segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Começo lento e articulação fraca podem comprometer base aliada na Câmara Legislativa do DF

Por Tiago Monteiro Tavares:

Os trabalhos na Câmara Legislativa do Distrito Federal pouco começaram e a situação já é de tensão máxima. A base aliada enfrenta problemas internos de ajustes políticos e de cargos, além da pressão do Governo para que “as coisa andem” e os projetos sejam aprovados. Embora a oposição siga a “passos lentos”, com relativa proximidade com o Governo, mostra-se organizada e maquiavélica, articulando-se mais do que a própria base governista. O cenário já era previsível após as eleições ainda em 2010, resultado da alta fragmentação partidária com 17 partidos com representação formal no parlamento local.

Amanhã serão eleitas as novas bancadas das Comissões Permanentes da Casa, incluindo Presidentes e Vices, além do Corregedor e Ouvidor da Câmara. A briga da base aliada é alta. Há disputa pelas principais Comissões, como a de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), presidida nos últimos anos pelo distrital Cristiano Araújo. O parlamentar desejava continuar, mas com a composição da Mesa Diretora e seu cargo de 2° Secretário fica complicado. Quem está quase sentado na cadeira principal é o novo distrital e ex-Diretor Geral do Senado Federal, Agaciel Maia (, pivô do escândalo dos atos secretos do Senado.Disputa com ele o distrital Cláudio Abrantes (PPS). Na CCJ, principal Comissão, a disputa promete pegar fogo. O mais cotado é o distrital de 3ª Legislatura e deputado mais votado, Chico Leite (PT). O problema é que dentro da própria base não há acordo pleno. A suplente e agora mandatária Rejane Pitanga (PT) é cotada para a Presidência da Comissão e Educação e Saúde, disputará com o oposicionista Washington Mesquita (PSDB).

Fora do prédio da CLDF, corre mais um problema da Casa. Trata-se do distrital reeleito e atual Secretário de Justiça e Cidadania do GDF, Alírio Neto. O distrital está insatisfeito com os arranjos políticos e trava batalha pelos cargos na Câmara, com sua suplente Luzia de Paula, que assumiu o mandato pelo afastamento de Alírio, porém não vem cumprindo o acordo de divisão dos quadros. O fato pode trazer o Secretário de volta à CLDF. Isso provocaria uma ruptura e geraria problemas para base aliada. Mesmo caso da disputa com Chico Leite na CCJ. Chico é o deputado mais votado e deveria assumir a Presidência da Casa, mas Patrício correu por fora e abocanhou a Presidência.

O Governo Agnelo necessita urgentemente de um líder capaz de sanar esses conflitos internos na CLDF. Não basta articulação, tem de ter conhecimento do processo legislativo, boa relação interna (deputados e servidores) e malícia para saber esfriar as especulações. De modo geral, o novo Governo começa a passos lentos e muitos já dizem: continuidade do Governo Cristovam. Assim, não vai!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário