Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA), presidente e autor da criação da subcomissão, disse que a implantação de megaprojetos na Amazônia sempre vem acompanhada de incomensuráveis prejuízos a toda a área atingida, em razão da alteração dos ecossistemas. "A subcomissão tem como objetivo a inclusão de demandas oriundas dos mais diferentes segmentos sociais, principalmente aquelas relacionadas pelos gestores municipais da área de abrangência do projeto e que deverão serem incluídas no edital de licitação da obra anunciada pelo governo federal", afirmou.
Já perdura por cerca de 20 anos a polêmica entorno da construção da usina de Belo Monte na bacia do Rio Xingu. A obra é a maior meta do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal e, também, a maior "batalha" do Governo Lula com os movimentos sociais. Esses grupos, formados principalmente de índios, são contra o projeto pois avaliam que os impactos socioambientais não foram devidamente analisados.
A questão voltou a ser debatida após a liberação da lincença ambiental pelo Ministério do Meio Ambiênte em 2009. Após esse fato travou-se uma batalha judicial que suspendeu por 2 vezes o leilão de construção da Usina, as obras são avaliadas em 19 Bilhões de Reais.
O argumento do Governo e dos defensores do projeto é bem simples: o Brasil precisa da hidrelétrica para garantir a oferta de energia elétrica, beneficiando cerca de 26 milhões de brasileiros.
Com a instalação da Subcomissão abre-se uma nova rodada de debates. Índios do alto Xingu dizem que caso haja entendimento para inicialização das obras haverá guerra civil. Resta saber duas coisas: até onde o Governo do Lulinha vai "bater de frente" com os movimentos sociais e indígenas e até onde esses movimentos de fato podem iniciar um movimento que viesse a se transformar numa guerra civil.
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