sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Novas denúncias contra o Presidente do PT-DF, Roberto Policarpo, envolvem até o Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia

Por Tiago Monteiro Tavares, extraído da Agência Câmara e da Revista Veja:

Após ter sido denunciado por compra de votos o Presidente do PT-DF, deputado federal Roberto Policarpo, esteve novamente no centro das atenções nessa semana. A Revista Veja publicou na segunda-feira (10) denúncia contra o Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, a suspeita: o presidente teria autorizado o uso da Polícia Legislativa para intimidar três pessoas que testemunharam contra o deputado Policarpo no processo por compra de votos na Justiça Eleitoral.

Na ocasião, três testemunhas disseram que o parlamentar os teria contratado para arregimentar eleitores no dia do pleito e que também teria prometido cargos se eleito. Policarpo denunciou os três por chantagem à polícia da Câmara, as testemunhas então foram convocadas a depor sob acusação de chantagem. Daí o pivô do escândalo envolvendo o Presidente da Câmara dos Deputados, terceiro na linha de sucessão presidencial.

Apesar disso, Maia garante que não conversou com o colega de partido sobre o caso – contrariando afirmações do próprio Policarpo a VEJA. "Ele não falou comigo em nenhuma oportunidade", afirmou Maia, que jura não ter ficado sabendo da investigação até a publicação da reportagem. "Em nenhum momento o deputado Policarpo me procurou".

Ontem quase todos os partidos assinaram moção de solidariedade a Marco Maia, com exceção do PPS, a Corregedoria da Câmara deve investigar o episódio, a pedido do PPS.

O vice-líder do governo José Guimarães (PT-CE) leu uma moção de solidariedade a Marco Maia assinada pelas lideranças do PSOL, PV, PT, PSDB, PSD, DEM, PRB, PMDB, PSC, PR, PP, PSB, PTB e PDT. “A nota é clara e reconhece o papel que Marco Maia desempenha, a correção com que tem presidido a Casa e com que conduz as votações”, defendeu Guimarães.

O líder do PPS rebateu: “Não podemos aceitar que uma denúncia dessa gravidade não seja investigada. Eu poderia ir à Procuradoria-Geral da República, mas não fui, porque há mecanismos internos de investigação. A bancada do PPS está pedindo apuração deste fato e é por isso que não vamos abrir mão dessa apuração aqui ou fora daqui”, disse o líder Rubens Bueno.

Meu Comentário

O episódio só complica a vida do Presidente do Partido dos Trabalhadores no DF. Mesmo que a Corregedoria não encontre indícios de que houve ingerência do Presidente Marco Maia junto à Polícia Legislativa para que a mesma intimidasse as testemunhas, ao que se vê é que a polícia intimidou, só não se sabe a pedido de quem.

Policarpo levou o caso a Polícia Legislativa e agora pode ter que assumir as conseqüências das possíveis intimidações. Com isso ele só atraí mais a atenção do Ministério Público e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o seu caso já consolidado, o processo por compra de votos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário