segunda-feira, 25 de março de 2013

 

Tudo acaba em PIZZA


A semana começa em clima de pizza na Câmara Legislativa do DF. Nos corredores, circula o boato de que o lobby pró-arquivo de processo disciplinar contra um distrital já está acertado. Os principais atores já teriam se convencido que as denúncias não são fundamentadas, levando o processo a ser arquivado já na corregedoria. Assim, não chegaria à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar e o distrital não correria o risco de ser cassado. Na comissão, a situação seria mais complicada, pois haveria vontade política em investigar a fundo a situação. O pedido já foi feito, agora é só esperar a entrega da pizza!

Ela é mais conhecida


Foto: ABr


O Datafolha divulgou na sexta-feira (22) uma nova pesquisa de intenção de votos para Presidência da República. Segundo o instituto, se a eleição fosse hoje, Dilma Rousseff (PT) teria 58% dos votos, Marina Silva (sem partido) 16%, Aécio Neves (PSDB) 10% e Eduardo Campos (PSB), 6% do votos, além de outros 6% de brancos e nulos e 3% de indefinidos. Os “Dilmistas” ficaram fervorosos com o resultado. Aécio disse, por nota, que ficou muito satisfeito. Que Dilma teria 100% de exposição na mídia e que queria ver na pesquisa um cruzamento entre o grau de conhecimento e a intenção de votos dos possíveis candidatos. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 21 de março e ouviu 2.653 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
 

O asfalto da cobiça


Foto: Divulgação

O Ministério dos Transportes, responsável pela malha rodoviária brasileira, parece ser o novo grande alvo da cobiça dos partidos políticos. Comandado por Paulo Sérgio Passos, ministro do Partido da República (PR), que não conta com a chancela da legenda, a pasta estaria pronta para mudar de comando, ficando com o próprio PR. Depois de encontro com o presidente do partido e ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que saiu na ‘faxina’ de 2011, Dilma já viu que não conseguirá conciliar o nome que desejava, o do senador Blairo Maggi (PR-MT) e a acomodação do PR, pois Nascimento vetou o nome do senador. Além do PR, o PSD não teria ‘aderido’ à base aliada por querer a pasta dos transportes. Fato é que deve mesmo ficar o PR, sendo os nomes mais cotados o do deputado Jaime Martins (PR-MG) e, um novo personagem: o deputado federal Ronaldo Fonseca (PR-DF) (foto), que vem ganhando espaço político sem alardear suas aspirações, comendo pela ‘beirada’ como fez na eleição de 2010.

Fim do consenso


A unidade que estava desenhada na disputa interna pelas zonais do PSDB-DF parece ter chegado ao fim. Um ambicioso membro estaria tentando tomar o espaço de lideranças consolidadas da legenda, indicando delegados em zonais diversas e articulando a tomada do poder partidário, acendendo a luz vermelha no partido e aumentando a divergência entre as correntes partidárias. Depois das 21 zonais que seriam dividias entre 7 lideranças, a disputa será pela presidência do PSDB-DF, no mês que vem, sofrendo grande influência da definição das regionais. Agora, a disputa deve gerar uma grande queda de braço. Acontece que para chegar ao comando é preciso ter mais votos, situação que estaria bem distante.
 

3 PERGUNTAS


Messias de Sousa (PCdoB), administrador Regional de Brasília


Foto: Divulgação
 
A revitalização do Plano Piloto é pauta constante em uma cidade tombada como Brasília. Quais são as obras e ações que objetivam repensar e modernizar a Capital hoje?

O governo do Distrito Federal desenvolve hoje um grande trabalhado de revitalização do Plano Piloto, que começou pelas áreas mais críticas. O recapeamento completo dos grande eixos, do Eixão, dos Eixinhos e do Eixo Monumental são fundamentais para a mobilidade das pessoas nesta região. A implementação das ciclovias em todo Plano Piloto também vai assegurar a mobilidade das quadras para o centro, em um meio alternativo ao automóvel. A topografia da cidade favorece e nós precisamos reeducar a população para a utilização de alternativas de mobilidade, deixando o automóvel, que hoje sufoca a vida da cidade.

A construção do Estádio Nacional Mané Garrincha, é uma obra gigantesca, uma arena multiuso, estratégica para a vocação da cidade que é ser uma Capital de grandes eventos, que mantenham uma cadeia econômica, produtiva, ativa permanentemente. Esta vocação da cidade Capital em suas dimensões política, cívica, religiosa, esportiva e cultural, podem fazer com que a economia da cidade gire cada vez mais em torno destes serviços. As demais obras que serão feitas para Copa do Mundo, como a ligação entre o Estádio e o Centro de Convenções e deste para o Parque da Cidade, integrando toda a área central com passagens subterrâneas que formarão um grande corredor, permitindo no futuro que se caminhe do Parque da Cidade ao Parque Burle Marx na Asa Norte.

A revitalização de praças e calçadas, do mobiliário urbano e a modernidade da iluminação na Esplanada dos Ministérios, toda feita em LED, permitirá maior luminosidade com economicidade, ressaltando as nossas joias da arquitetura, servindo como meio de maior segurança e integração. A ideia é valorizar o projeto original.

A Administração implementou a Escola de Gestão Comunitária com diversos cursos. Como funciona a escola e qual sua importância para aumentar o diálogo entre sociedade e governo?

A Escola de Gestão Comunitária organiza cursos e palestras para: síndicos, porteiros, zeladores, lideranças comunitárias, prefeituras de quadras e etc. O curso de síndico está na terceira edição e tem sido um sucesso. Primeiro pelo seu conteúdo diversificado que atende praticamente todas as áreas de interesse condominial. Como a cidade é fundamentalmente formada de condomínios, salvo as 700 que são residências individuais, temos mais de 2 mil condomínios que precisam se organizar de forma multidisciplinar para sua gestão. Daí o grande interesse pelo curso, que tem servido além da qualificação profissional do síndico, como para um espaço de aproximação das lideranças comunitárias com a administração, pois trazemos vários órgãos do GDF para este debate, como CEB, CAESB, Novacap, SLU etc. Este modelo serve como base para dirimir conflitos existentes na própria comunidade como as queixas dos morados com o comércio local.

O projeto Ocupe o Centro é a grande aposta da Administração para reduzir os conflitos com o comércio e resgatar a função e a atração das atividades de lazer e diversão para a região central. Como o projeto funciona e de que forma ele será implementado?

O projeto pretende requalificar todo o centro da cidade, a chamada escala gregária. O projeto decorre de um trabalho do urbanismo e do diálogo travado nas audiências públicas do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), onde percebemos a necessidade de requalificar a região central. A ideia é que o centro não seja um espaço totalmente saturado durante o dia e de completo abandono durante a noite, favorecendo o crime e a prostituição. Pretendemos fazer com que a cidade se aproprie deste espaço.

Para isto, é preciso indução do ponto de vista arquitetônico e da redefinição e ampliação do uso do solo para toda esta região central, permitindo com que a região passe a ser polo de lazer e cultura. Passa por vários pontos como as obras de infraestrutura, a revitalização das praças e calçadas e a nova iluminação. Desde o ano passado, já fizemos dois grandes eventos culturais sob a chancela do Ocupe o Centro, atraindo o público e mostrando as facilidades de acesso, estacionamento e beleza desta região central, familiarizando e formando uma cultura de se aproveitar o centro. A ampliação do uso pode agregar um bom diferencial aos bares e restaurantes permitindo música e diminuindo os conflitos nas quadras residências. A orla do Lago Paranoá também é parte deste projeto do Ocupe o Centro. O conforto e a mobilidade da região central nos horários alternativos precisa ser melhor explorado, fornecendo para o cidadão e  para o turismo da cidade boas opções de lazer, através de uma ampla agenda cultural.

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