O debate promovido pela TV Bandeirantes na noite de ontem (05/08) foi excelente, salvo na questão da audiência (6 pontos no começo, menos de 2 no final).
Certamente podemos dizer que foi o debate mais propositivo e menos ofensivo da história brasileira pós constituinte.
Plínio de Arruda Sampaio se saiu bem, um tanto arrogante, passando a idéia de ser o dono da verdade, fato que não é muito diferente dos senhores de sua idade (+ de 80), mas conseguiu se destacar, atirando para todo lado, sobrou até para Marina Silva, que saiu taxada pelo candidato de candidata governista. Serra foi taxado por Plínio como "Hipocondríaco", pessoa que vê doança e remédio em tudo: "O Serra é hipocondríaco, saúde pra cá, saúde pra lá"... já Dilma ficou como defensora do capital ( na visão de Plínio)..
Dilma? coitada! Apanhou muuuiiito e, de todos. Ofegante, trêmula, gaguejante, pouco emotiva e.... prolixa! Se atrapalhou quando foi perguntada por Serra quanto a retirada de incentivo de transporte às APAE's (Associação de Pais e Amigos dos Exepcionais), chamando inclusive cegos e surdos de excepcionais.
Não bastando, não defendeu a redução da jornada de trabalho, dizendo que as diferenças regionais precisam ser respitadas. Tentou bater em Serra quanto ao desempenho do Governo FHC, não deu, ele não entrou no jogo. Tentou bater na Marina, questionando-á sobre suas propostas sociais e sobre o Crack, mais uma vez não deu, Marina estava atenta e falou sobre um projeto de combate as drogas que foi levado ao Governo por ela quando Ministra.
Serra também errou. Na primeira pergunta: prioridade de Governo entre educação, saúde e segurança pública, Dilma não conseguiu responder nem mesmo soube administrar o tempo.. Serra devolveu a pergunta a ela, dando mais tempo para a adversária responder. Além de ter esquecido o nome do programa Luz no Campo do Governo FHC quando na comparação com o Luz para toodos do Lula.
Marina até que se saiu bem, mas foi pouco incisiva. Falou em realinhamento histórico, disse que nem o Gov. FHC e nem o do LULA conseguiram resolver os problemas do Brasil. Nas políticas sociais defendeu a distribuição de renda por um modelo chamado por ela de 3ª geração. Recitou uma poesia em homenagem a um garoto que conheceu na favela, estava vestida de forma simples, inclusive com um colar de coco, desses artesanais. Defendeu a Amazônia e o desenvolvimento sustentável.
No frigir do ovos, tudo continua igual. Dilma terá de se preparar para o próximo debate, senão não haverá Lula capaz de elegê-la. Serra tem de ser mais simpático, Marina mais ativa e Plínio menos arrogante.
Uma coisa é certa: teremos uma campanha de propostas, sem que haja tantas ofensas e ataques.
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