segunda-feira, 13 de maio de 2013

Força jovem e evangélica

 

Foto: CLDF

O distrital Evandro Garla (PRB) teve sua principal vitória política na quinta-feira (9), com a revogação do decreto que regulamentava a lei nº 2.615/2000, que estabelece as sanções em casos de homofobia praticados no DF. Publicado na quinta, o decreto foi revogado no mesmo dia pelo governador Agnelo Queiroz. Presidente da Frente Parlamentar da Família e vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica na CLDF, Garla, que é da base aliada ao GDF, se mobilizou contra a decisão de Agnelo, levantando poeira entre os evangélicos e, devido às proporções - que afetavam até o comércio, com a perda da licença de funcionamento em casos de discriminação - levou o governo a revogar a norma. Com isso, Garla ganhou mais confiança dos evangélicos e conservadores para impulsionar sua candidatura a deputado federal, além de mostrar força junto ao GDF. A situação rendeu ao governador uma ligação da ministra Maria do Rosário (Sec. Direitos Humanos), pedindo que Agnelo reconsiderasse sua posição, mas não foi atendida.  
 

Racismo no mercado de trabalho


A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal (COJIRA – DF) realiza hoje debate público para discutir ações que promovam a igualdade racial no mercado de trabalho. A data foi escolhida por ser o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo e marcar o aniversário de 125 anos da promulgação da lei que aboliu a escravidão no país. O debate é focado na regulamentação da lei 12.288/10, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial. 

A discussão gira em torno da reserva de 30% das vagas no serviço público para negros, que está sendo discutida pela Secretaria de Igualdade Racial da Presidência da República. O debate acontece às 19hs no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (Setor de Indústrias Gráficas - Quadra 2, edifício City Offices).
 

Os articuladores de Dilma


Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado

Antes da posse do ministro da Microempresa na quinta-feira(9), a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião para articular as estratégias governistas para aprovar a MP dos Portos. Chamou os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN), além do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Gim Argello (PTB-DF). Depois, almoçou com Lula para costurar os acordos. O Planalto deve ceder em pontos polêmicos e joga todas as cartas para conseguir aprovar hoje a MP. Gim ganhou mais destaque ao ser alçado novamente ao rol dos articuladores de Dilma, provavelmente, última participação decisiva antes de partir para o TCU. 
 

3 Perguntas


Eliana Pedrosa (PSD) - Deputada Distrital


Foto: Silvio Abdon/CLDF
A Sra. foi a parlamentar que mais apresentou projetos nesta legislatura. Como vê, hoje, essa missão de legislar na CLDF? É uma das legislaturas menos produtivas?

Essa legislatura pra mim é atípica em relação às anteriores das quais tive oportunidade de participar. Não há empenho dos pares para votar projetos de parlamentares. Quando nós nos reunimos é praticamente para votar projetos de interesse do Executivo. Eu penso que quando você propõe um projeto é porque você acredita nele, pensa que ele vai trazer um benefício para a sociedade. É igual quando se espera um bebê, fica-se doido para que ele nasça. Então é isso, é uma situação que ainda não compreendi nesta legislatura. Estamos sempre aprendendo, espero que consiga ver um desfecho nesta falta de produção e que tenha uma resposta a esses porquês até 2014. 

Seu papel na oposição, seu empenho em apresentar projetos e em visitar constantemente as R.A.’s vem lhe credenciando como uma alternativa ao governo. Esse projeto é pra valer?

Eu desde o meio do ano passado coloquei meu nome à disposição do PSD para disputar um cargo majoritário. Disputar esses cargos não é apenas uma vontade pessoal, tem que ter primeiro esse desejo do partido, ele tem que comprar essa ideia. Depois de bater o martelo pelo seu nome, é preciso buscar outros parceiros, em outros partidos, construindo alianças sólidas. Obviamente que ninguém vai partir para uma aventura num momento impróprio. De qualquer forma meu nome está à disposição. 

O PSD já sinalizou que pretende ter candidatura própria ao GDF. Seu nome e o da deputada Liliane Roriz são os mais fortes para encarar essa batalha. Como fica essa disputa interna, com uma concorrente que carrega o nome que tem? Isso muda alguma coisa?

Acho que isso é altamente positivo. Tivemos um exemplo recente, no governo passado, uma disputa grandiosa entre Arruda e Paulo Octávio. O Paulo tinha um cargo no Senado e já tinha um nome tradicional e bem consolidado na cidade, tornando uma disputa interna no DEM muito difícil. Acontece que essa disputa fortaleceu o partido e, durante o período de duração do governo, foi um governo de muita atividade e de reconhecimento popular em todas as cidades. Isso foi possível graças a soma das experiências de ambos que fortaleceram a gestão. Não vejo que hoje temos espaço para uma chapa “puro sangue”, uma disputa em alto nível dentro do próprio partido vai cacifando a pessoa para que ela saia preparada para o desafio. Assim, ela vai se preparando e construindo argumentos desde cedo para conquistar a eleição e estar pronta para o embate. Essa disputa só engrandece o partido. Quando não se é a pessoa escolhida, certamente você terá experiência para ajudar a alavancar a candidatura partidária. Ninguém é candidato de si mesmo, é preciso ter alianças internas e externas. A pior coisa é você ser abatido dentro de casa. O processo é legítimo e termina potencializando o candidato. Obama e Hillary Clinton também são provas disto.

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