sábado, 11 de junho de 2011

Mudanças no Governo repercutem na Câmara, mas o problema está no Senado



Informações da Agência Câmara, comentário meu:






A escolha Presidente Dilma Rousseff de optar por mudanças em cargos importantes do Governo repercutiu como uma tentativa de “salvar” as articulações entre Executivo e Legislativo. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, divulgou nesta sexta-feira nota oficial se colocando “à disposição” da nova ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para começar as “conversas necessárias para que a articulação política entre o Executivo e o Legislativo federal prossiga acontecendo de maneira independente, respeitosa e produtiva”.
Ideli foi designada ontem (10/06), como andiantou esse Blog, para cargo no lugar de Luiz Sérgio, que será o novo titular do Ministério da Pesca e Aquicultura – cargo ocupado por Ideli anteriormente.A posse dos ministros em suas novas funções ocorrerá na próxima segunda-feira (13).



Adaptação do governo


O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), atribuiu a troca a uma necessidade de “adaptação” do governo. “A equipe não estava muito integrada e isso resultou nessa mudança”, declarou.Ele elogiou a escolha de Ideli Salvatti para o cargo por considerar que ela “tem enorme capacidade política”. Teixeira declarou que a nova ministra “foi forjada em uma crise e demonstrou muita competência, evitando qualquer tipo de problema maior para o partido”.
O líder se referiu à atuação de Ideli, então senadora, durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, que funcionou no Congresso Nacional em 2005.



Desarticulação da base aliada


O líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), acredita que as recentes mudanças ministeriais demonstram “uma profunda desarticulação da base governista”. Ele não considera que a troca de ministros seja motivo de comemoração, mas elogiou a “organização” da oposição na cobrança de explicação por parte do ex-ministro chefe da Casa Civil Antonio Palocci, cuja evolução patrimonial deu origem às mudanças ministeriais.



PMDB apoia nova Ministra

O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), afirmou que a nova ministra terá “todo o apoio” do seu partido para resgatar a eficiência política do governo. “Entendemos que o governo está muito bem na economia e precisa melhorar a política”, declarou. Alves disse que ele (Luiz Sérgio) foi vítima do fato de não ter um contato direto com a presidente Dilma, uma vez que essa relação era feita por Palocci.



O líder da Minoria, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), também comentou a mudança ministerial e manifesta a expectativa de que a “crise política” do governo “traga de volta um relacionamento de respeito do Executivo pelo Congresso”. Esse respeito, segundo ele, seria manifestado especialmente com a redução na emissão de medidas provisórias (MPs) por parte do Executivo, que trancam a pauta de votação da Câmara e do Senado. “Desde a posse da presidente Dilma, a Câmara e o Senado estão trabalhando praticamente ao gosto do Executivo, votando MPs que tratam de temas eu deveriam ser apresentados em projetos de lei”, declarou.


Meu Comentário

As mudanças trarão uma nova tentativa de convergência entre os interesses do Governo e da base aliada, principalmente na Câmara, pois no Senado o cenário é outro e Ideli não tem boas relações com grande parte dos Senadores. Exemplo é a articulação para a Presidência das Comissões, onde Ideli teve fortes divergências com o PTB de Gim Argelo e o Ex-Presidente Fernando Collor. Na ocasião, a disputa trouxe a tona a independência dos Senadores do PMDB que ajudaram na escolha de Collor para Presidência da Comissão de Infraestrutura.

Assim, o Governo deve manter uma relação mais próxima com os senadores do PMDB que devem ficar com as articulações do Executivo, somando forças com o líder governista senador Romero Jucá.

A escolha de Dilma pode não ter o efeito esperado. Ideli é tida como antipática, imponderável e inflexível. Será um grande desafio para para nova Ministra. A oposição está em festa, crêem estar no caminho certo para minar a força do Governo.

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