domingo, 4 de abril de 2010

Leitura das pesquisas eleitorais. Análise de todos os intitutos

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Por Jaime Balbino, veiculado pelo Blog do Luis Nassif


Já não é correto misturar numa mesma projeção vários institutos diferentes com metodologias distintas.

Além disso a linha de tempo do gráfico ignora a distância temporal entre as datas das diversas pesquisas, fazendo parecer que todas ocorreram em dias fixos. Com isso as curvas traçadas seriam bem mais acentuadas indicando melhor o afastamento ou, principalmente, a aproximação dos candidatos principais.
Outro problema é que as datas consideradas são da divulgação da pesquisa e não da sua realização. Algumas delas (como as últimas DF e Vox) foram feitas muto próximas e divulgadas em semanas distintas.

Por fim, as curvas traçadas não se referem aos pontos indicados que nunca tocam, mas a média das 3 últimas pesquisas. Isso faz com que a curva fique “mais suave” e erros grosseiros como do último DF convenientemente não se apresentem como tal, validando-os. Além do mais, o artifício das médias para construir as curvas prova por si não servir para “prever” a próxima pesquisa, pois nunca se aproximam consideravelmente do ponto 3 pesquisas no futuro.

Como curiosidade este tipo de grafico é válido, mas o jornalista deveria explicitar essas limitações para não parecer que desconhece regras simples de estatísticas, fazendo um desenho que não corresponde em nada à realidade levantada pelos institutos.

Com um gráfico desses fica muito fácil suspeitar do VoxPopuli e validar o DataFolha. Se o Vox confirmasse o distânciamento de Serra e Dilma, a curva da separação seria bem mais acentuada nessa representação, do que a realidade das aproximações anteriores e da discrepância do último DF (tão suave aqui).

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