terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A formação do Governo de Coalizão e a distribuição dos recursos públicos




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Por Tiago Monteiro Tavares, extraído do Blog Coturno Noturno:


Definidos os Ministérios do Governo de Dilma Rousseff podemos analisar melhor a participação dos partidos políticos na composição do se chama de “Governo de Coalizão”, ou seja, o Governo que busca apoio ao seu projeto governamental, onde o objetivo é angariar força política de forma disseminada e capilar, buscando sustentação e governabilidade.

O PT, em geral, ficou com 17 pastas entre Ministérios e Secretarias Especiais, totalizando um orçamento de 250 Bilhões de Reais. Entre eles estão: Casa Civil, Planejamento, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento, Desenvolvimento Social, Educação, Saúde e outros.

Já o PMDB, partido do vice Michel Temer, ficou com 6 Ministérios e um orçamento de 84,9 Bilhões, sem contar a Previdência Social com orçamento de 290 Bilhões. Claro que a Previdência é custeio, mas diga-se de passagem, com esse orçamento contempla-se vários interesses.

PDT, PP, PR e PCdoB ficaram com 1 Ministério cada, os orçamentos são: PDT (Trabalho) 49,5 Bilhões; PP (Cidades) 22,08 Bilhões; PR (Transportes) 21,5 Bilhões; PCdoB (Esportes) 2,45 Bilhões.

O crescente PSB ficou com 2 Ministérios, apesar do crescimento eleitoral do Partido, o mesmo ficou apenas com 2 pastas, mesmo número do governo Lula. O orçamento é de 6,49 Bilhões que compreende Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Portos.

O orçamento administrado pelo PT engloba o custeio da máquina pública, significa dizer que congrega diversos cargos para os companheiros partidários. PMDB, PR, PSB e PP ficam com investimentos, área de onde se extrai grande força político-eleitoral. Certamente são posições estratégicas que ficam com aliados de peso para assegurar as negociações institucionais.

Assim, concluímos que a distribuição das forças políticas governamentais encontra-se diretamente relacionada a formação do Governo de Coalizão, sustentando o PT e sua multiplicidade nos cargos públicos e assegurando dinheiro e capital político aos aliados essenciais. De resto, temos a velha especulação política e seu conhecido “jogo de interesses” que, nesse caso, só contempla todos os aliados.

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