quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dilma vai ao Congresso para amenizar os ânimos dos parlamentares e defender o mínimo de R$ 545


Por Tiago Monteiro Tavares, extraído da Agência Câmara. Imagem do Portal G1:

O segundo dia do mês de Fevereiro já é conhecido do povo brasileiro, não é começo de ano e também não é ainda o esperado Carnaval, mas é o dia em que o Congresso Nacional abre efetivamente seus trabalhos. Esse ano tivemos novidade, a Presidente Dilma Rousseff, levou pessoalmente a mensagem do Executivo ao Congresso Nacional, numa postura aberta de diálogo e flexibilidade.

O principal ponto de seu discurso que, cá entre nós, motivo de sua ida ao Congresso, se pautou na questão do reajuste do salário mínimo. Afirmou que o governo encaminhará ao Legislativo uma proposta de política de longo prazo de reajuste do salário mínimo que garanta ganhos reais frente à inflação. Segundo ela, o País vive hoje um “momento inédito” de sua história, em que os trabalhadores formais superam os informais, que seria fruto da política macroeconômica praticada nos últimos oito anos. Assim, a Presidente tenta amenizar os ânimos dos parlamentares, principalmente os sindicalistas e, também, esclarecer a opinião pública o “porque” da fixação do mínimo em apenas, R$ 545,00.

Uma outra novidade se fez presente no discurso do Senador José Sarney, reeleito pela 4ª vez Presidente do Senado Federal e concomitantemente do Congresso Nacional: ele defendeu a reforma do sistema eleitoral, com o fim do voto proporcional, que considerou responsável pela “desintegração dos partidos”. Durante o seu discurso de abertura da 54ª Legislatura, o presidente do Senado destacou ainda que a reforma deve estar em linha com as mudanças provocadas pelo avanço das novas mídias. Para ele, a informação em tempo real e as redes sociais exigem uma constante renovação da representação política e colocam a opinião pública em contato imediato com as grandes questões nacionais. “Ou nos integramos a esse mundo ou seremos destruídos”, afirmou.

A ida de Dilma ao Congresso sinaliza uma mudança na relação Executivo-Legislativo. A Presidente afirmou em seu discurso de posse e na mensagem ao Congresso ontem que quer uma relação mais próxima e que estenderá a mão a oposição. Claro que isso é apenas uma “provocada”, mas estabelece uma relação menos combativa e mais amena. Isso pode fazer com que o governo tenha menos problemas em negociar com o Legislativo, além de abrir caminho para reformas importantes como a política e a tributária e fiscal. Velhos caciques defendendo a reforma política e o fim do voto proporcional é realmente uma questão nova. Nos mostra que a situação não está confortável nem pra velhas raposas. A esperança continua! Quem sabe podemos ver até o final do ano um reforma política realmente reformadora!

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