A capilaridade das Facções Criminosas

Aos leitores que sentiram falta de atualizações nos últimos dias, informo que esse blogueiro estava participando da 4ª Conferência Nacional das Cidades realizada pelo Ministério das Cidades. O encontro tinha como objetivo debater as políticas de desenvolvimento urbano em seus variados eixos.

Entre as mais de 5 mil pessoas entre delegados e observadores que participaram do evento um segmento destacou-se pelo caos e desordem que disseminou: as cooperativas de perueiros de São Paulo, financiadas e dirigidas por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O grupo contava com uma grande quantidade de delegados e, além do tumúlto gerado como subir às mesas, berrar palavrões e outros, também amedrontaram as entidades ligadas aos empresários, segmento ao qual participavam.

Como objetivo, queriam 3 cadeiras no Conselho das Cidades, esfera de debates e decisões no âmbito do Ministério das Cidades que define as prioridades de investimentos, ou seja, a questão era dinheiro.. muito dinheiro, algo entorno de 15 bilhões.

O que constitui um tremendo problema é a capilaridade que esses "Poderes Paralelos", financiados com dinheiro do tráfico, vêem conquistando ao longo dos últimos anos em nossa sociedade. Já estão inseridos no parlamento, financiando e votando em Deputados comprometidos com os interesses dessas facções criminosas e, também, inseridos em instâncias deliberativas das políticas públicas nacionais, estaduais e municipais que promovem o desenvolvimento de diversas áreas.

É preciso que a sociedade e Estado se empenhem em elaborar um bom e eficaz método de minar o poder hora atingido por essas facções, caso contrário, estamos fadados a constituir formalmente grandes criminosos no sentido mais profundo do termo.

Para piorar a situação, nas eleições de outubro desse anos temos uma novidade: os presidiários que ainda não foram condenados votarão! Aí fica a pergunta: em quem será que esses indesejáveis cidadãos irão votar? O Brasil está em RISCO!!!