta
a esses porquês até 2014.
Seu papel na oposição, seu empenho em apresentar projetos e em
visitar constantemente as R.A.’s vem lhe credenciando como uma
alternativa ao governo. Esse projeto é pra valer?
Eu desde o meio do ano passado coloquei meu nome à disposição do PSD
para disputar um cargo majoritário. Disputar esses cargos não é apenas
uma vontade pessoal, tem que ter primeiro esse desejo do partido, ele
tem que comprar essa ideia. Depois de bater o martelo pelo seu nome, é
preciso buscar outros parceiros, em outros partidos, construindo
alianças sólidas. Obviamente que ninguém vai partir para uma aventura
num momento impróprio. De qualquer forma meu nome está à disposição.
O PSD já sinalizou que pretende ter candidatura própria ao GDF. Seu
nome e o da deputada Liliane Roriz são os mais fortes para encarar essa
batalha. Como fica essa disputa interna, com uma concorrente que
carrega o nome que tem? Isso muda alguma coisa?
Acho que isso é altamente positivo. Tivemos um exemplo recente, no
governo passado, uma disputa grandiosa entre Arruda e Paulo Octávio. O
Paulo tinha um cargo no Senado e já tinha um nome tradicional e bem
consolidado na cidade, tornando uma disputa interna no DEM muito
difícil. Acontece que essa disputa fortaleceu o partido e, durante o
período de duração do governo, foi um governo de muita atividade e de
reconhecimento popular em todas as cidades. Isso foi possível graças a
soma das experiências de ambos que fortaleceram a gestão. Não vejo que
hoje temos espaço para uma chapa “puro sangue”, uma disputa em alto
nível dentro do próprio partido vai cacifando a pessoa para que ela saia
preparada para o desafio. Assim, ela vai se preparando e construindo
argumentos desde cedo para conquistar a eleição e estar pronta para o
embate. Essa disputa só engrandece o partido. Quando não se é a pessoa
escolhida, certamente você terá experiência para ajudar a alavancar a
candidatura partidária. Ninguém é candidato de si mesmo, é preciso ter
alianças internas e externas. A pior coisa é você ser abatido dentro de
casa. O processo é legítimo e termina potencializando o candidato. Obama
e Hillary Clinton também são provas disto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário