quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sandro Mabel põe fim a disputa de Chapa Única na Câmara dos Deputados

Por Tiago Monteiro Tavares, extraído da Agência Câmara:

Há uma semana da eleição para Mesa Diretora da Câmara dos Deputados os debates começam a surgir na Câmara baixa do Parlamento brasileiro. Ontem (25/01), o deputado Sandro Mabel (PR-GO), atual líder do Partido da República na casa, lançou sua candidatura de forma avulsa a Presidência da Câmara dos Deputados. Até então só havia a candidatura de Marco Maia (PT-RS), candidato governista à Presidência e, que recebeu oficialmente o apoio de nada mais nada menos que dez Partidos.

Mabel afirmou que decidiu concorrer ao cargo na Mesa Diretora, embora o partido dele seja da base aliada e oficialmente apóie Marco Maia, por considerar importante que a escolha do presidente gere debates na Casa e não resulte de uma candidatura única.

“Em uma Casa de debates como o parlamento não se pode ter uma candidatura única. Eleição tem que gerar debates”, argumentou. No entanto, Sandro Mabel enfatizou que a decisão de pleitear a Presidência da Câmara, em confronto ao candidato oficial que já tem apoio da base aliada, não representa um enfrentamento ao governo nem indica que ele vai deixar de apoiar a presidente Dilma. “O embate deve ser encarado como uma questão interna”, declarou. Mabel deixará a liderança do partido na Câmara para se dedicar integralmente à campanha para a Presidência da Casa. A liderança do PR será assumida pelo deputado Lincoln Portela (MG), atual vice-líder do partido.

A iniciativa da candidatura avulsa do deputado e empresário Sandro Mabel, dono dos Biscoitos Mabel, é uma ruptura saudável. Embora seja do mesmo grupo governista, o parlamentar abre espaço para debates salutares sobre a condução dos trabalhos na Câmara dos Deputados. Uma Casa tão plural quanto o próprio país deve debater de forma coerente os temas de interesse nacional, deve ter debates relativos ao fortalecimento do Poder Legislativo, zelar pela imparcialidade em relação ao Executivo e, dessa forma, poder exercer a função fiscalizadora do Governo Federal. Candidatura única a condução dos trabalhos num Parlamento tão grande e plural significa “Chapa Branca”, ou seja inidoneidade em relação ao Governo, articulador da artimanha.

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