Durante a noite desta terça-feira (ontem) a Câmara dos Deputados aprovou o reajuste de 7,72% nos benefícios dos aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo.
Fixado pelo Executivo, no uso de uma medida provisória, foi estabelecido uma alta em 6,14% para esse grupo de aposentados, No entanto, os parlamentares passaram a negociar um reajuste maior, mesmo sabendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscará vetar se o aumento for superior à capacidade de pagamento da Previdência.
O reajuste de 6,14% que o governo definiu via MP custaria 6,7 bilhões de reais à União, já o aumento de 7,72% aprovado teria um impacto adicional de 1,7 bilhão de reais, o que nos remete a algumas duvidas:
- O presidente Lula vetará o aumento e colocará em xeque parte de sua popularidade para seguir a recomendação do Ministro da Fazenda?
- A Câmara dos Deputados foi responsável em buscar um aumento maior que a recomendação do ministério da fazenda?
- E o próximo governo? Seja Serra, Dilma, ou Marina, terá como evitar o déficit na previdência?
Não é possível prever o futuro, mas o que se pode perceber é que o governo demonstra fragilidade no congresso nas vésperas das eleições, o que pode resultar em coligações diferentes das esperadas.
A base aliada do governo parece querer já aposentar o governo Lula antes do fim do mandato, mas qual é a real mensagem que a Câmara quer dar ao presidente?
Gabriel R. L. Amaral é Cientista Político e novo colaborador do Blog Ciência da Política.
O governo Lula foi aposentado compulsoriamente.Chega! O pior é ter que aguentar "uma" Lulinha que não é nada paz e amor, vestida de saia.
ResponderExcluirÈ só economizar onde precisa, por exemplo:
ResponderExcluir1) Desistir da revisão do tratado de Itaipu, que custará centenas de milhões de dólares ao Brasil;
2) Cobrar da Bolívia as indenizações pelo pézão no traseiro que o Brasil levou via Petrobrás em 2005;
3) Parar de usar aviões da FAB para levar familiares pra cima e pra baixo.
Etc, etc, etc